terça-feira, 15 de julho de 2014

ORA; POÇAS PARA OS HORÁRIOS [3]

Por favor, não obriguem os Enfermeiros a fazer horários que não estão na escala!
 1 de Julho de 2014 ; [ler as torpelias poças]

actualização:
Ontem fomos a Famalicão esclarecer a situação das 24 horas consecutivas, a uma Enfermeira impostas.
Por "erro", de leitura a visada, cujo nome omitimos, ao contrário do que nos acusa, não ia fazer(?) 24 horas, além das 16 que aceitou voluntariamente, para acumular horas que lhe permitam ir de férias na época.
Seja qual for a razão não fez de facto as 24 horas. Só perguntou se podia sair do serviço
A nossa resposta foi e é de que pode e deve abandonar o serviço, porque o tempo das Enfermeiras Conventuais e/ou mulheres consagradas, que residiam nas clausuras dos hospitais, perdeu-se no passado. 
As seguradoras não cobrem acidentes que violem a lei. Ora em caso de acidente, com algum doente, vítima de erro, a responsabilidade de transgressão de horários é de quem faz e de quem manda fazer a transgressão.
Para que conste: nós somos responsáveis pelo que publicamos neste blogue, obviamente, quanto à forma. O conteúdo é da responsabilidade de quem o fornece.
As consequências são legais com um fim pedagógico.
Há cada vez mais casos de "chefias de Enfermagem" coaptadas segundo a portaria das direcções e  chefias de Serviços de Enfermagem que o Sr. Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Teixeira, ofereceu ao SEP e Ordem dos Enfermeiros da "Bastonice" de Maria Augusta Sousa, para ter os Enfermeiros "estabilizados" durante 3 anos. (ver neste blogue os comentários que fizemos na época da portaria que contestamos.
Por isso, hão-de ser, cada vez mais violentos os nossos ataques, por palavras e actos.
Mesmo que não tenham ninguém a comunicar as irregularidades, não esqueçam que não as podem esconder, porque as escalas são obrigatoriamente públicas para os profissionais de saúde.
Também iremos ser muito rigorosos com as chefias que exercerem qualquer tipo de represálias para com quem recorrer ao Sindicato.
Se não têm perfil nem personalidade para se imporem à exploração dos administradores que temos nos hospitais, e não só, deixem os cargos de chefia martelada, pois os ataques, feitos por nós vão ser cada vez mais violentos, entre outras razões para manifestarmos o nosso combate permanente às 40 horas, até conseguirmos regressar às 35 ou menos. Já nem sequer há a desculpa de carência de Enfermeiros.
Quem não quiser entender-nos tem esse direito.
Os Sindicatos são uma forma de associação destinada a defender os trabalhadores.
Quando atacam, em defesa dos reais interesses desses mesmos trabalhadores que se associam, ninguém se pode espantar com as consequências desses ataques.
O êxito nas nossas lutas está exactamente no combate ao medo que as más chefias semeiam entre a Classe porque não se sabem impor pelo respeito e pela sabedoria que escasseia.
Gostam de ser chefes, mas sem saberem porquê, nem para quê.
Muitos colegas, já nem se queixam por causa de recearem a maneira como vamos expor a situação.
Mas a maldade não está na forma viva como expomos; está no que expomos.
Deixem de explorar ilegalmente os Enfermeiros e nós não agiremos em sua defesa.
Com amizade e alguma tristeza,
José Azevedo
Estão a operar, um pouco por vários locais, no nível mais baixo e sujo da exploração humana, sem um Vitor Hugo que descreva os miseráveis desta nova vaga.
Temos de agir, em conformidade e, depressa; não podemos ficar mais tempo parados a meter papelinhos no "muro das lamentações"!

Escusam de estar a inventar maneiras de explorarem, ainda mais, os Enfermeiros, através das escala de serviço, porque o Sindicato dos Enfermeiros - SE deixa ficar mal os ladrões de Enfermeiro, sejam eles quem forem.

 A lei que manda fazer as escalas de serviço, duma certa maneira, é a mesma, desde 1991, por isso não tentem inventar formas de roubar os Enfermeiros, porque, lá das Administrações, onde há dinheiro para tudo e para todos, vos sugerem (não impõem, pois que para certos Colegas chefes de subsistência ou de conveniência, não é preciso forçar; basta sugerir, depois eles fazem o resto).
E não nos peçam para passarmos atestados de bom comportamento a quem se porta muito mal, para com os colegas.
Pessoalmente, profissionalmente, tenho autoridade moral e outra que tal, para os expôr, perante os que atiram pedras a quem se porta mal, pois não foi isso que lhes ensinei, nem foi esse o exemplo que lhes dei.
já sabem o que diz o artº 56º do DL 437/91, de 8 de novembro; mas se não sabem não é difícil encontrá-lo neste blog.
Agora, retenham o que diz o Código Deontológico, Ordem dos Enfermeiros:
                                                                                                                
 Se, até, o conjunto dos deveres profissionais pára a fim de introduzir um direito: SEREM SUBSTITUÍDOS APÓS CUMPRIMENTO DA JORNADA DE TRABALHO não tentem fazer bolsas nem nem bolsos, porque podem sair caras a quem desconhece que, em caso de acidente grave e/ou morte do doente, por negligência, a seguradora, que garante a cobertura, nas falhas, só paga a indemnização, em circunstâncias normais, que são os turnos normais e não os suplementares, fora das escalas legais. São muito boas horas de os chefes e os candidatos a chefes, se consciencializem das responsabilidades que sobre eles impendem, no exercício do cargo.
Se pensarem um pouco sobre isto talvez consigam reivindicar da Administração melhores condições de garantia de cuidados idóneos, prestados por Enfermeiros folgados e não estafados!
Pensem nisto!
A responsabilidade passa inteirinha para quem sobrecarrega: o chefe, sem apelo nem agravo.
Ou pensam, seus anjinhos, que foi por acaso que o Código Deontológtico abriu aquela excepção de passar dos deveres para os DIREITOS,  que nem são da sua conta (os direitos)?
Não; é caso pensado, por força da lei, que pode exigir determinados deveres aos Enfermeiros, em determinadas circunstâncias, um dos quais é manter-se em condições físicas e psíquicas de não danificar o Doente, com erros resultantes do mau estado físico e psíquico.
Não será preciso lembrar aos responsáveis pela exploração desenfreada dos Enfermeiros, que daqui fala a voz da experiência, na defesa de casos reais.
Quem as viola mete a pata nas poças, e paga caro, por isso. Mas quem consente ser espezinhado também é responsável.
O nosso mundo está cheio de advogados e administradores.
Há advogados que trabalham, em rede, a especializarem-se em negligências dos Enfermeiros e Médicos. Pouco falta para irem para as portas dos hospitais, com a minuta de reclamações para oferecerem aos convalescentes, por serem mal tratados. 
O cansaço é uma causa de erros profissionais, que aumentam à medida que o cansaço cresce.
Não, os Enfermeiros não só, não são obrigados a seguir o turno, como não devem.
Mas se falta o colega imprevistamente?
Esse é um problema da Administração e da Chefia directa, que o deve resolver doutra maneira, que não através da pouco imaginativa "bolsa de horas", que, além de ilegal, constitui desnecessária falta de respeito; quer dos próprios, pelos seus direitos; quer daqueles, que não podem esquecer-se que temos a sua ficha reivindicativa, para perpetuar o ditado: [Não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu] .
Aqui deixamos o aviso: na conjuntura actual nós Sindicato (que é a família toda e, não apenas, a direcção) estamos a usar uma das capacidades sindicais que é interferirem directamente nos horários de trabalho, sobre os quais temos direito de excercer vigilância e veto, como diz o CT.
Mais outro aviso:
A escala de serviço, uma vez afixada, é para cumprir até ao fim; é mentira e ilegalidade dizer que se pode alterar com aviso de 48 horas de antecedência. Ainda estamos à espera que a Administração do Escala Braga nos diga onde está esse aviso prévio das 48 horas de aviso prévio para alterar escalas de serviço. Não há, nem poderia haver, nenhuma norma legal, pois a escala, uma vez afixada é para cumprir até ao fim.
Se não sabem tentem copiar as escalas Médicas que dão óptimos exemplos de cumprimento.
Alguém se lembraria de mandar um Médico para casa, porque não tem doentes, para tratar!?
Acabado o turno vão descansar, pois da forma como vos estão a explorar, merecem esse repouso.
E os doentes?
Esse não é um problema vosso: é da Administração, através da chefia directa, que não pode descarregar nos subordinados a responsabilidade e capacidade dos problemas do serviço, que chefia, pois chefiar é uma função nobre e exigente, se for cumprida com zelo e competência, pelo próprio, com os seus subordinados aos ombros, carregando com os respectivos problemas e não o contrário. Administrar é servir de suporte dos problemas que se carregam sobre os ombros e não pô-los nos ombros dos outros. Quando assim é os administradores merecem o nosso maior respeito e a mais incomensurável consideração e admiração, quando assim é, responde o eco!


 Com amizade e tristeza,
José Azevedo                                                                                                                                                                

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