terça-feira, 29 de março de 2016

AS NOÇÕES QUE SE PERDEM E AS CONSEQUÊNCIAS QUE SE GANHAM


PROCESSO CLÍNICO O QUE É E PARA QUE SERVE?

Não sei quantos Enfermeiros saberão que o termo CLÍNICO não está relacionado com a medicina e seus seguidores, mas com o LEITO OU CAMA  que acolhe dos doentes e os mantém ACAMADOS.

Quando 98% votaram contra a esperteza de Florence Nightingale (Florência Rouxinol, em Português), pelo perigo que essa esperteza representa para a Vaca Sagrada, sem se preocupar com essas vozes que não chegavam ao céu, começou a dar novo rumo à Enfermagem.
Ainda hoje é recordada pela candeia e pela sua voz de rouxinol, ave que canta de noite.
Mas teve uma preocupação, entre muitas: obrigar os Médicos a escreverem num processo o diagnóstico e demais notas de interesse para a Enfermeira de serviço adequar os cuidados de enfermagem necessários à situação. Foi Florence quem criou e colocava aos pés da cama do Doente e mereceu, por isso; o nome de processo clínico ou do Doente Acamado.
Não foi nenhuma Esclapíade que teve a ideia. Claro que o dicionário segundo o novo aordo ortográfico que tantos contestam diz que clínico é médico, mas isso é um erro crasso, de quem não conhece o étimo das palavras e clínico deriva do grego KLINIKÒS que quer dizer leito.
Hoje, não são só os fabricantes de dicionários, que não vão à raiz das coisas, que os rodeiam. Há mais quem não vá.
Por exemplo:
1 - da exigência que a escola de Florence fazia aos Médicos, para escreverem no processo do Doente Acamdo ou Clínico o que era de interesse para o Enfermeiro adaptar os cuidados de Enfermeiro, temos;
2 - Muitos Enfermeiros a escreverem notas de interesse para o Médico, prevertendo o sentido e significado originais do Processo Clínico.
3 - Mas o pior é o tempo que os Enfermeiros perdem a esmerar a sua escrita num processo que só a ele, Enfermeiro interessa.
4 - apesar duma tentativa frustre de conseguir uma METALINGUAGEM,  ou linguagem quase matemática a que deram o nome de CIPE (Classificação Internacional para a Prática da Enfermagem), não é nos Enfermeiros que os autores estão a pensar. Mas se é, não me parece.
Nem sequer chega a Vigo, na Galiza, qanto mais internacional.
Quando a Colega espanhola escrevia no processo WC-OK, foi alvo de crítica e apesar de estar muito próximo do que seria a CIPE, ninguém a entendeu.
Imaginem os Enfermeiros de 2016 aexigirem aos Médicos que escrevam nos processos o que os Enfermeiros precisam de saber para adequarem cuidados a prestar!
Perdeu-se a noção do processo clínico e, a consequência foi ganhar-se um computador, onde a CIPE faz perder mais tempo aos Enfermeiros do que devia ser necessário.
De quem é a culpa?
Apesar de não ser Carnaval, não levem a mal.
José Azevedo

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