ADMINISTRAÇÃO sim GESTÃO não
ADMINISTRAÇÃO versus GESTÃO
No dia 13 de março de 1975, sendo Primeiro Ministro o
camarada Vasco Gonçalves, um comunista militarizado e mal amanhado, que fugiu
do Júlio de Matos, hoje parco da saúde.
Os companheiros de enfermaria apelavam no muro, que dá, para
a Av.do Brasil: «Vasco,
volta para casa» e ou «Já que não voltas, vem, pelo menos, aos tratamentos».
Outros diziam: «força, força, força, Camarada Vasco»
E os menos instruídos escreviam: «FORCA, FORCA, Camarada Vasco».
Foi ao som desta fanfarra que o Camarada Vasco, descasado do
Júlio de Matos, nacionalizou a banca portuguesa.
Sem pensar nas consequências ficou espantado quando trouxe,
por arrasto, jornais, empresas e empresários.
Criou para resolver este problema de arrasto o Instituto de
Participações do Estado (IPE).
Criou também, o Estatuto do Gestor Público para administrar
esse conjunto de empresas, que, como as cerejas, quando se puxa uma, vêm outras
agarradas, pelo pé.
Como os Administradores dos bancos eram isso,
administradores, a nova casta tinha de ser diferente e os Conselhos de Gestão
ficaram para as empresas públicas (nacionalizadas) e os Conselhos de
Administração ficaram para as poucas empresas privadas, poucas, porque a
maioria foi nacionalizada.
O “gestor público”, de preferência vermelho, inventado pelo ministério das finanças,
era figura de proa e de lixo, passou a de luxo. Foi criada a licenciatura em
finanças para gestor de empresas e os bancos e seguradoras passaram a ter
gestores “engravatados”, sapatos bicudos e corpos regados com perfumes de
marca. E unhas limpas
Foi assim que se impôs o conceito de gestor, que só trata de
números, porque foi criado pelas finanças.
Porque lhe desconhecem as origens nem sequer se podem
criticar os IGNAROS, que confundem “GESTORES” com “ADMINISTRADORES”.
Depois, os mesmos e afins admiram-se que as organizações empresariais
hospitalares vejam tudo, através dos números e das estatísticas controvertidas
ou pervertidas, nas quais incluem as pessoas sãs e doentes, porque só vêem e
entendem tudo, mediante a linguagem dos números.
Para completar a desumanização dos Serviços de Saúde, “aritmatizar” os Enfermeiros
Administradores, transformando-os em GESTORES de má qualidade, como são todos,
dada a sua parcialidade de
tudo reduzirem a parcelas, seria a meta, se não houvesse a FENSE e os
Sindicatos que a constituem, que não engolem modernices mal di’geridas.
O cúmulo da
estupidez bem pode estar na tentação de transformar Enfermeiros
Administradores, por excelência, como “chefes” e “Supervisores”, em GESTORES.
E quanta pena me dá a Lúcia a encher a boca com os “GESTORES”,
não obstante a m..da e estupidez limitativa, que encerram.
Se ao menos entendessem para que foram criados os “gestores
de empresa” nacionalizada, no nosso país abrilado, pelo Ministério das
Finanças, não enchiam a boca com isso.
E sobretudo não generalizavam a palavra limitada, na
essência, aos gastos e lucros, a áreas de administração de pessoas, sendo que
administrar é servir---las.
Dado o adiantado da coisa, só um verdadeiro praticante das
“Obras de Misericórdia” de que fala o catecismo, os pode ajudar.
José Azevedo
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