1 - Os promotores das dissoluções, muitas delas involuntárias, ingénuas e ignorantes estão a ser substituídos por promotores de soluções para os graves problemas que a Enfermagem tem de solucionar urgentemente, sob pena de termos de enfrentar situações de gravidade imprevisível.
2 - O Sr. Presidente da República já nos afirmou a sua disponibilidade para ajudar e sensibilizar o governo, para a atenção que tem de dedicar aos Enfermeiros. E dessa disponibilidade deu-nos conhecimento, por ofício.
3 - Os Enfermeiros começam a perceber que fazer política partidária com os Sindicatos não é a melhor solução, pois os fins são distintos:
3.1 - Enquanto os Partidos têm por objetivo conquistar poder e comando, para satisfazer as clientelas que os constituem;
3.2 - Os Sindicatos têm por objetivo conquistar melhores condições de vida e de trabalho para os seus Associados, que os Partidos no poder, enquanto empregadores e patrões, sejam Estado ou privados, tendem a desvalorizar, até por carência de visão político administrativa correta.
3.3 - A forma como o PCP tem usado os trabalhadores para impor as suas utopias e os amanhãs que hão de cantar, sem demonstrar apetidão para resolver os problemas do dia-a-dia são um bom exemplo do que não deve ser feito em Sindicalismo. Infelizmente, os Enfermeiros transformaram-se, pela mão de idealistas sonhadores num dos maiores contribuintes eficazes desta deficiência.
Felizmente dão sinais seguros do despertar para a realidade. E nós estamos aqui de braços abertos para os receber, no seu regresso ao bom senso e à realidade diária do Enfermeiro.
3.4 - São métodos que criticamos por não serem adequados aos nossos fins em vista, mas ninguém é perfeito e errar é humano. Basta reparar como o PCP, na área da governação perde toda a sua vertente utópica e cai na realidade, como outros partidos, quando governam.
4 - O Sr. Presidente da República, bem próximo deste Governo e com ele comprometido, chamou os parceiros sociais para celebraram pactos de não agressão, mas de estabilidade a médio prazo, para permitir a reconstrução do que as elites foram destruindo em proveito próprio. Estamos nessa fase.
Espera-se pela resposta das Centrais Sindicais e Patronais e Governamentais.
Ora os Enfermeiros que têm sido sacrificados para estarem disponíveis para contestações e lutas, de que pouco ou nada têm beneficiado, entrando neste contexto de estabilidade, terão necessariamente de recuperar o que perderam e não ganharam.
5 - Como o Povo diz; « tanto tens, tanto vales; se nada tens, nada vales;» construímos uma tabela salarial, de justeza comparada, em função do valor do nosso trabalho, com o grau 3, o máximo da escala, de complexidade do respetivo exercício e o nível de conhecimentos técnico-cientificos para garantirem a eficácia, não só quando as coisas correm bem; mas, sobretudo quando correm menos bem se não mesmo mal: é aí que ressalta o saber próprio do Enfermeiro em presença do perigo de vida.
Políticos inexperientes desconhecem estas verdades e investem, no joio, em vez de investirem, no trigo. E o resultado é mau e imprevisível na consecução dos objetivos sem recursos adequados: se há Médicos, não há Enfermeiros; se há uns e outros não há materiais de consumo corrente ou permanente.
6 - Vamos citar alguns exemplos do que tem sido a nossa luta pouco ou nada eficaz, que requer a mudança de métodos:
6.1 -
6.1 -
Ora, sem recompormos estas anomalias, que impedem o normal funcionamento da carreira de Enfermeiro, como é do conhecimento geral, nada feito. E não é aos Enfermeiros que interessa manter estas distorções que não permitem o funcionamento.
6.2 - TABELAS REMUNERATÓRIAS:
6.2.1 - A MÉDICA -
6.2.2 - TABELA ENFERMEIRO (PROPOSTA NOSSA)
6.2 - TABELAS REMUNERATÓRIAS:
6.2.1 - A MÉDICA -
6.2.2 - TABELA ENFERMEIRO (PROPOSTA NOSSA)
Tenham todos os interessados a certeza de duas verdades irrefutáveis:
1 - a Tabela remuneratória Médica é uma realidade, que nem sempre se divulga;
1.1 - A tabela remuneratória dos Enfermeiros é uma proposta devidamente estudada e equacionada, que a fundamenta.
2 - Enquanto esta adaptação dos Enfermeiros não for feita não melhoram as prestações de cuidados de saúde, na sua qualidade, porque os seus prestadores são humanos, muito humanos e como tal, o seu sofrimento tem reflexos no seu trabalho. Por isso não percam tempo nem dinheiro com a criação de reformadores, porque sem alterar os erros de base não há soluções possíveis ou milagrosas.
Já Salazar dizia; "se queres resolver um problema nomeia uma pessoa responsável e conhecedora; se não quiseres resolvê-lo, nomeia uma comissão".
(Notem Bem: a minha independência e imunidade política não me causa obstáculos em citar o que os políticos têm de bom e ou de mau, sejam quais forem.)
Finalmente, quem tem de acreditar que esta remuneração equitativa, que propomos, é tão exequível, como foi a remuneração médica, são os Enfermeiros.
Para o conseguir só precisamos que nos apoiem e sigam as orientações que dermos para removermos os obstáculos.
Quem vos fala assim, teve a honra de presidir ao comité central da gloriosa e memorável greve dos Enfermeiros de 1976, que mudou a Enfermagem. Invertemos a tabela salarial: a remuneração do Enfº Superintendente passou para o Enf.º de 2ª Classe e da letra J o Superintendente, passou para a letra E (ver tabelas através dos tempos, neste blog)
Os tempos eram bem mais conturbados e difíceis do que são hoje.
Só precisamos de duas condições:
a) Adesão à ideia, o que implica a sindicalização nos Sindicatos aderentes a ela;
b) Obediência inteligente às determinações e diretrizes do Sindicato, que por si, também devem de congregar esforços, no interresse comum da Comunidade Enfermeira.
Será a nossa fé nestas normas singelas, simples, que nos garante o sucesso.
E não será difícil experimentar.
Com amizade,
José Azevedo
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