quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

JOACINE E AS RETOMAS



“Oh menina, tenho pena de si. Juro que tenho. Mas a minha pena não apaga o meu espanto. A menina veio para Portugal muito depois de os portugueses terem deixado a Guiné-Bissau independente e livre para se governar e se desenvolver. Veio, e os portugueses acolheram-na. Com mais ou menos dificuldades, foram-lhe oferecidas oportunidades que nunca chegaria a ter, muito provavelmente, no seu narco-Estado. Narco-Estado que o dinheiro dos portugueses, apesar de tudo, continua a ajudar em cooperação, especialmente na saúde e na educação. E a que o governo português acaba de perdoar uma dívida de milhões, milhões que são dos nossos impostos.
E foi-lhe concedida a nacionalidade portuguesa. Consideramos-la uma de nós. Licenciou-se num estabelecimento público sustentado com os impostos deste País e hoje é deputada no Parlamento nacional. Ainda não percebi que diabo de dívida é que os portugueses (e falo de todos os portugueses, incluindo aqueles que como a menina para cá vieram e cá levam as suas vidas dignamente) têm para consigo e que, para além de não a saldarem, ainda se mostram ingratos. Parece que lhe deveríamos eterna vassalagem e gratidão pelo magno privilégio de a termos por cá como a iluminada salvadora da Pátria e a pessoa que nos pode tirar das trevas.
Mas há uma coisa que eu sei: com o seu ódio, a sua raiva incontida, a sua arrogância, a sua falta de educação e esse insuportável e contínuo sentimento de vitimização que domina cada gesto e cada palavra seus, haverá porventura um Portugal antes e outro depois de Joacine - um Portugal menos disponível para um estafado slogan do racismo e para calimeros.
Um Portugal menos disponível para continuar a alimentar o estúpido complexo de culpa da colonização, muitas vezes aproveitado até ao tutano. Conheço bem esse incómodo sentimento que nos faz ficar agradecidos por aceitarem de borla algo de que precisam e que constantemente oferecemos.
Mas sabe?
Os mansos quando se fartam. E a História, mesmo a dos afectos, dilui-se com o passar das gerações. Quem semeia ódio não colhe tolerância nem empatia. Já quanto o mandar à m... as pessoas que ousam pensar e agir de forma diferente da sua, é o mesmo que mandar para o mesmo sítio a democracia, a liberdade, a tolerância, as ideias próprias, o conhecimento que nasce da diferença de opiniões - tudo o que teve a oportunidade de encontrar aqui.
A menina ataca tudo o que mexe, da esquerda à direita. Mas hoje, no dia do combate à mutilação genital feminina, prática aberrante e generalizada no seu país de origem, a menina, tão defensora da mulher, da liberdade, da igualdade de género, da civilização, sobre isso, nada diz ou escreve. Acha que nasceu para estar na A.R. a salvar os portugueses de males bem maiores? Pois, menina, mas isto aqui não é uma tabanca. E não ser politicamente correcto (eu também não sou, como fica patente), é diferente de ser malcriado e acintoso.
Acredito que vivências suas que desconhecemos a tenham tornado naquilo que conhecemos. Percebo que é infeliz e tenho, sinceramente, pena. Mas a maioria das pessoas não vê o Dr. Phill todos os dias e só vê o que vê. Procure ajuda para si, porque este caminho não lhe trará nada de bom. E, entretanto, tente ter tento e decência, porque na sua boca a m... a que manda os outros, é bem capaz de lá ficar enrolada.”
(Texto /opinião copiada -de Francelina Canobbio)

(Foto/Google)

Moral da História: «Deus manda sermos bons mas não lorpas»!
Isto não é para reduzir a espetacularidade desta Joacine - (não cor) e as causas das coisas que protagoniza.
José Azevedo

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