segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

AOS ANÓNIMOS DA COISA, ESSES VALENTES COVARDES

[Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "OS HORÁRIOS DE TRABALHO ENFERMEIROS": 

Era bom que o sindicato falasse alto na comunicação social porque quem não é ouvido é esquecido e já lá vão quase 5 meses a trabalhar 40 horas . Vejam se as câmaras não tiveram logo a resposta das providências cautelares - não se calaram. Por estas e por outras mais antigas como o complemento de formação e respectiva remuneração é que me desincalizei. Estou farta de promessas.....} (disse o valente anónimo).

Aqui está uma boa provocação de um valente anónimo, que pensa que somos nós que não queremos falar alto na comunicação social.
Se é Enfermeiro, o que duvido;
Se é Enfermeira, o que duvido;
Devia respeitar-se mais, pois se os Enfermeiros se mantiverem sindicalizados não há mal que lhes pegue.
Não fazemos promessas que não podemos cumprir.
Estou a trabalhar com muito gosto para minorar as desgraças que se abateram sobre a Enfermagem e que têm os responsáveis devidamente identificados, por isso é fácil ver se fazemos parte deles.
Só lembramos ao corajoso anónimo que apesar da estar farto/a de promessas eu estou a trabalhar para os que continuam a contribuir para a sustentação do Sindicato, não para proveito próprio, pois nem vou beneficiar nada deste meu trabalho nem aufiro qualquer remuneração por ele, pois se fosse a exigir remuneração ela teria de ser substancial, pois conheço a qualidade do meu trabalho.
Bastava-me exercer liberalmente a profissão ou montar um escritório de consultadoria ao virar da esquina.
Por tudo isto, há um mínimo que julgo ter o direito de exigir: tenha a coragem de tirar a máscara e fale comigo como homem ou como mulher ou como o diabo, com quem também me dou.~
Julgo que não lhe devo nada;
Mas se é enfermeiro/a deve-me algo que resultou do meu trabalho e das quotas dos que têm a teimosia de se considerarem sócios, porque têm fé e não correm atrás do som fantástico das promessas vãs, que não são o nosso  costume.
Nós vamos vencer mesmo que o sino não badale;
Mesmo que os descrentes nos abandonem; ainda nos sobram os que têm fé e esperança no nosso trabalho, silencioso mas eficaz.
Só mais uma coisa: o fruto do nosso trabalho é para os que continuam sócios do Sindicato.n Para os que não se deixam seduzir por falsas promessas.
E, felizmente, há já muitos que estão a regressar ao Sindicato, porque deram mais depressa do que outros, conta, do logro em que caíram.
Se me sentisse culpado de fazer promessas aos Enfermeiros, que não pudesse cumprir diria como Elmano Sadino ou Manuel Barbosa Du Bogage:
..................

[Eu me arrependo e com a língua quase fria/
Brade em alto pregão à mocidade/,
Que, atrás do som fantástico, corria/,

Outro Aretino fui, a santidade/
Manchei. Oh se me creste, gente impia,/
Rasga meus versos, crê na eternidade!]

Mas julgo perceber umas feridas recentes e "outras mais antigas".
Não é prova de inteligência pensar que um ou vários directores são o Sindicato;
Que os Sócios não têm de participar na vida do Sindicato;
Que o que acontece e não acontece é porque os directores são uns facínoras e só querem o mal dos Colegas.
Que são os desmancha-prazeres da Classe.
O pior insulto para mim não é o que diz ou subentende; é dizê-lo sob máscara, que me obriga a escrever, na areia.
Mesmo assim, escrevo e dou a cara, porque não presto vassalagem à cobardia, nem à hipocrisia.
Sabe seu mascarilha: a minha vantagem é que eu não preciso de si para nada, porque os há mais corajosos, à minha volta. Mas ainda assim, você seu mascarilha anónimo, vai precisar de mim.
E mais, tenho alguma reserva de dignidade, para numa hora tão difícil para a Enfermagem, rejeitar as suas desculpas.

Com amizade,
José Azevedo

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