sábado, 25 de maio de 2013

AQUI JAZ UMA IDEIA GENIAL


Aqui jaz, uma iniciativa louvável de criar um grupo, + 1, que encontre soluções inovadoras, para a viabilização do SNS, como serviço de utilidade pública e não como pasto de insaciáveis.
Vamos ao último §, que diz assim: [Sem um novo paradigma, fiscalizado na eficiência e eficácia do Sistema, atingiremos a curto prazo uma situação de ruptura da prestação de cuidados de saúde].

A ideia é louvável; o problema é levá-la à prática!
A natureza da constituição dos grupos, que emergem, constantemente do Ministério da Saúde, têm todos eles o predomínio;
Ou predominam os Médicos, que por razões pessoais, do seu foro íntimo, deixaram de exercer a Medicina e ficam a dar palpites, arvorados em peritos, sem responsabilidade de levarem à prática o que teorizam, ou palpitam;
Ou são os formados no INA, agora em reconversão estrutural, (o INA, claro), para a requalificação de funcionários; estes só entendem de números com aquela abstracção matemática, que não se adapta às dificuldades reais.
Por exemplo; nos Cuidados de Saúde Primários fizeram-se 800 mil milhões de consulta médicas em 2012.
Estatisticamente, isto representa um valor colossal: Mas, e os cuidados a montante e a jusante, ou aquém e além destas, que existem, na realidade, como foram satisfeitos ou não?
Que dizem os estatísticos e os vencidos da Medicina, a esta outra realidade?
Obviamente; dizem nada, porque os seus sensores não captam esta fatia do real, porventura a mais importante.
A ideia deste catedrático é oportuna e sábia.
Mas vejamos o que nos diz a experiência das alterações à lei dos Cuidados de Saúde Primários, entre outras; todas elas são tendentes a medicalizar até ao máximo, os cuidados deste SNS, que temos.
Ora, como quem executa não é quem legisla ou perita, o monstro aí está, com as Unidades prestadoras de Cuidados, completamente ao contrário do que deviam ser, de acordo com a lógica e sustentabilidade do Sistema.

Bastou dar a possibilidade a uns quantos arredados (vencidos da Medicina) de fazerem Regulamentos Internos das Instituições, que Administram, a coberto do autonómico estatuto EPE, para centrarem, até ao ridículo e caricato, tudo, que é comando, no grupo Médico, arredando, por já notório e evidente sofrimento do complexo de inferioridade, relativamente aos Enfermeiros, que arredam da área da gestão, sem sequer terem a consciência do erro, que estão a cometer: os que o promovem e os que o toleram, sem se indignarem!
E os governantes aceitam e assinam isto, provavelmente, para não sofrerem de um diagnóstico errado, essa doença da moda: o diagnóstico.
Quem não o tem, faz-se-lhe!

Atrevemo-nos a sugerir, que a ideia é boa e oportuna, porque o tempo urge; mas para produzir os enfermeiros universais pretendidos e não ficar presa de qualquer grupo sectário, em vez de um grupo, cuja tradição demonstra que seria predominantemente médico, propomos que se façam três grupos autónomos, com cada um dos 3 grupos profissionais principais: 
Um formado só por Enfermeiros;
Outro formado só por Médicos;
O terceiro formado só pelo sector administrativo.
Aos 3 grupos devem ser postos os mesmos problemas.
Cada grupo dos 3 deve fazer as suas propostas de soluções concretas, com ênfase, na sua quota parte de execução profissional sectorial, no Sistema, segundo o seu estatuto profissional.
Estas propostas devem ser entregues de forma inviolável e, depois, devem ser intercaladas, no que de mais exequível e útil propuserem. O júri  da fusão, pode emergir dos elementos de cada um dos grupos, ou ser-lhes completamente alheio.

Constituir grupos de Médicos para reorganizar o que os próprios estragaram, é falta de honestidade e de utilidade prática, sejam quais forem as intenções, desde as melhores às piores.
Oxalá não venha por aí mais do mesmo o ainda pior do que é já muito mau.
Chegamos a pensar que se alguém com poder e ideias, próprias ou implantadas, quisesse resolver esta problemática, não lhe faltarão contributos e contribuintes.
Mas que a coisa está feia, não temos dúvidas!
Que quando o gigante Enfermeiro acordar, liberto da droga do medo que lhe injectaram, então muita coisa de inovador vai acontecer.

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