quinta-feira, 10 de abril de 2014

TAE - ENFERMEIROS - MÉDICOS - OUTROS

9-04-2014 
Press Release - Ordem dos Enfermeiros defende Modelo Integrado de Emergência Pré-Hospitalar 

No seguimento da polémica instaurada sobre as dificuldades de resposta das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) e evitar situações como a do último domingo, em que a VMER de Évora não socorreu as vítimas de um acidente, a Ordem dos Enfermeiros vem defender a implementação do Modelo Integrado de Emergência Pré-hospitalar (MIEPH), apresentado ao Ministério da Saúde em julho de 2012, pelas mais-valias que o mesmo acarreta no socorro às populações. A OE mostra-se disponível para trabalhar em conjunto com o INEM e a Liga de Bombeiros, em defesa dos interesses da população, numa resposta de emergência mais adequada, em qualquer situação de doença súbita e/ou acidente. 
 
Desta feita, a OE defende quatro pressupostos estruturais em que o MIEPH deve assentar: Todos os meios de intervenção em contexto pré-hospitalar devem ser assegurados com recurso a profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros. Apenas estes profissionais garantem uma atuação de qualidade por terem formação de nível superior, contínuo desenvolvimento de competências em contexto de prática clínica e estarem sujeitos a autorregulação profissional.
 
A Ordem dos Enfermeiros sustém ainda que os meios/equipas de intervenção pré-hospitalar devem estar integrados em unidades de saúde, nomeadamente em Serviços de Urgência, Agrupamentos de Centros de Saúde, Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, e que o atendimento nos CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) tem de ser efetuado por enfermeiros, tal como acontece na Saúde 24. Esta presença é essencial para melhorar a qualidade do atendimento, conferir sustentabilidade ao modelo, permitir uma comunicação de informação clínica apropriada e a eficiência na ativação de meios. 
 
Devem também ser estabelecidas parcerias com poder local para (re) definir a localização dos Postos de Emergência Médica, com o objetivo de racionalizar recursos humanos e materiais. Desta forma, garante-se uma maior eficiência do serviço e cuidados de maior proximidade. 
 
As mais recentes notícias sobre o funcionamento do INEM vêm ao encontro dos sucessivos alertas que a OE tem feito junto do Ministério da Saúde, deputados da Assembleia da República e da direção do próprio Instituto: que a qualidade dos cuidados de socorro prestados à população está em risco. Tal como a Ordem dos Enfermeiros defende, é imperativo tomar medidas para reverter por completo esta e outras situações que não salvaguardam respostas adequadas e em tempo útil ao cidadão.
 
Esta realidade, a par da intenção declarada de alterar o paradigma assistencial de emergência pré-hospitalar – onde se aposta em profissionais não regulados e menos qualificados para prestar cuidados até agora exclusivos de médicos e enfermeiros – trás preocupações acrescidas que justificam plenamente a adoção deste Modelo proposto pela OE. O MIEPH permite assegurar cuidados de emergência integrados numa rede de cuidados de saúde já estabelecida e de referência/confiança para o cidadão: próxima, coesa e dinâmica desde a sua base, devidamente reforçada, com conhecimento do contexto do cidadão e das suas reais necessidades.

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