O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) tinha denunciado hoje que a falta de profissionais no serviço de cirurgia 7 do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, coloca em risco os doentes, algo que a ARS, em comunicado, nega, acrescentando que, “contrariamente ao que é afirmado pelo SEP, o Serviço de Cirurgia 7 do CHLC conta atualmente com 33 enfermeiros”.
De acordo com o comunicado da ARS, no seguimento de pedidos de contratação, foram autorizados mais 95 enfermeiros para todo o Centro Hospitalar, tendo já entrado ao serviço 40.
“Desta forma, o CHLC considera que estão assegurados os recursos necessários para proceder aos ajustamentos de enfermeiros que venham a mostrar-se necessários. O Centro Hospitalar afirma, ainda, que é falso que tenham sido ultrapassadas as horas extraordinárias permitidas por lei no serviço referido”, tendo havido antes um aumento do trabalho suplementar, “dentro dos limites legais”, diz o comunicado.
Na nota de hoje do SEP, afirmava-se que, desde junho de 2013 que têm saído elementos do Curry Cabral que não foram substituídos, e que a equipa de enfermagem da cirurgia 7 do Curry Cabral se encontra em exaustão, não estando “garantidas as condições de segurança e qualidade dos cuidados de enfermagem aos doentes internados”.
E dizia ainda a nota do SEP que a equipa é actualmente composta por 27 enfermeiros, quando deveria de ser constituída por 47.

{NB:
Valeu a pena o SE ter começado a chamar a atenção das graves irregularidades que os Hospitais da Lisboa do caroço têm vindo a cometer na pessoa dos Enfermeiros.
Afinal já descobriram essa falcatruas.
Mas nós estamos a começar e a coisa promete} (José Azevedo)

Gestores dos hospitais públicos ameaçam demitir-se

Publicado a 18 FEV 12 às 11:15


Os gestores dos hospitais públicos ameaçam demitir-se, por entenderem que a nova lei que impede os serviços do Estado de comprarem sem cobertura orçamental é impraticável no setor.


Em causa está a lei de execução orçamental, exigida pela troika e que impede os centros hospitalares e outros serviços do Estado de assumirem despesas que não possam pagar no prazo máximo de três meses.
Segundo o jornal Expresso deste sábado, vários administradores admitem abandonar o cargo, por entenderem que a lei, que entrou em vigor terça-feira, é impossível de cumprir. Estes responsáveis não aceitam vir a ser responsabilizados civil e criminalmente, tal como estabelece o diploma.
De acordo com o Expresso, vários gestores hospitalares dizem que se respeitarem a lei vão deixar de comprar medicamentos indispensáveis para a sobrevivência dos doentes.
Os administradores entrevistados pelo semanário defendem que deve ser criado um regime de exceção para a saúde, porque se a lei for aplicada tal como está, o Governo tem de decidir que serviços fecham e que doentes ficam por tratar.
Atualmente, a maioria dos hospitais está em défice orçamental e vive do crédito para comprar medicamentos e equipamentos médicos, uma situação agravada pelo atraso na transferência de verbas e pelas dívidas que o próprio Estado tem aos hospitais.




{ NB: E eles
 a dar-lhe que a falta de Médicos é que promove o caos, quando o que promove o caos é o excesso de Médicos para o défice de Enfermeiros, que não têm as forças do mal a apoiá-los nem a distorcer a verdade! }