quinta-feira, 2 de abril de 2020

ALERTA COVID 19 OU C19



ALERTA COVID 19 OU C19

No plano de contingência os Enfermeiros têm de ficar mais tempo ao serviço, nomeadamente dando assistência às barracas armadas em frente ao São João (INEM) e Santa Maria (+ Vermelha)?
Não, bem pelo contrário; quanto menos tempo estiverem ao serviço, melhor, para não se transformarem em transmissores da doença em vez de serem os arautos da cura.
Os diplomas legais que podem usar em vossa defesa, caros Enfermeiros, são:
DL 437/91 de 8/nov – art.º 56º - nº 1;
DL 104/98 – art.º 11º -2-b), republicado com nova redação no art.º 5º da Lei 156/2015 de 16 de setembro;
Convenção da OIT nº 149/81 de 24 de Junho – lei supranacional.
Estas são as leis a que os Enfermeiros devem recorrer, além do plano de contingência, que não as anula, dilata-as.
A Senhora Ministra da Saúde, provisoriamente, ao que parece, tomou uma medida correta que foi aumentar 81 Enfermeiros à linha S 24, depois de concluir:
1 – Os Enfermeiros não têm o dom da ubiquidade, logo só podem estar num local em cada momento;
2 – São manifestamente poucos para as tarefas que a função de atendimento contém.
Se vai contratar 81 Enfermeiros, até 6ª feira, 2 coisas estão a acontecer:
1 – Já está autorizado, temporariamente, o uso da palavra Enfermeiro, que a Senhora Ministra da Saúde encontrou num alfarrabista, em alfarrábio poeirento;
2 – Não foi possível esticar mais os poucos Enfermeiros para as situações normais.
A propósito das chamadas para S 24, diz quem sabe, que são de valor acrescentado e não é tão raro, como se possa supor, estar 20 minutos, à espera e ter de ir carregar o telemóvel, POR ESGOTAMENTO DE SALDO,  para tentar ser atendido.
Para os curiosos, aqui está um problema a precisar de ser investigado nas suas origens e conteúdos e, de passagem, a quem pertence a empresa, que presta estes serviços e as suas relações com o Poder de quem pode.
Se as chamadas são pagas e, ainda por cima, com valor acrescentado, este socialismo de nitreira, que temos, está mesmo a gozar com as necessidades de quem sofre.

Sem comentários:

Enviar um comentário