terça-feira, 21 de julho de 2015

HÁ CULPAS QUE NÃO SÃO DE OUTROS; SÃO NOSSAS


M é um Enfermeiro Parteiro de mão cheia.
Por causa das suas múltiplas capacidades e façanhas numa óptima prática profissional, não granjeia muitas simpatias entre os que não são capazes de o acompanhar nessa prática excelente.
P é uma grávida à espera que lhe extraiam o feto morto. Está internada há 48 horas e não era seguida no exterior por nenhuma Médica/o Parteira/o. por isso tem de esperar pela sua vez e disponibilidade indisponível.
M, o excelente, lança mão do protocolo de medicação para tais situações e pôs a mulher a parir num ápice. Expulsou o feto morto e o problema foi resolvido pelo Enfermeiro Parteiro. O Prof D. homem sério e sem preconceitos elogiou o cocktail usado, por quem sabe o que faz, dentro dos seus limites, pois usar medicamentos da especialidade é um prerrogativa das/os Parteiros/as.
Uma daquelas Médicas Parteiras, a quem as Enfermeiras Parteiras deixaram avançar mais do que seria para consentir, de acordo com as competências e deveres de cada qual, participou da ocorrência, não por ser mal sucedida, mas por ser muito bem sucedida.
A enfermeira chefe de nadas, ou pouco mais, já fora de uso, por aposentação,  fez seguir a participação, que foi, até à Ordem dos Enfermeiros, onde não encontrou quem soubesse ler a lei nº 9/2009.
Com muita pena dos Médicos e do próprio Director do Serviço, quem não apoiou nem defendeu o nosso herói, foram os próprios Enfermeiros, desde a Ordem, à Enfermeira directora medíocre, sem excluir a chefe directa, que aposentação haja, ainda que sem merecido descanso.
Como Deus escreve direito por linhas tortas, chegou a vez da dita Médica Parteira, deixar 4 de quatro compressas 10x10, esquecidas,  na vagina duma puérpera, que o nosso herói detectou ao fazer o penso à vítima. E participou a ocorrência do erro de tão ilustre e escrupulosa Médica Parteira, por má prática.
Esta, covardemente, serviu-se de uma estagiária para sacudir a água do capote e usou como escudo. Esta como precisa da nota da tutora, lá teve de servir de culpada de asneira que não cometeu.
Assim vai o mundo!
Sosseguem os que nos acusam de dizermos mal do que está mal.
Noutra galáxia, passaremos a louvar os que erram e a dignificá-los.
Eu bem vos entendo, brincalhões com coisas sérias.
Eu bem vos entendo!
Com amizade e tolerância,
José Azevedo

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