No ACT que
negociamos temos de prevenir os fenómenos inerentes à pulhice humana, para dar
a todos igualdade de oportunidades, segundo o mérito real de cada um. E não se
pense que é tarefa fácil.
Vejam isto:
As Escolas
de Enfermagem Privadas e os Compromissos com as Direções de Enfermagem são um
facto.
Dizem os
vigilantes da República que para ter alunos nas Escolas de Enfermagem Privadas
convida-se um Enf.º Diretor para dar umas aulas ou oferece-se-lhe um
doutoramento ou mestrado, com aprovação garantidas. Nestes casos, os ex-alunos
têm vantagens, no preenchimento de lugares para Enfermeiros, NOS RESPETIVOS HOSPITAIS.
O método é
simples: ficciona-se uma entrevista de seleção;
Escolhe-se
um júri, dentre os cúmplices com a Direção de Enfermagem (vulgo adjuntos) e,
depois, é só somar.
Por exemplo;
um candidato tem média escolar final 11 valores.
Vai à
entrevista feita pelo tal júri comprometido;
Se for duma
Escola Pública, que não contrate elementos das Direções dos hospitais para
aulas e afins, é classificado com um 12 e 11+12=23: 2=11,5;
Se for duma
Escola Privada, em colaboração estreita com as Direções de Enfermagem, é
classificado com uma nota de 20 valores, que é o máximo da escala, nestes casos.
Ora 11+20=31:2=15,5 - eis a diferença, que garante colocação.
Conclusão:
as Escolas Públicas fornecem mais Enfermeiros à emigração.
Onde está a verdade das entrevistas?
Está nos 12 valores, pois é muito difícil a um cábula com 11 valores conseguir uma nota de 20 numa entrevista séria...
Como evitar
esta anomalia?
Mas é para
evitar, pergunto eu?
Se se
corrige esta inventam outra… ou filia-se num certo partido político, se é que ainda não está filiado.
Favorecendo
as circunstâncias este estado de coisas e, como o Homem tem sempre, a sua
circunstância, como diz Ortega, a culpa é das circunstâncias, mais do que do
Homem.
José Azevedo
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