terça-feira, 27 de maio de 2014

As Consultas Adiadas e/ou Ansiosamente Procuradas Sem Resultado

Continuamos a assistir ao degradante espectáculo de ver Pacientes a demandarem os Centros de Saúde, à procura duma consulta de Médico sem a conseguirem.

Sendo Portugal o país que:




E que:



Tais esperas inúteis têm de procurar-se nos erros do SNS que ninguém tem coragem e ou apetência para corrigir, porque de cada pazada sai sua minhoca.

Nos Hospitais temos os SIGIC, cujos escândalos não para de crescer, à volta dos mesmos;

Nos Centros de Saúde temos os esquemas, tipo Pisco/Vilas Boas, que de boas não têm nada, que geram os monstros discricionários das USF/B, que discriminam Médicos e Enfermeiros uns dos outros e geram as aldrabices estatísticas, que começam a ser denunciadas/abafadas, além de promover o inexplicável fenómeno de profissionais de 1ª e de 2ª classes.

Dizem que o método USF é que é bom...
Mentira. O método ideal é pôr os Médicos a trabalhar por avença ou convenção como já estão os especialistas de especialidade, contrastando, na eficácia, com os da especialidade de generalidades (ditos de família).

Se temos um Médico, e temos, para 251 almas, não há razão para haver esperas;
Se temos Portugal à frente dos países de Europa com as pessoas, mesmo e sobretudo na crise que atravessamos a gastarem 5,8% das suas despesas com a saúde, é porque os inventores das doenças as convencem de que estão doentes, e alguns estão, mas não tanto nem tantos quanto julgam.

Ora, se fossem os Enfermeiros a triar os doentes e a mandá-los ao Médico havia, neste método a junção dos incentivos, pois sendo livre a escolha, é óbvia a remessa aos que mais bem servissem os objectivos.
E, ainda, se evitavam esperas para proporcionar mais distorções no SNS, ficcionando necessidades que não têm razão de existir.

Em vez de reformular erros, simplificando o atendimento dos Pacientes, pois com um Mádico para 251 almas, não à razões de o Doente esperar pelo Médico, mas para o Médico esperar pelo Doente.

Inventam esquemas perversos, que Bastonário da Ordem dos Médicos ressoa: "os Enfermeiros querem ser Médicos nos Centros de Saúde".
Mentira, os Enfermeiros não precisam de ser nem de querer parecer Médicos; basta que os deixem ser aquilo que são.
"As forças do mal" alimentam uma conta corrente, na comunicação social, para que o referido Bastonário nos revolte com as patranhas que debita, para a mal formada opinião pública, que começa nos jornalistas que as veiculam, consciente ou inconscietemente, porque também fazem parte do esquema das "forças do mal".

E o Ministério da Saúde, para agravar este esquema perverso, ainda tem a coragem de nos propor o projecto de diploma, para criar, em vez de condições de os Enfermeiros poderem exercer as suas capacidades, transforma-os em serventes de consultório médico.

Sabemos a força das "forças do mal"; se a não tivessem não seriam forças. Os 5,8% que Português gasta são um reflexo.

Mas o governo ao falar de reformas, urgentes e necessárias, para o SNS, não pode começar por "entregar o ouro ao bandido", facilitando-lhe a vida.

Sabemos todos por experiência que se o Povo fixou sabedoria experiente, criando este provérbio, é porque sabe detectar os bandidos, na sociedade.

Pena é que os timoneiros que nos (des)governam não saibam desviar-se deles, deixando-se aprisionar, dos seus cantos e encantos, como aconteceu a Ulisses, com o canto das sereias, que lhe atrasaram a viagem. Talvez por isso fundou "Ulissipo", hoje Lisboa, para não estar sem ocupação.

Será que ainda andam por lá as mesmas sereias, que encantaram Ulisses e a sua tripulação?

Com amizade,
José Azevedo

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