domingo, 19 de março de 2017

REABERTURA DAS NEGOCIAÇÕES


INFORMAÇÃO AOS ENFERMEIROS

No próximo dia 21 de Março de 2017 pelas 11 horas a FENSE está convocada para o Ministério da Saúde, a fim de reiniciarmos as negociações.
Como é sabido, temos distribuído resmas de papel, com a necessidade de reorganizar a Enfermagem, desorganizada, propositadamente, para os privatizadores da doença terem mão-de-obra enfermeira barata e, altamente qualificada e formada, nos hospitais públicos.
O Sr. Presidente da República, a quem recorremos, na esperança de ele intervir, neste processo de reorganização, cada dia mais urgente, com o seu jeito e força;
Reencaminhou o nosso pedido de ajuda, de que nos deu conhecimento, para o Ministro da Saúde, que se fez de surdo, até agora. Provavelmente a intervenção do Sr. Presidente da República foi feita por técnico dos serviços de apoio, sem lhe imprimir a urgência e importância suficientes, daí o ritmo lento e descuidado.
A todos eles, se é verdade que se interessam tanto pelos problemas do país, como dizem, cremos que assim é, torna-se necessário olharem, com mais atenção eficaz, para a problemática enfermeira, que se avolumou, enormemente, com o crescimento dos hospitais privados e parceiros públicos, mas privados.
Falam muito e mal da sustentabilidade do SNS, mas numa perspectiva do "boi a olhar para um palácio".
É óbvio que sem organização não há economia, basta ir ao étimo destes palavrões e sem economia, não há sustentação, porque o SNS exige cada vez mais sustento, que caia em saco roto. E para ter essa garantia, é preciso desorganizar. E para desorganizar, é preciso atacar uma cadeia hierárquica de responsabilidade enfermeira. E para verificar estas verdades (antigamente dizia-se ir a Cacilhas ou Lourinhã, terras de universidades apócrifas ) não é preciso ir à Harvard, a fonte da"veritas" ou verdade, como dizem os letrados.
Ora, não é só por mérito dos Enfermeiros, que estes são a trave mestra da estrutura do SNS; é também pela natureza do SNS e pela utilidade prática do Enfermeiro, no interior do Sistema (a chamada caixa preta, a que os alunos da Harvard chamam "black box" e às entradas e saídas da dita caixa preta do sistema, "inputs" e "outputs", respectivamente.
Finalmente, vamos sugerir que se use, para os Enfermeiros, o mesmo método negocial, que tem sido usado para os Médicos: uma mesa comum num conteúdo negocial de interesse comum dos Enfermeiros.
Quem rejeitar esta solução deve ser convidado a explicar por que rejeita mesa negocial comum e assumir o estatuto de observador, se não revelar a causa de hipotética rejeição, para que os Enfermeiros saibam o que impera: se são as soluções para os seus problemas, se são paliativos do faz-de-conta.
Se olharmos para a Classe Médica, como é dever de sindicalista informado e formado na linha da isenção, verificamos que a FNAM, com os seus 3 Sindicatos (Norte, Centro, Sul) é da tendência sindical comunista; o SIM é um Sindicato, que é de tendência universal. Ora é esta estrutura, que já negociou um ACT e 5 revisões, todos sentados à mesma mesa negocial.
Ao contrário, os Sindicatos dos Enfermeiros têm as mesmas tendências sindicais e não negociaram nada que se veja, desde 2009, ano da bronca.
Então por que não se podem sentar, à mesma mesa e negociar o que há de comum, nos Enfermeiros, desde as categorias, passando pelos horários e acabando nas remunerações?
É claro como água que o factor diferenciador de Médicos e Enfermeiros: é porque os Médicos não estão matriculados na CGTP/in e os Enfermeiros estão, através do SEP e são, segundo se gabam, ao dizê-lo, que até são a cereja do bolo da CGTP. E o preço que os Enfermeiros estão a pagar, por essa cereja, é demasiado elevado, como até os menos atentos, já verificaram.
Colegas Enfermeiros, é disto que vamos tratar, no dia 21 próximo, porque, não tendo mais do que aquela dose de estupidez natural, que a todos enforma, já percebemos, e de há muito, quem está interessado neste divisionarismo das organizações sindicais enfermeiras: são todos aqueles que apostam numa mão-de-obra barata e fragilizada, pela desorganização. E nem sequer é preciso dizer nomes.
A prova real encontra-se, através da Classe Médica e suas organizações sindicais, comparadas com as dos Enfermeiros. Estes têm a mais o factor CGTP/in, com tudo o que isso tem implicado.Todo o restante são apenas devaneios da Srª de Guadalupe desajeitada.
Ler isto e divulgar é dever de todo o ser Enfermeiro, vítima deste contexto.
José Azevedo

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