segunda-feira, 15 de julho de 2013

COMO SE FAZ UM MONSTRO

Há dias, li numa dessas revistas que tratam de coisas curiosas, que os macacos tipo chimpanzé são mais rápidos na resolução de certos testes de habilidade, em que os humanos são mais lentos ou falham mesmo.
Por isso aquela velha máxima de "macaco de imitação" tanto dá para o homo erectus sapiens como para o sapiens sapiens.
Conclui-se provisoriamente que eles se imitam mutuamente.
Quem andou a caçar macacos para exportação diz que um dos métodos mais fáceis é meter uma maçã numa gaiola, presa a uma árvore, situada no trilho do macaco. O buraco de ataque tem de deixar passar a mão do animal, para agarrar a maçã, que nunca mais larga, porque não é capaz de perceber a impossibilidade de tirar a maçã por aquele buraco. Nesse gesto perde a sua liberdade.

Imagine-se que a maçã simboliza, num homo erectus sapieens sapiens, uma ideia que lhe metem cabeça e de que não conseguem libertar-se, tal como o macaco não se liberta da maçã armadilha.
É assim que se faz um monstro de ideias fixas, convencido de que o mundo gira à sua volta, tal é o egocentrismo que lhe meteram na gaiola.
Uma até se deu ao luxo de reprimir a subordinada que engravidou e segundo a monstruosa chefe não devia ter engravidado para poder jogá-la como coisa objecto para servir de rubot entre os cuidados com raios prejudiciais à grávida;
Outro compromete-se a mudar de serviço a colega se esta não consentir em adiar as férias que estavam programadas.
Como é possível transformar pessoas em macacos de imitação para atingirem objectivos que nem dependem de si.
Como é possível estarem a chefiar serviços de Enfermagem em que coisificam as pessoas que chefiam, só porque o grau acima quer mostrar que atingiu o objectivo x ou y, mesmo que seja à custa do espezinhamento dos mais elementares direitos humanos?
Na próxima oprtunidade de voltarmos aos monstros, vamos dizer quem são e qual o terreno onde é possível exercerem a sua bestialidade, imitando de forma bastante aproximada da outra, na obra genial de Emilio Zola - "A Besta Humana", onde cria também a figura de "carne para canhão".

Se ao menos tivessem capacidade crítica para ver as figurinhas tristes que fazem;
Se soubessem ser chefes numa profissão tão nobre como a da Enfermagem;
Se tivessem a humildade de saber por que me esforcei durante 5 anos para os humanizar, para tratarem com humanidade os outros, que também cuidam dos humanos em circunstâncias bem difíceis, não teriam embrutecido como estão a demonstrar, provocando em mim uma profunda tristeza, por não terem correcção possível, pois ainda encarnam de forma genial o "vilão a quem meteram uma vergasta na mão".

Não irão ficar impunes. É só darem tempo a descobrir a forma de justiçar animais que perderam tudo que é valor humano: consciência, vergonha, lucidez, discernimento. Digo perderam na mírifica possibilidade de algum dia terem experimentado esses valores.
Imaginem; [não concorda em adiar as férias para o bloco não fechar, então transfiro-a de serviço para uma medicina que tem falta de gente] ameaçava uma das alimárias;
[ai está grávida mas não devia estar, porque me vai prejudicar o serviço], dava desta maneira os parabens à mulher grávida, a outra cavalgadura.
O problema maior é estarem a chefiar gente que cuida de gente, há muito tempo!

Quem os perverteu a tão elevado nível?

Quem os seleccionou para chefiar pessoas e com que intenções?

{Quo Vadis, Enfermagem!?}

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