No paradigma ou episteme da ASSISTÊNCIA as Irmãs de Caridade eram as prestadoras de Cuidados Enfermeiros (de que Florence dizia que eram muito boas para rezar mas não tanto para cuidar).
Adisciplina era conventual com zona reservada ou "clausura" e tudo o mais que o convento impõe.
Os votos de casamento das noviças, uma vez termeinado o estágio ou noviciado eram com Cristo: Portanto eram todas esposas legítimas de Cristo.
Para que não houvesse segregação, as não Irmãs de Caridade seguiam as regras e se fossem casadas com algum ser de carne e osso tinham que o manter como se de um espírito se tratasse, pois nem podia gerar filho nem podia exigir direitos carnais maternais. (Deixo ver onde é que eu já vi isto!). Só os espirituais eram consentidos, em mulheres, de preferência viúvas ou solteiras. Era a lei.
Mas se tudo era assim, no pessoal enfermeiro, e era, porque permaneceu e permanece a episteme comportamental no atual paradigma da SEGURANÇA SOCIAL?
Primeiramente, porque se tornou cultural;
Secundariamente, porque os agentes da mudança ou não existem ou não funcionam, ou têm medo de funcionar.
Como Sindicalista tenho catalogadas algumas das causas das mais frequentes acerca das coisas que vão acontecendo, no campo da violação direitos dos Enfermeiros, enquanto profissionais leigos republicados e ateus, como dizia o Mário Soares, acerca do Socialismo.
O direito mais violado é o horário de trabalho de cada Cidadão Enfermeiro.
De um lado, vem a Ordem com o chavão inerte das DOTAÇÕES SEGURAS.
No outro extremo, o serviço prestador, está a MADRE a impor as suas regras à NOVIÇA.
Tudo isto tem que ser revisto e corrigido pelo Sindicato, que se preza do nome e da função.
Mais perigoso para a segurança do Doente do que ter as dotações seguras, no dizer da Ordem, é ter uma NOVIÇA que deixou a sua vida pessoal, a que tem inalienável direito, ao Deus-dará, a digerir o cansaço de jornada cumprida.
Mais perigoso para a segurança do Doente é ter uma NOVIÇA, a quem a MADRE engana com a lei que não existe de QUE PODE ALTERAR A ESCALA DE SERVIÇO COM AVISO PRÉVIO DE 48, 58, 78 HORAS DE NANTECEDÊNCIA.É FALSO, NÃO HÁ LEI. SE HÁ QUE A MOSTREM.
Ó Madre, olhe que mentir é pecado e vocemecê não tem nenhuma lei a dizer isso. A lei impõe-lhe o cumprimento da escala, devidamente homologada, superiormente, do princípio, até ao fim, sem alterações mentirosas e ilegais.
Depois, como as desgraças se entrelaçam como as cerejas, vem sempre mais do que uma.
Reparem nas lutas entre militantes do PCP e do PS para serem nomeados para MADRES...
Assustam as NOVIÇAS se não obedecerem às ordens de forçarem as escalas de serviço, já de si dfíceis de cumprir. E as NOVIÇAS atemorizam-se.
Como discordamos deste método monacal na administração do pessoal enfermeiro, vamos desenvolver campanhas de cada serviço se deve bastar com os meios que tem. Se tem 3 em vez mde 4 para o turno, são os 3 e não os 4 que ficam.
O Enfermeiro é um bem demasiado precioso para estar a ser usado mal por estas MADRES que têm o corpo na terra e a alma no inferno.
E não se venham queixar de faltas de respeito.
Querem maior falta de respeito do que as que praticam ao não respeitarem os direitos das NOVIÇAS?!
Eu sei que vos vai custar a aprender novos métodos mais racionais e humanos, mas é melhor irem treinando, para o que já estão disponíveis as regras, no Sindicato dos Enfermeiros- SE.
Nunca é tarde para corrigir erros de acordo com as circunstâncias: basta estar atento e ser competente para a função.
José Azevedo
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