[MORTE2
DOS CUIDADOS PALEATIVOS: MORREM OS DOENTES; MORRE O SISTEMA] RTP
Os Lusíadas
Luís Vaz de Camões
Canto III
21/143
"Esta é a ditosa
pátria minha amada,
A qual se o Céu me dá que eu sem perigo
Torne, com esta empresa já acabada,
Acabe-se esta luz ali comigo.
Esta foi Lusitânia….”
A qual se o Céu me dá que eu sem perigo
Torne, com esta empresa já acabada,
Acabe-se esta luz ali comigo.
Esta foi Lusitânia….”
NESTA
TERRA QUE FOI LUSITÂNIA ACONTECERAM E ACONTECM MUITAS COISAS NOBRES E BELAS E
COISAS MISERÁVEIS, QUE A TODOS DEVIAM ENVERGONHAR.
COMECEMOS
PELO INÍCIO DOS CUIDADOS PALIATIVOS:
SÃO
AQUELES QUE SE SUCEDEM À INCAPACIDADE DE A MEDICINA CURAR E ENGANAR O DOENTE. O
POVO, ATÉ LHES CHAMA, NA SUA SIMPLICIDADE SÁBIA, MAS INGÉNUA, CURIOSAMENTE; OS
“DESENGANADOS”, POR CONTRASTE, AOS
QUE CONTINUAM ENGANADOS (PELA MEDICINA, OBVIAMENTE).
ATÉ
OS MEDICAMENTOS, JÁ NÃO TÊM A FINALIDADE DE CURAR; APENAS MITIGAM O SOFRIMENTO
DO “DESENGANADO”.
PORTANTO,
É CORRETO OS CURSOS DE
MEDICINA NÃO TEREM NADA SOFRE ASSISTÊNCIA PALIATIVA, PORQUE ELA COMEÇA, ONDE ACABA A AÇÃO DA
MEDICINA. O “DESENGANADO” JÁ NADA TEM A ESPERAR DA MEDICINA E A
PRESENÇA DE MÉDICO, NESTAS CIRCUNSTÂNCIAS, É, ATÉ, OFENSIVA PARA COM O CAMINHANTE PARA
A MORTE, PORQUE PODE VER NELE UMA ÚLTIMA ESPERANÇA DE VIDA, QUE JÁ NÃO EXISTE.
É UMA PENA VERGONHOSA QUE A ORDEM DOS ENFERMEIROS NÃO PEGUE
NESTE ASSUNTO, A SÉRIO, E EXIJA E LEGITIME A PREPARAÇÃO ADEQUADA AOS
ENFERMEIROS, QUE ACOMPANHAM O “DESENGANADO”, NA SUA CAMINHADA PARA A MORTE.
É,
TALVEZ, UMA DAS ESPECIALIDADES MAIS EXIGENTES DO ENFERMEIRO.
ESTA
LACUNA, QUE, SÓ À ORDEM DOS ENFERMEIROS COMPETE PREENCHER, PERMITE QUE SE DIGAM
COISAS, ACERCA DESTA MATÉRIA, BEM LONGE DA REALIDADE E DA ESSÊNCIA DO PROBLEMA.
UM
EXEMPLO: O GOVERNO, QUE TEMOS, E QUE PODIA SER BEM MELHOR, DIZ QUE VAI
CONTRATAR 400 MÉDICOS, PROVAVELMENTE PARA “ENGANAREM” OS “DESENGANADOS”. POR AQUI, SE VÊ, QUE NÃO ENTENDEM
NADA DISTO.
MAIS
UM EXEMPLO: QUANDO MARIA DE BELÉM ROSEIRA DISCUTIA ESTA MATÉRIA, NA AULA MAGNA
DA FACULDADE DE MEDICINA DO HOSPITAL DE SÃO JOÃO, TIVE A OPORTUNIDADE DE DIZER;
«QUANTOS MAIS MÉDICOS
COLOCAREM NA ASSISTÊNCIA PALIATIVA, MENOS PALIATIVA ELA É, PORQUE JÁ ESTÁ PARA
LÁ DA EFICÁCIA DA MEDICINA E DOS ENGANADOS».
UMA
ENFERMEIRA, QUE ESTAVA NESSA ÁREA, E ACOMPANHADA PELA MÉDICA QUE DIRIGIA OS
“CUIDADOS PALIATIVOS”, NO HSJ, ELOGIOU-ME DIZENDO: «VOCÊ É A VERGONHA DA ENFERMAGEM».
AGRADECI
O ELOGIO, À MINHA MANEIRA, E DEIXEI O PAR “PALITIVOIDE”
A PENSAR NO MEU ELOGIO, UM
VERDADEIRO HINO À ESTUPIDEZ.
ORA,
SENDO ESTA UMA FUNÇÃO, ESSENCIALMENTE
ENFERMEIRA, IMPÕEM-SE 2 PERGUINTAS:
1
– POR QUE NÃO A APROFUNDAM AS FACULDADES DE ENFERMAGEM?
2
– POR QUE NÃO ENCARA A ORDEM DOS ENFERMEIROS ESTE PROBLEMA COM A COMPETÊNCIA,
QUE DETÉM?
POR
FAVOR, NÃO DEIXEM SUBVERTER A ESSÊNCIA DA ENFERMAGEM E ASSUMAM O VOSSO PAPEL,
CAROS ENFERMEIROS.
A
ASSISTÊNCIA PALIATIVA NÃO TEM, RIGOROSAMENTE NADA, A VER COM OS MÉDICOS, POIS ESTAMOS A
FALAR DOS “DESENGANADOS”, POR ELES. JÁ LHES
DISSERAM; “ISTO JÁ NÃO TEM NADA A
VER COM OS MÉDICOS”.
AO
CONTRÁRIO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS, QUE NUNCA PERDEU A TENDÊNCIA PARA SER UM
SINDICATO DOS ANTISINDICALISTAS, DESDE SEMPRE, NÃO QUERO METER A FOICE EM SEARA
ALHEIA.
APENAS
CHAMO A ATENÇÃO, PARA ESTE PROBLEMA, QUE ESTÁ A SER ABORDADO PELA IGNORÂNCIA
NACIONAL E PRECISA DA AÇÃO RACIONAL E ADEQUADA DOS NFERMEIROS, E SÓ DELES, CLARO
ESTÁ QUE, ATRAVÉS DA SUA ORDEM, ANTES QUE MÉDICOS, PSICÓLOGOS, SOCIÓLOGOS E
ASTROLÓGOS, CARTOMANTES E AFINS METAM A COLHERADA, NAS OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS
TALHADAS PARA OS ENFERMEIROS.
José Azevedo
PALIATIVOS - UMA VERGONHA PARA A ORDEM DOS ENFERMEIRIOS<CLICAR>
RELATÓRIO DO OUONO DA UCP<CLICAR>
NB: HÁ EM TUDO ISTO UM ERRO GRAVE DE INTERPRETAÇÃO DOS CUIDADOS TERMINAIS, VULGARMENTE DESIGNADOS POR PALIATIVOS.
RECOMENDA-SE UMA INTUIÇÃO CORRETA DO QUE SÃO CUIDADOS TERMINAIS E DO QUE É NECESSÁRIO ACAUTELAR.
TRATAR OS TERMEINAIS COMO CONTUIDADE DE CUIDADOS OU CONTINUADOS E FALAR DE EQUIPAS, SEM SABER O QUE LHES COMPETE FAZER E PARA QUÊ, SÃO TUDO FORMA DE PENSAR VICIADAS POR PARADIGMA DESAJUSTADO DO ÚLTIMO SUSPIRO.
José Azevedo
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