sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O JOGO DE ESPELHOS DA CNESE E DO SES, QUEM MENTE; UM OU AMBOS?

Nota Prévia:

Vamos ter uma jornada de luta na casa do adversário que não vai ser fácil para os da casa, porque a FENSE já fez um estudo da situação e tem alguns trunfos que não desvenda, pois como diz o povo é a alma do negócio.
Os da casa contam com o apoio do SEP, como vamos demonstrar a seguir, mas dadas as dificuldades, que têm tido, para justificarem as causas das evidentes provas de destruição da Classe da Enfermagem, porque pertencem aos que lutam pela sociedades sem classe: tudo tábua rasa, colarinhos enrugados e pé-descaço, cada vez pesam menos nos destinos da Enfermagem.
Mas estas forças adversas só não funcionam se os Enfermeiros abrirem os olhos para verem um pouco acima do horizonte virtual, mesmo que precisem do sextante.
Vão precisar de ver o real e não a aparência;
Vão ter de lutar pelos seus interesses de forma nunca usada nem vista.

Vejam o quadro que se segue, com alguma atenção e prevenção:

 Blá...blá... bá... lá...bá..bá:

Proposta (do SEP)

[Neste quadro, é por nós reivindicado:
- O imediato terminus do processo negocial da portaria que regulamenta a Direção de Enfermagem - leia-se; publicação no jornal oficial.] Esta foi a imposição do SEP aos seus aliados do Ministério da Saúde!


E  esta foi a resposta pronta dos cúmplices do SEP, no Ministério da Saúde.
Claro que há um pormenor não despiciendo:
Quem estava a renegociar a dita portaria, para lhe dar um cunho honesto e válido, não era o SEP, mas sim a FENSE (SE e SIPE).
Ora, a falta de respeito e dignidade é tanta do lado do SEP, como dos responsáveis do ou no Ministério. Se assim não fora, este ponto 7 - Direção de Enfermagem - nunca devia ter sido tratado assim! 

Como uma desgraça nunca vem só, diz a sabedoria do povo; lá vem a outra desgraça;
Vejam o  que se pode inferir do ponto 9 do documento do Ministério:
«Atentem nisto, senhores dirigentes de SEP: nós vamos fazer-lhes o favor de assucatar as negociações com a FENSE (SE e SIPE), relativas à direcção de Enfermagem e, até, já mandamos a portaria para publicação, como informamos, no ponto 7, acima referido; no caso de entendermos fazer qualquer Acordo, eventualmente ("o eventual Acordo a celebrar", ver em 9 -Estabilidade do Acordo) deve ser por magnanimidade e bondade do Ministério, desde que estejam quietos e calados, pelos menos, durante 3 anos. (ver ponto 9).


É perante este compromisso mútuo (MS_SEP) que os SE e SIPE têm de estar atentos, pois que para o MS não fazer qualquer Acordo com os Enfermeiros representados pelos SE e SIPE, o SEP tem de fazer uma fitas para dar pretexto ao outro, o MS  de dizer: «Não há Acordo para Enfermeiros porque vocês- SEP - furaram o dever de estabilidade, que vos foi imposto, no ponto 9».


[Aditamento, em 11/12/2014: quando o Secretário de Estado da Saúde diz que a CNESE não quer negociar nenhum Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), não se sabe ao certo; se esta afirmação resulta do compromisso mútuo do § anterior, nº 9: «O eventual acordo a celebrar deverá prever a estabilidade da concertação com os Enfermeiros num período de 3 anos» - em 19 de julho de 2013.] Onde está a verdade(?) é um dever de todos e de cada um procurá-la.

Claro está que há, aqui, um pressuposto errado, por defeito: este compromisso parte do princípio que só o SEP tem direito a negociar; que os favores trocados são extensíveis ao SE e SIPE.
É aqui, que temos de nos prevenir todos e aceitar a rigorosa disciplina sindical para cumprimento da estratégia, que temos planeada para atingir a vitória e que vai deixá-los de boca aberta. Até o Sr. Ministro da Saúde pode ficar a saber que há quem não banalize as greves, se tiver de as usar.
E não é preciso dizer mais, por agora, pois a agitação vai aumentar à medida que SE e SIPE avançarem, na continuidade das negociações.
Colegas, ponham os binóculos para não nos e vos enganarem, vendo-os de longe e mais bem.

Finalmente; em 1976, foi possível a greve dos Enfermeiros ter o êxito que teve, porque a tendência sindical comunista foi afastada do Sindicato, hoje SEP, até a casa estar limpa a arrumada.
Com eles presentes, tal não seria possível, porque têm os polos trocados e, no sindicato falam do partido e no partido falam do sindicato; depois: confundem-nos (ao partido com sindicato) e confundem-se.
Não o fazem por mal é por excesso de zelo, que o qual desconhecem, na essência e nos fins.




Com amizade,
José Azevedo

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