MAS OS DESEJOS SÓ SE CONCRETIZAM SE AGIRMOS EM CONFORMIDADE.
A partir de 25/04/1974 e que menos conseguiu aproveitar das suas reais capacidades.
Impõe-se avaliar com rigor e objectividade as causas, destes desaires, quando tudo à nossa volta sugere triunfo, vitória.
O SE - Sindicato dos Enfermeiros, esteve na base de consecução de leis estruturais que outras estruturas profissionais, só 25 anos depois, começaram a dar sinais de lhes entenderem a essência. Uma delas foi a Avaliação do Desempenho, em que fomos promotores e pioneiros;
As Carreiras de 1981 (DL 305/81) e 1991 (DL 437/91), que outros destruíram, em 2009.
A estrutura, que mais rápida e eficazmente devia assimilar essas inovações e reflecti-las, na formação dos jovens Enfermeiros é, paradoxalmente, o ensino, a que mais distante está delas, porque é o sector profissional, que mais afastado está da Enfermagem real, e que não a valoriza, com a sua presença: antes pelo contrário; não dá sinais de corrigir uma prática anómala e única. Mesmo que tivessem de reformular o plano de formação e fazer mais alguns sacrifícios.
Ora, enquanto um professor de "Enfermagem fictícia", não demonstrar gostar da sua Profissão, no seu todo, sublimando com o seu exemplo pessoal, na prática, o esforço constante, que a Enfermagem exige, os seus alunos, nunca mais, ou só tarde e a más horas, preenchem essa lacuna, na sua formação. O resultado é que nunca o desânimo Enfermeiro foi tão generalizado e com fundamentos.
O gesto dos Colegas das equipas de urgência do Hospital de São José merece o nosso louvor e de todos aqueles que gostam mesmo da Profissão.
Mostraram que são humanos, por excelência e que não podem ser obrigados a trabalhar de graça e, pior ainda, pagarem para trabalhar, como podemos demonstrar.
Não concordamos com aqueles que dizem que a recusa deles é, eticamente, reprovável.
Antes de mais são Profissionais, que têm de ser tratados, como tal.
Deus manda ser bom e não lorpa.
Se há um responsável pela morte do apregoado DD, até à exaustão e que bom jeito deu aos governantes, para o exercício duma das mais espantosas demagogias, esse responsável é a deformação dos administradores, que têm crescido, em números exorbitantes e invadido áreas, que atrofiam as capacidades de administração Enfermeira.
Se soubessem o que é um Enfermeiro e o seu papel na assistência sanitária respeitavam-nos muitíssimo mais e remuneravam-nos muitíssimo mais bem.
Se lhes perguntássemos a esses inúmeros administradores, como é que Florence, precursora da Enfermagem Moderna, reduziu a morte por erisipela e gangrena gasosa de 42%, para 2% e o que lhe disse o Médico responsável para a encorajar e lembrar o que é uma Enfermeira e que a responsabilidade está acima da obediência.
Os sinais de mudança são evidentes e também necessários;
as perspectivas estão criadas;
vamos ver quantos comparecem para criarem e aproveitarem as oportunidades de 2016.
Nós estamos lá.
Com amizade,
José Azevedo
ET: Deixem-se de comentários pobres; faça cada um de nós o que deve fazer para que a Enfermagem retome o seu nível e ritmo. (José Azevedo).
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