terça-feira, 23 de julho de 2019

OE DO CENTENO E INFERNO DO COSTA



[ilustração: Almada Negreiros (1893-1970). Retrato de F. Pessoa. 1935. in Presença, nº 48, 1936.
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«O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente.» 
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve, (e diz)
Na dor lida (e ouvida) sentem bem,
Não as duas(dores)que ele (o poeta) teve,
Mas só a que eles não têm. (É como o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes)
E assim, nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

NB: A CULPA DE CONTINUARMOS NO INFERNO É DO MÁRIO CENTENO QUE PÔS LENHA NA FOGUEIRA DO INFERNO, FECHOU A PORTA À CHAVE E ATIROU A CHAVE AO MAR, EM MARÉ ALTA.
EU, DA COSTA, SÓ FIZ PASSES DE ILUSIONISMO, QUE CONTINUO A FAZER.
MESMO QUANDO DIGO QUE O SNS É A JÓIA DA COROA NÃO PASSA DUMA FIGURA DE RETÓRICA, POIS NEM EU SOU REI, NEM O SNS É OU PODE VIR A SER JÓIA, PORQUE JÁ NÃO HÁ LAPIDÁRIOS.
REPITO, COMO FAZ PARTE DA COISA, EU SOU INOCENTE E NÃO POSSO SER CULPADO DE QUEM ACREDITA NOS MEUS PASSES DE ILUSIONIMO.
POR ISSO AFIRMO SOLENEMENTE E, AGORA COM VERDADE, «SE ALGUÉM PENSA QUE TIREI OS PORTUGUESES DO INFERNO DESILUDA-SE, PORQUE DO PARAÍSO PARA O INFERNO É A DESCER E, DO INFERNO PARA O PARAÍSO, É A SUBIR. LOGO, PARA VENCER A FORÇA DA ATRAÇÃO UNIVERSAL, QUE EXISTE, TAMBÉM, NESTE INFERNO MEU, É PRECISO FORÇA, QUE É INCOMPATÍVEL COM A MINHA HABILIDADE POLÍTICA, COMO DIZ MUITO BEM, O TOPOGIGIO DA SIC DOMINICAL.» Assim falou Zaratustra, digo, Costa.



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