Aqui está uma abordagem equidistante da receita, da comparticipação e da doutorice serôdia.
Podemos ter a certeza que o público começa a perceber o mais importante desta questão em que a receita de medicamentos não é a única coisa a rever.
Este Governo finge com o JMS que estão zangados e o resultado é mais uma punhalada nos Enfermeiros. Preparam mais um nojo, com um a fingir de zangado e ofendido na sua honra e o outro a fingir que vai pôr os Enfermeiros a serem isso mesmo; Enfermeiros.
Se não mudam temos de começar a dar cursos de rebeldia.
E não esqueçam que temos bons professores.,
Há dias, no forum que a TSF realizou sobre a VMER de Évora e as baldas das doenças súbitas, dos Médicos operadores de VMER, logo o JMS aproveitou a oportunidade duma discussão pública sobre uma coisa, para outra coisa; chamar a atenção para os magros salários auferidos por serviço tão exigente e arriscado, superando o Secretário de Estado Adjunto da Saúde, que repudiou o sentido mercenário da coisa.
Limitei-me a desdramatizar este problema, não obstante reconhecer a diversidade de remunerações segundo a versão do tamanho do mentiroso, de que os Enfermeiros são as principais vítimas e as mais mal pagas das mal pagas.
Se, quando não há Médico, escalassem 2 Enfermeiros, os sinistrados não ficavam mais mal servidos.
O académico que falou a seguir a mim logo classificou esta minha posição, sem saber que também chefiei, durante 10 anos as urgências do HSJoão, onde aprendi e ensinei muita coisa sobre esta matéria. E não se trata duma luta de Classe Enfermeira contra Classe Médica, como esse participante referiu, fazendo-me lembrar Santo Agostinho e a sua luta "Contra Académicos".
Trata-se do Medicocentrismo bacoco, em que o nosso país é bastante generoso:
Quando os Enfermeiros põem os dedos nas feridas de que sofre o SNS, se tocam, nem que seja ao de leve, na Classe Médica, trata-se de luta contra os Médicos, levada a cabo pelos Enfermeiros;
Quando os medos do JMS o levam a acusar os Enfermeiros a quem já chamou porteiros desnecessários e outras coisas, ninguém usa a palavra da "luta" dos Médicos, contra os Enfermeiros.
Não é que este pormenor afecte a nossa trajectória sindical e profissional, sem complexos nem receios; sobretudo preocupa-nos a visão errada e injustificada que o povo tem de Enfermeiros e Médicos, desconhecendo ou parecendo desconhecer o provérbio desse próprio povo: «De homem para homem não vai força de boi».
Com amizade,
José Azevedo
Novo despacho reforça regras de gestão das VMER
Fotografia © Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens
O Ministério da Saúde vai reforçar as regras e a gestão de recursos humanos que garantam a "operacionalidade permanente" dos meios de emergência pré-hospitalar, para evitar situações de inoperacionalidade das viaturas, num despacho que foi para publicação.
De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde, com este novo despacho pretende-se melhorar a articulação da atividade de emergência médica e continuar a assegurar a eficácia de resposta à população, "fundamentais para o sucesso de toda a cadeia de cuidados médicos de emergência".
Este despacho revoga o despacho vigente, de 2011, reforçando as regras que garantem a "operacionalidade permanente dos meios de emergência pré-hospitalar, assegurando o seu regular funcionamento com a garantia da qualidade dos cuidados de saúde prestados, nomeadamente reduzindo os seus tempos de inoperacionalidade".
Assim, no sentido de reforçar as hierarquias e a gestão dos recursos humanos afetos à emergência, o diploma determina que os meios de emergência pré-hospitalar devem existir obrigatoriamente na rede articulada de serviços de emergência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os Serviços de Urgência Polivalente e os Serviços de Urgência Médico-Cirúrgica devem integrar uma VMER (viatura médica de emergência rápida), enquanto os Serviços de Urgência Básica devem integrar uma ambulância SIV (suporte imediato de vida).
O despacho determina que a competência que médicos e enfermeiros têm em emergência médica (através da formação dada pelo INEM) vincula a sua disponibilidade como profissionais para assegurar a operacionalidade das VMER ou SIV.
"Em situações excecionais, por decisão fundamentada do dirigente máximo do serviço, todos os médicos e enfermeiros dos serviços de urgência das unidades de saúde com a formação específica em emergência médica ministrada pelo INEM podem ser chamados para integrar a escala de profissionais que asseguram a tripulação da VMER ou SIV, em detrimento de outras atividades hospitalares programadas".
O diretor do serviço de urgência (que fica na dependência direta do conselho de administração da unidade de saúde) fica responsável por garantir a operacionalidade permanente do meio, selecionar com o INEM os profissionais para as equipas e coordená-las, e garantir os postos de trabalho das tripulações em integração com a restante equipa do serviço de urgência.
O diretor do serviço de urgência passa ainda a garantir uma resposta imediata a qualquer acionamento dos meios pelo CODU, manter uma lista atualizada de todo o pessoal capacitado para a tripulação de VMER.
Este responsável terá ainda que apresentar mensalmente ao INEM, até ao último dia útil do mês anterior ao que o horário respeita, a escala de profissionais que asseguram as tripulações dos meios de emergência pré-hospitalar, e respetivos substitutos, aprovada pelo conselho de administração da unidade de saúde.
Este despacho responde ainda a conclusões preliminares de um processo de averiguações da Inspeção Geral de Atividades em Saúde às inoperacionalidades das VMER que está em curso, avança o ministério.
Este novo despacho surge na sequência da falha de uma VMER, em Évora, que esteve inoperacional durante um acidente rodoviário ocorrido no domingo à noite e no qual morreram dois homens, de 46 e 52 anos, que ainda foram assistidos por uma tripulação de bombeiros de uma ambulância de Estremoz.
Sem comentários:
Enviar um comentário