domingo, 12 de maio de 2013

QUANDO MENOS SE ESPERA, O AZAR CAI-NOS EM CIMA…


QUANDO MENOS SE ESPERA, O AZAR CAI-NOS EM CIMA…

Eis senão quando, a burra soltou-se e, com um coice certeiro, derrubou um distinto microbiologista, director duma Unidade Infectada da cidade do Porto, que aprofundava conhecimentos profissionais, em “congresso” incentivo e adequado ao fim em vista, em Amesterdão da Holanda.

A consequência imediata da queda foi a fractura duma das clavículas, justamente a do lado da queda;

A solução foi recorrer ao hospital de Urgências das que surgem, em Amesterdão da Holanda, onde só encontrou para o atender, um Enfermeiro, “apenas Enfermeiro”, à dor do ossos rachado juntou-se a incerteza do seu atendedor atender bem; só ansiava pela presença de um médico, seu colega que lhe désse um colinho, naquela situação dolorosa. Com essa ideia obsessiva até se esqueceu da dor.

Mas só havia Enfermeiro, que radiografou e enfaixou, imobilizando a clavícula fracturada.

Todavia como o sinistrado microbiologista da Invicta continuasse a delirar, exigindo a presença de um Médico dos de medicina, pois os Enfermeiros, sem ter analisado porquê, não lhe inspiravam segurança.

Como uma desgraça nunca vem só, não se deu conta que não estava, em Portugal, mas na Holanda, país que ocupa o 1º e ou o 2º lugar na excelência dos cuidados prestados aos doentes; na área da Prevenção das doenças e da Promoção duma saúde de ferro, isto a nível mundial.  

Até se dão ao luxo de proporcionarem às grávidas a opção de parirem, em casa, sem as maliciosas insinuações dos detratores do parto em casa e dos promotores dos “feixeclaires nas barrigas das puérperas, como consequência da cesariana desnaturada.

Desesperado e com o delírio a subir andar, por andar, lembrou-se de pedir um telefone ao Enfermeiro, que o atendeu e espreitava com civilizada e superior compreensão, que lho forneceu. Destinava-se a pedir socorro à organização do “congresso”, clamando pela presença de um Colega Médico dos autênticos. A organização atendeu o seu recurso e, lá lhe proporcionou chegar à fala com um Médico.

Diz o ditado que; {não há 2 sem 3, sábado sem sol, domingo sem missa, nem segunda feira sem preguiça,} e vejam lá; não é que o Médico dos Países Baixos se limitou a perguntar se não foi bem atendido; se não o radiografaram; se não o imobilizaram (seria assim, em Portugal com ou sem a cerimónia médica, sem que isso seja reconhecido, até pelos Enfermeiros), convenientemente?

Microbiologista respondeu que sim, que sim, que sim.

Então que mais quer ou precisa? (Em português quer dizer; vá dar uma volta, porque o ar fresco refresca).

É uma história interessante, rocambolesca até, que nos permite tirar duas conclusões:

1 . Os Médicos nos Serviços de Urgência Holandeses estão por chamada dos Enfermeiros, que suportam os embates e controlam as dificuldades;

2 . Florence, que hoje, 12 de Maio, recordamos, foi a Enfermeira que, com a sua reflexão e poder de observação, além de precursora da Enfermagem de cariz científico, reduziu a mortalidade de 42 para 2% que lhe mereceu o apoio de 4% dos Médicos da Ordem dos Médicos Ingleses. Ficou também conhecida como uma das inventoras da estatística.

Por isso os nossos Médicos Portugueses abocanharam o SNS, com medo que os Enfermeiros mostrem o que valem e podem fazer. Aquela máxima prenhe de saber médico do seu Bastonário [“Os centros de saúde estão a funcionar bem e não precisam de “porteiros”].

Este se não é, imita-os muito bem. E é o chefe, voluntaria e democraticamente eleito.

A verdade é que vão levando a água ao seu moinho, perante os vencidos e convencidos sortudos, por não lhes aplicarem nenhuma doença, qual sarna de coça-que-coça.

 

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