segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O TÍTULO E FORMAÇÃO DE ESPECIALISTA ENFERMEIRO


«O título de especialista vai ser atribuído à semelhança do internato médico», diz a Bastonária.
Sabem o que isto significa?
Antes de mais, significa que não vão gastar mais dinheiro inutilmente, a obter uma especialização, que não serve, para recuperarem o investimento, que fizeram, mas para a exploração, a custo zero, que as instituições do SNS estão a fazer aos especializados.
Tudo isto se deve ao SEP, que, por um lado, usa(ou) a Ordem dos Enfermeiros, para obrigar os Enfermeiros a custearem, do seu bolso, a obtenção duma especialidade, que depois, não serve senão para isso; sustentar as escolas, e não só. Porque ajudaram a abater a carreira que as suportava.
Depois, é a ausência da carreira e a inclusão das especialidades. Mas aos desafios, que fazemos à CNESE (SEP/SERAM) para se juntarem a nós, na celebração de um ACT, que reponha aquilo, que retiraram aos Enfermeiros da carreira, que lhes anularam, estupidamente, como se tem visto, o silêncio daqueles sindicatos é total. Até fingem que nem ouviram.
E não sabemos as causas deste comportamento, em Sindicatos (CNESE), que deviam estar ao serviço das melhores condições de vida e de trabalho dos Enfermeiros, que os alimentam, e não posicionarem-se, do lado de quem, seja nas escolas, que alimentam em parte, ao custearem a expensas pessoais a especialização, seja nos serviço, a maior parte geridos pelos "coordenadores", de marca SEP, a fazerem currículo para a assalto final, ao PRINCIPAL, para o que algumas escolas, já estão a comunizar a formação dos futuros principais, que os vão explorar.
Esta mudança radical, que faz da Ordem, uma organização útil à Profissão (basta imitar os Médicos, que nunca cometeram a alarvice de entregarem as especializações práticas a escolas, cada vez mais teóricas (ver Universidade do Minho)), faz-me recuar ao tempo em que fui diretor enfermeiro, no HSJ de 2000 a 2005, ano em que fui expulso, por Correia da Campos, por não ser do partido, onde se abrigou, vindo da EE, e cometi a irreverência de organizar duas especializações: reabilitação e obstetrícia, as mais necessárias no Hospital.
Querem saber de que a Ordem nunca as reconheceu, apesar de um grande amigo meu e diretor de escola comentar que ainda tinham muitas semelhanças com as da escola, porque os professores eram os mesmos e o percurso não podia ser muito diferente.
A Maria Augusta e seus prosélitos não quererá explicar o que a impediu de reconhecer uma especialidade que só à Ordem compete reconhecer e titular?
Eram as escolas que a impediam ou era o PCP/SEP?
Para analisar as causas remotas desta exploração, é preciso recuar às assembleias do DEE/Insa, em 1974/74, onde os Pachecos, os Gamboas e os Azevedos impediram o pior, mas não impediram o mau.
Hei-de satisfazer a vossa curiosidade, porque de lá partiram muitas das causas destas coisas atuais.

Com amizade,
José Azevedo

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