domingo, 13 de dezembro de 2015

PARASITAS TAMBÉM ENFEITAM

Parasitas também enfeitam




















Parasitas também enfeitam…esse é o problema (um dos problemas...)

Não sei se já observaste, nas ruas de São Paulo, árvores enormes com os seus galhos enfeitados de
plantas parasitas, enroscadas nos seus galhos, enfeitando-as. Esta manhã reparei em várias dessas árvores. O verde das parasitas penduradas, chamava a atenção.
 Aos olhos de quem passa, essas plantas são bem-vindas. Contudo, alguém me lembrou: as Parasitas enfeitam, mas também apodrecem os galhos, onde se penduram.
Assim  acontece, também, na nossa vida real.
Os parasitas, que nos rodeiam e enganam, pensamos, que nos enfeitam, que trazem benefícios, porém, agarram-se-nos, muitas vezes, para se nutrirem das nossas forças.
Muitas pessoas, até, rastejam por um(a) parceiro(a), que nada tem para  oferecer-lhes; são pessoas que, aparentemente, prometem liberdade, felicidade, segurança, alegria, conforto, mas que, pelo contrário; corroem e degeneram a alma, a vida, do hospedeiro, aos poucos, sem que este se aperceba.
Parasitas são aqueles (as) que dependem de ti, para subirem na vida, mas, quando pensam e acham que, já se encontram, no topo, tendo atingido o seu objectivo,  pisam, espezinham-te, qual hospedeiro, sem dó nem piedade.
Parasitas são aqueles (as) que te prometem fidelidade, que te rodeiam e te mimam, mas, quando encontram outro galho, para sugar, mamar, abandonam-te, sem aviso-prévio, sem piedade e sem te dizerem adeus.
Parasitas são aqueles (as) que sugam todas as tuas forças, exigindo-te que faças tudo por eles (as), e descansam, na tua vitalidade, tua energia, tua pró-actividade, mas; na hora de te reconhecerem e agradecerem o préstimo, derrubam-te deixando-te esgotado(a), atirado (a) na valeta da estrada, ou à beira de uma rua qualquer.
Parasitas são aqueles(as) que te enganam com a  ideia falsa de que sua companhia te fará bem, mas que, intima e antecipadamente, já sabem que será algo transitório, para passar um inverno, ou uma primavera, enquanto usufruem do teu vigor, abandonando-te, quando não conseguem subtrair mais sumo, nada de ti.
É o homem que casa com uma moça virgem, nova, viçosa, para lhe dizer, na sua meia ou terceira idade, que necessita de alguém bem mais novo, para o revitalizar.
É a mulher, que casou por conveniência, pelo conforto, pelo suporte financeiro, e quando se encontra profissionalmente realizada, abandona-o, sem clemência...
Parasitas há-os por todo lado e em todas as Profissões.
 Aparentemente, até são nossos amigos.
Aparentemente, dão-nos força.
Aparentemente, ajudam no nosso êxito.
Aparentemente, apoiam-nos.
 Aparentemente, querem ver-nos felizes.
 Porém, com o discorrer  do tempo, começam a pesar, nutrindo-se de todo nosso suporte e tudo o mais, que lhes escorreu, desprezam-nos e derrubam-nos, deixando-nos, completamente exaustos e sem forças, na valeta da estrada, mais próxima.
Para que não nos enganemos com a beleza do parasita, nem a falsa promessa de que se encontra ao nosso lado, por amor, aprendamos a reconhecer os que nos rodeiam:
- Eles só chegam perto de nós para pedir algo?
- Eles só nos ligam para pedirem dinheiro emprestado?
- Ou para saber como nós estamos?
- Eles somente têm elogios para ti? ( Será possível mesmo, que tu não tenhas um simples defeito?).
- Eles desaparecem quando mais necessitas deles?
-  Sempre ocupados de mais para te ajudarem nalguma coisa?
Aprende a reconhecer os verdadeiros enfeites da tua vida, para que, um dia, não te encontre abatido, desiludido, sem forças, caído (a) no meio da estrada da tua vida.
 texto de Silvia Geruza F. Rodrigues

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NB: HÁ TEMPOS, USEI O TERMO "PARASITAS" PARA CLASSIFICAR OS NÃO-SINDICALIZADOS, QUE IAM BENEFICIAR DO MESMO QUE AQUELES QUE SUSTENTAM OS SINDICATOS, RESPONSÁVEIS PELA NEGOCIAÇÃO DA ACTUALIZAÇÃO SALARIAL, só aplicável a sócios dos Sindicatos negociadores.
Os ingénuos e mesureiros sentiram-se, ou fingiram sentir-se incomodados, com o epíteto, apesar deste assentar como uma luva, talhada à medida da mão destinatária.
Num ápice, passei de bestial a besta, para os oportunistas das candidaturas decimais a uma Ordem Profissional, cuja (in)utilidade prática é cada vez mais evidente.
A candidatura DECIMAL, da Ordem dos Enfermeiros, somente é possível por ter sido inventado o zero, que se anexa ao '1', cujo conjunto dá '10'. E 10X250=2.500 que é o número total dos candidatos distribuídos pelas 10 listas concorrentes. É uma festa!

Oxalá estas aberrações motivem uma reflexão séria e constante dos Enfermeiros, sobre os que exploram, dentro e fora da Profissão.
Não aconselhamos alimentarem-se das aparências, nem das promessas vãs, nessa reflexão: devem encarar de frente os problemas com que se defrontam, mesmo que sejam difíceis e incómodos, como o dos parasitas. 
Os Enfermeiros têm de aprender a ser solidários uns com os outros, porque só desta forma constituem uma Classe Profissional.
A minha presença, nestas andanças, é provocatória e luta constante com os que exploram a ingenuidade e boa-fé dos Enfermeiros. O malicioso de maldicente sou eu, certo, correcto... Ora esta luta não se pode fazer com falinhas mansas, nem com hipocrisia, desviando as pessoas dos seus reais problemas para favorecer clientelas e grupos de putos, que brincam com coisas sérias, como se ainda estivessem nas escolas primárias e ou secundárias.

Esforçamo-nos por sermos, aqui, no SE-Sindicato dos Enfermeiros, o complemento realista da educação profissional que não lhes dão nas escolas superiores de enfermagem e que tanta falta lhes está a fazer para não correrem atrás de sons fantásticos, logo irreais, fictícios. Isso é próprio de marinheiros encantados pelas sereias.
É exactamente por esta razão, que se passa de bestial a besta, perante os que têm falta de argumentos racionais para debaterem a dura realidade e falta de olhos para a não verem através dos binóculos, que transformam os crocodilos em lagartixas. 
Porque tudo é aparência, ficção, sonho; se passa, também de bestial a besta, ficticiamente, num só e mesmo instante!
Pensem nisto, Colegas, para poderdes fazer opções realistas, úteis e práticas.
Quanto ao jacaré: sossega, porque a lagoa vai secar...
Com amizade,
José Azevedo

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