A União das Freguesias de Melres e Medas está preocupada com o futuro do Posto Médico das Medas. O presidente, José Andrade, aponta, ao Vivacidade, algumas falhas na gestão da saúde na freguesia e diz não compreender algumas “doenças de foro duvidoso” apresentadas pelos profissionais de saúde do posto.
“Há um sentimento claro de que os médicos deste posto de saúde têm uma saúde duvidosa”, referiu José Andrade, presidente da União das Freguesias de Melres e Medas, na reunião pública camarária que decorreu a 9 de Junho no edifício de Medas. “Em boa verdade, já há alguns anos que o posto de saúde de Medas tem sido delapidado no número de utentes. Já chegamos a ter mais de 4000 utentes e, de um momento para o outro, com a gestão danosa do Ministério da Saúde e dos seus representantes locais, os médicos foram sendo transferidos para as Unidades de Saúde de Foz do Sousa e de Melres e os utentes foram migrando, numa intenção clara de acabar com o modelo de posto de saúde em detrimento das Unidades de Saúde Familiar (USF)”, acrescenta o autarca.
José Andrade explicou ao Vivacidade, à margem da reunião camarária, que não tem “nada contra as USF” mas não compreende o porquê da freguesia “ter ficado em Medas com dois médicos que têm uma qualidade de saúde duvidosa.” “Não compreendo como os médicos conseguem estar constantemente doentes, com doenças de foro duvidoso. Não tenho competência técnica para avaliar as competências dos médicos, baseio-me nas declarações dos utentes. Já expusemos esta questão e pedimos a substituição dos médicos em questão ou um reforço do posto médico porque queremos evitar o seu encerramento. No entanto, já percebemos que há aqui uma intenção deliberada do Ministério de encerrar o posto de saúde”, adiciona o presidente.
Da parte do Ministério, o autarca afirma que as respostas que lhe foram dadas indicam “que o modelo legal existente não permite aos responsáveis agir.” “Isto não traz satisfação à população. É estranho ir a uma consulta e perceber que o médico está pior que o doente”, lamenta José Andrade.
NB: É assim que se constroem USF.
Como é do domínio público o Director Executivo do ACES de Gondomar é um dos paladinos na montagem de USF, juntamente com o Vilas Boas.
O que têm feito à população e ao Enfermeiro que a cuidava é um bom exemplo do preço elevado de fazer USF.
Chegam a ter a sem vergonha de propor a deslocação das pessoas a Melres, de autocarro pago pela câmara...
O que este pequeno artigo diz é muito pouco do sofrimento que as pessoas estão a suportar, para satisfazer interesses mesquinhos.
E ninguém age;
E ninguém acode;
Ponham os olhos nesta pouca vergonha, neste nojo, vós, ó responsáveis.

Com amizade mas desencanto,
José Azevedo