Universidades do Algarve e de Salamanca estudam envelhecimento da população ibérica
POR SUL INFORMAÇÃO • 6 DE FEVEREIRO DE 2015 - 16:53
Com o acordo assinado, as instituições envolvidas pretendem «tornar-se numa referência internacional, num dos desafios prioritários para a nossa sociedade: o envelhecimento da população».
Os objetivos deste acordo passam por dinamizar a formação pós-graduada e a formação contínua «de modo a elevar a capacitação científica e profissional dos graduados para dar resposta aos novos desafios da sociedade envelhecida».
«Pretende-se ainda promover a internacionalização das universidades e a sua cooperação com a comunidade, dando particular destaque às suas relações com as empresas e outros agentes sociais, que permitirão estimular as atividades de investigação e a transferência de conhecimento e tecnologia, promovendo a investigação multidisciplinar que as modificações próprias do envelhecimento suscitam. Será instituído um Espaço Transfronteiriço sobre o Envelhecimento», revelou a UAlg, numa nota de imprensa.
O trabalho de preparação deste acordo desenvolveu-se conjuntamente nas universidades do Algarve e de Salamanca desde o final de 2013. Durante este período, realizaram-se reuniões de trabalho na UAlg e na USAL, e a professora Nídia Braz participou, em Salamanca, no I Encuentro de Investigadores para el Envejecimiento, onde apresentou as linhas de trabalho que integram o Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde aceites pela European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing (EIP-AHA).
Nídia Braz é autora e tem participado em vários estudos nesta área, em temáticas como o “Envelhecimento saudável e ativo” e a “Avaliação geriátrica global da população do Algarve”.
A sociedade está a enfrentar um envelhecimento global, devido ao aumento progressivo da esperança de vida e às taxas de natalidade reduzidas. Tudo isto está causar uma alteração nas pirâmides populacionais e, consequentemente, a trazer implicações sociais e económicas importantes.
Os cenários futuros de vários estudos populacionais alertam para um aumento, em todo o mundo, desta faixa etária da população (mais de 65 anos), prevendo-se um crescimento de mais de 21 por cento até 2050. Estas previsões, tanto em Portugal como em Espanha, situam-se acima dos 30 por cento.
«Uma vez que este efeito é especialmente relevante nos dois países, é necessário propor um desafio futuro para a sociedade para uma maior longevidade, com mais saúde e melhor qualidade de vida da população», defende a UAlg.
Em 2007, o Programa das Nações Unidas sobre o Envelhecimento e a Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria instituíram o que ficou conhecido como a “Agenda de Investigação sobre o Envelhecimento para o século XXI” (Research Agenda on Ageing for the 21st Century), estabelecendo uma série de prioridades na investigação sobre o Envelhecimento que este protocolo quer impulsionar, tendo em conta as capacidades de investigação dos sistemas de I+D espanhol e português aplicadas ao Envelhecimento, e o potencial transdisciplinar das temáticas.
A parceria foi formalizada por António Branco, reitor da Universidade do Algarve, Daniel Hernández Ruipérez, reitor da Universidade de Salamanca, Francisco George, diretor-geral da Saúde, e Miguel García Guerrero, diretor-geral da Fundação Geral do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC).
Estiveram ainda presentes nesta assinatura Óscar González Benito, diretor-gerente da Fundação Geral da Universidade de Salamanca, Pedro Graça, Chefe de Divisão de Promoção de Estilos de Vida Saudável da Direcção-Geral de Saúde, José Luis de Miguel, diretor de Análise, Estratégia, Programas e Projetos Geral CSIC Foundation, Juan Tomáz Martín, presidente da Wikisaber.es, Barbara Soares, coordenadora do Centro Virtual de Envelhecimento em Portugal, e Nídia Braz, professora e investigadora do Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CES) da Universidade do Algarve.
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