quinta-feira, 13 de março de 2014

NOTÍCIAS

Alfredo da Costa mantém-se aberta até decisão de recursos no tribunal
Económico com Lusa
10/03/14 19:57
Numa nota enviada à agência Lusa, o Ministério da Saúde explicou que os recursos apresentados "há sete meses" pelo MS e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central -- a que pertence a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) --contra a decisão do tribunal de manter esta unidade de saúde aberta "subiram agora para o Tribunal Central Administrativo Sul".
"Enquanto se procede à reavaliação do processo (recurso), a MAC vai manter-se aberta", garantiu o ministério de Paulo Macedo.
O Ministério da Saúde (MS) aproveitou para congratular-se com "o facto de, finalmente, os recursos da decisão da primeira instância, apresentados pelo Ministério e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) há sete meses (agosto), poderem ser agora apreciados pelo Tribunal Central Administrativo Sul".

Na mesma nota, o MS revelou que "um requerimento apresentado para reabrir quatro blocos operatórios do Dona Estefânia foi rejeitado pelo mesmo Tribunal Administrativo Central de Lisboa, apesar de pareceres em sentido inverso da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), da Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) e Direcção Geral da Saúde (DGS)".
O Ministério da Saúde lamenta ainda a decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa "de manter encerrados quatro blocos operatórios do Hospital Dona Estefânia, com todo o prejuízo que isso representa para a prestação de cuidados de saúde".
No dia 18 de Julho de 2013, o Tribunal Administrativo de Lisboa aceitou a providência cautelar interposta por um grupo de cidadãos contra a decisão de encerrar a Maternidade Alfredo da Costa.
Na altura, o tribunal determinou a manutenção em funcionamento de todos os serviços e valências da maior maternidade do país.
No mesmo dia, o Ministério da Saúde anunciou que ia recorrer da decisão para o Tribunal Central Administrativo Sul, alegando que "a decisão de encerramento das actuais instalações da Maternidade Alfredo da Costa foi ponderada e devidamente fundamentada, tanto do ponto de vista técnico, clínico, humano e também financeiro".


Aberto inquérito ao caso do jovem de Chaves transferido para Hospital de Lisboa

Última atualização a 11 MAR 14 às 09:40,

Publicado a 11 MAR 14 às 07:26



A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde decidiu abrir um inquérito ao caso de um doente que foi transferido de Chaves para Lisboa por alegada falta de vagas nos hospitais das regiões Norte e Centro.


Este inquérito foi aberto na semana passada, perto de um mês depois da situação ter sido conhecida publicamente. A informação foi apurada pela TSF.
No início de fevereiro tinha sido anunciada uma outra investigação que continua a ser feita pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
Um mês depois e perante a falta de respostas e explicações claras sobre o que aconteceu, a Inspeção-Geral de Saúde decidiu por isso abrir um inquérito autónomo até porque considera que o caso é grave.
Fonte ligada ao processo explicou à TSF que não é aceitável um doente vir de Chaves até Lisboa depois de um acidente por falta de vagas em vários hospitais.
A mesma fonte salienta que é preciso encontrar responsáveis pois não é aceitável que se olhe para este caso como uma falha do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Quanto ao inquérito que está em curso na Administração Regional de Saúde do Norte, fonte desta entidade explicou à TSF que o mesmo continua a ser feito e deve estar pronto em breve.

Amadora-Sintra limita realização de colonoscopias a quem tem cancro



10-03-2014 14:14
Medida pretende diminuir listas de espera. O Hospital estava a receber cinco mil pedidos para fazer o exame quando, em média, faz 2.500.

O Hospital Amadora-Sintra deixou de fazer colonoscopias aos utentes dos centros de saúde da sua área, passando a receber apenas doentes com suspeitas de cancro colorrectal já com o rastreio feito.

A unidade confirmou à Renascença que a medida está em vigor desde o início do ano porque as listas de espera estavam a engrossar de forma alarmante.

Foi nesse hospital que um doente esperou dois anos e meio por um exame que acabou por revelar um tumor já inoperável.

Os centros de saúde foram informados de que o Amadora-Sintra só aceita doentes com diagnóstico feito pelos médicos de família.

Fonte oficial do hospital explica que a unidade estava a receber cinco mil utentes por ano para fazerem colonoscopias quando, em média, fazem metade.
           

Faltam especialistas nas unidades de saúde de Vila Real

A falta de médicos especialistas no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, instalações desadequadas e equipas reduzidas nas unidades de saúde familiares foram lacunas apontadas pelos deputados que visitaram esta segunda-feira o distrito de Vila Real.
Os deputados da Comissão Parlamentar de Saúde visitaram os hospitais de Chaves e Vila Real, que integram o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) , bem como o centro de saúde n.º1 de Vila Real, onde estão instaladas duas unidades de saúde familiares (USF).
O objetivo, de acordo com o vice-presidente da comissão, o deputado social-democrata Couto dos Santos, era "verificar no terreno o que é a realidade".
O parlamentar fez questão de destacar o "excelente trabalho" prestado pelos profissionais de saúde. No entanto, reconheceu a existência de algumas lacunas a nível dos médicos especialistas neste centro hospitalar. "Uma coisa que notamos é que há necessidade de médicos especialistas nestas zonas do interior, está tudo localizado junto ao litoral". Esta é, segundo o responsável, a lacuna "que é mais notada junto dos cidadãos".
Por sua vez, o deputado do PCP Jorge Machado realçou a "excessiva concentração de serviços e valências em Vila Real" e a "grande dispersão territorial" dos quatro hospitais que integram o CHTMAD, desde Chaves, Vila Real, Peso da Régua a Lamego.
Cidades que, segundo o parlamentar, "não estão ligadas por uma rede de transportes públicos" e onde se introduziram portagens na principal via de ligação, a Autoestrada 24 (A24). "O Governo está meramente preocupado em poupar recursos e dinheiro e com isto não olha a meios", frisou.
Jorge Machado destacou facto de se tratar de um distrito envelhecido, de idosos com baixas reformas e onde as pessoas não possuem meios para se deslocarem entre as unidades de saúde. "Está-se a afastar as pessoas do serviço nacional de saúde", afirmou o deputado.
Em representação do PS, Luísa Salgueiro defendeu a necessidade de se conhecer os "problemas numa lógica de proximidade". Nesse sentido, após a visita, realçou o problema de pessoal e de instalações desadequadas ao nível do funcionamento das USF no centro de saúde n.º 1 de Vila Real.
"Mais uma vez o problema é de pessoal, de equipas que foram constituídas e que neste momento já estão desfalcadas. Os médicos estão a aposentar-se e não há renovação e há uma maior dificuldade em responder às necessidades das populações", salientou.
Quanto às instalações, prevê-se que uma das USF vá ocupar um edifício inacabado, que vai ser cedido pelo município à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte).
A deputada disse ainda que outra dificuldade relatada no decorrer da visita foi a "falta de articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares".
"Não há uma referenciação correta e o que se verifica é que, por exemplo no hospital de Chaves, existem muitas situações de doentes que se deslocam ao hospitalar porque os centros de saúde ou unidades de saúde familiares não dão a resposta devida e há, por isso, um acréscimo de serviço desnecessário", explicou.
Os deputados da Comissão de Saúde prosseguem na terça-feira esta viagem a Trás-os-Montes, com visitas a unidades de saúde do distrito de Vila Real.
 
 

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