terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

OS MANDANTES E OS OBEDIENTES

Volta e revolta a condução das viaturas em serviço domiciliário dos Enfermeiros.
Basta que um velho motorista se reforme para que ninguém pensa noutras pessoas a não ser nos AO e logo a seguir, na escala, vem a Enfermeira/o, com a agravante de ter de fazer ainda mais coisas.
A conversa entre um director executivo de ACES e um grupo de Enfermeiras a garantirem que não conduzem tem requintes de malvadez.
Começou por lhes falar, ameaçando-as com o dever de obediência, esquecendo que o dever de obediência não é uma abstracção nem um capricho de director mandante; obedece a valores e a regulamentos nos quais esse dever de obediência se exerce. Fora desse contexto ninguém tem de obedecer, seja a quem for. E o referido Director, apesar de ter formação jurídica para a usar no bom sentido, deu um péssimo exemplo de estupidez ao dizer às suas subordinadas transitórias que "os Sindicatos enganam os seus associados e não devem acreditar neles"; "vocês têm o dever de obediência para conduzir as viaturas".  

Este director esquece que o nosso Sindicato é dos que não mentem aos seus associados;
O dever de obediência não é extensível a ilegalidades e o dito devia saber disso, para não dar provas de tanta ignorância.
Imagine-se que o mandante se lembrava de mandar uma Enfermeira atirar-se duma ponte para baixo?!
E se ela desobedecesse, qual era o castigo?
Enquanto falava fingia que lia uma ordem vinda da ARSN. Quando alguém se aproximou para pedir cópia da ordem vinda da ARSN,obviamente para no-la enviar para os devidos efeitos, verificou que a folha estava, aparentemente vazia e o mandante estaria a falar de cor.

Não quer dizer que a administração da ARS N seja um poço de virtudes, nem tenha respeitado, como devia os nossos Colegas de Direcção, julgamos que são os únicos castigados sem processo, justamente por serem pessoas que não mentem aos Associados, nem aos superiores, não significa que não tenhamos de lhe fazer justiça e dizer que há um conjunto de dirigentes suficientemente abandalhado para usar o nome da Administração  da ARS N em folhas em branco, pois dizem que as ordens vêm de lá e não vêm; são invenções de galispos que cantam a música de cor.

Quando tivermos mais elementos daremos os nomes dos principais actores desta cena rocambolesca.
Façam como estas colegas e digam a estes mandantes que só podem fazer processos disciplinares dentro e acerca da função que cada um exerce. Ora, os Enfermeiros não são, nem de perto, nem de longe, pau-para-toda-a-colher. Têm uma Profissão de grau 3 de complexidade de exercício e os bons gestores deviam fazer tudo para ajudarem os Enfermeiros a potenciarem as suas competências, que não são poucas nem fáceis de executar.
Mas porque são gestores de circunstância, entram e saem dos cargos sem chegarem a perceber a essência da sua missão. Se percebessem minimamente o que estão a fazer criavam-lhes todas as condições para que só se concentrassem nos doentes que tratam.
Tanto os Doentes, como os Enfermeiros têm o direito da concentração máxima no que estão a fazer:
os Doentes em exigirem dos Enfermeiros toda a atenção para a este Doente; os Enfermeiros de só se preocuparem com o que estão a fazer. O Doente merece-o
Por que têm estes gestores meio copo de me fazerem sentir tão mal por ter as ideias que tenho do currículo zero.
Eles não compreenderam que não se trata de defender zero à esquerda.


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