sexta-feira, 2 de agosto de 2019

COMO COMEÇOU A DESTRUIÇÃO DO SNS


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COMO  E QUANDO COMEÇOU A DESTRUIÇÃO DO SNS

Nas famílias que herdam o património dos seus ascendentes costuma dizer-se que:
A 1ª geração constrói o património;
A 2ª geração conserva-o;
A 3ª geração destrói-o.
O Dr. Arnaut, a quem classificaram de pai do SNS, assinou a lei que criou o SNS nacional e gratuito. Foi a geração da construção.
Seguiu-se Guterres que pode representar a geração da conservação.
Em 2005 entrou o Tedy Sócrates com uma maioria absoluta, depois do golpe de estado dado pelo Jorge Sampaio, que destituiu o Parlamento com a maioria absoluta.
Como a maioria dos políticos, que temos, odeia os funcionários públicos, que consideram inimigos públicos, só porque têm uma situação estável, que contrasta com a instável desses políticos que temos, Tedy Sócrates o Senhor absoluto congelou salários e carreiras a partir de 2005, com a ajuda do camarada Sampaio vindo do MÊS (Movimento da Esquerda Socialista). Ele não se lembrará de mim, mas eu lembro-me dele nessa condição.
Em 2009 os Enfermeiros sofreram o mais rude golpe na sua carreira que os ministros PPD/PSD lhe foram construindo. É da história real, comprovada, como deve ser a história factual. Sócrates representa a 3ª geração - a da destruição.
O SNS, que granjeou uma posição de destaque no mundo da Saúde/Doença, a nível mundial, começou aí, a sua derrapagem rumo à destruição inevitável, como os mais que evidentes indícios atuais demonstram.
Tudo se baseia em 2 princípios:
1 – Os Enfermeiros estão e permanecem nos serviços de saúde/doença as 24 horas do dia/noite;
2 – Os Médicos fazem a sua visita médica e vão. Os que ficam vão dormir, se é de noite, vão…
Bem ou mal intencionados, entregaram a saúde/doença ao comando médico, na esperança vã de proletarizar a Classe Médica e neutralizaram as direções de Enfermagem, que eliminaram.
O resultado é 114 hospitais privados, contra 111 públicos, com tendência para aumentar a diferença, já existente.
Os imbecis (os que não têm bastão) da 3ª geração, dizem uma coisa e fazem outra; até se propuseram fazer a coisa mais dispensável: reformular a “Lei das Bases da Saúde/Doença", para os mais distraídos não darem conta da destruição galopante do SNS.
Estamos a tentar, na FENSE, refazer a carreira de Enfermagem, condição essencial para dar alento à recuperação das qualidades essenciais, do SNS, pois foi a destruição da nossa carreira que marcou a queda do SNS, no lodo, em que vegeta.
Quem não estiver com a revisão da nossa carreira de Enfermeiros, nos moldes, que estamos a propor, está, de certeza, a acelerar destruição final do SNS, pois já se inverteram as situações: o serviço privado passou a principal e o serviço público a subsidiário deste privado.
E se o Relatório da Primavera ainda não diz isto abertamente, esperem pelo Relatório do Verão.
A nossa luta pode salvar o SNS, o resto, sem falsas modéstias, é disfarce.
 José Azevedo

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