sábado, 21 de fevereiro de 2015

POSSE DO CONS-DIRETIVO IMPERFEITO DA ARSN, 20-02.15

POSSE CD ARSN 1 < clique aqui >

Foi às 18h30 que o Sr.Ministro da Saúde deu posse a um Conselho Diretivo da ARS N, onde falta um Enfermeiro, pasme-se.
Mas o mais importante não é faltar um Enfermeiro, neste e noutros CD de ARS;
Mais importante e lamentável é os dirigentes, ao mais alto nível, não sentirem a necessidade de terem Enfermeiros/as nestes órgãos. Este indicador basta para demonstrarem que não entendem patavina do que estão a administrar.
Se 86% das tarefas são prestações de Enfermeiros/as, é deles a administração, que lhes resolve os problemas mais diretos e próximos, mas  não de quem os despreza e humilha, com a sua ingenuidade, ignorância de tal problemática, e não só.

Nos Estados Unidos da América os diretores dos maiores e médios hospitais, são Enfermeiros.

Os "inteligentes" gestores portugueses, a caminho de serem administradores, um dia, marginalizam-nos e deitam ao lixo os seus conhecimentos, sem saberem porquê, pois não agem por convição, mas por suposição, superstição, ignorância, pedras duras e áridas, onde nada germina.
Para não falarem em Enfermeiros, dizem os profissionais de saúde. E não admira, porque, ainda hoje, uma colega perioperatória de associação, para não dizer que são os Enfermeiros os que espetam agulhas, até em si; fazem cortes, até, em si, dizia na SIC/TV pela manha: "os profissionais de saúde".
Ora se nem os Enfermeiros falam de Enfermeiros, como querem que os outros se lembrem deles?
Até o nosso Bastonário não fala dos Enfermeiros, em si; fala deles, mas,  em equipa.
Até para ele os Enfermeiros não existem de per si; só existem, através dos outros.
Depois vem o contraste dos Médicos só falarem em Médicos. E de tanto falarem o Povo só grava esse nome, porque todo o resto é equipa, que ele controla, pensa, ingenuamente e ou maliciosamente.
Até o "clínico" que quer dizer "cama de leito" eles adoptam, porque traz com ela, o doente, que consideram pretença sua; um exclusivo.

Ora se pensarem um pouco nas causas últimas destas coisas, sentem como eu a necessidade de mudar, primeiro na linguagem e, depois, também nas atitudes.
Mas não são só uns que destroem a presença dos Enfermeiros, nestes órgãos; são também os outros que, não mostrando o que valem e a Classe, a que pertençam, enganam os que os dispensam, que depois demoram ou não consegueguem mesmo identificar os pontos, onde erraram, estão a errar.
Pensem nisto, quando mais não seja, para contrariarem a tendência. As sombras da foto são o reflexo da forma como nos veem.

Com amizade,
José Azevedo

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