A TENDÊNCIA PARA ROUBAR O SALÁRIO A QUE OS ENFERMEIROS TÊM DIREITO VEM DE LONGE

No tempo em que os Sindicatos de Enfermeiros ainda trabalhavam em conjunto, estávamos a preparar a tabela salarial e a forma de contar o tempo de serviço de cada Enfermeiro, para encontrar o escalão e índice corretos para neles inserir cada Enfermeiro.
Lembramos que o DL 414/71 continha 8 categorias nos Enfermeiros, a saber:
1 - Auxilar de Enfermagem de 2ª Classe,
2 - "                                        "1ª Classe,
3 - Enfermeir de 2ª Classe,
4 - Enfermeiro de 1ª Classe,
5 - Enf.º Subchefe,
6 - Enf.º Chefe,
7 - Enf.º Geral,
8 - Enf.º Superintendente.
Pois bem, quando chegou à altura de definir se o tempo era contado na categoria ou na carreira, avisei os Colegas dos outros Sindicatos que o tempo devia ser contado na carreira de Enfermagem e não na Categoria (de Enfermeiro).
Estávamos a contar tempo de serviço, como acontecia, com os funcionários públicos, em geral, com vista a encontrar o escalão correto de inserção.
Eis se não quando, o Presidentedo Sindicato da Madeira, Timóteo, chegou ao Ministério da Saúde, em reunião para o efeito e resolve petrguntar:
"O tempo é contado na categoria, ou na carreira?".
O nosso iterlocutor foi apanhado de surpresa, suspendeu a reunião e  chamou a Enf.ª Diniz de Sousa a quem e perguntou o que queria dizer a pergunta, "categoria ou carreira", para fazer a opção...
E Diniz de Sousa disse o que significava.
E o tempo de Auxiliar de Enfermagem, que eram os Enfermeiros do ataque, ficou no esquecimento porque só começaram a contagem a partir da categoria de Enfermeiro.
Convém recordar que se estava em plena promoção dos Auxilares de Enfermagem.
Por isso, Caros Colegas, não pensem que certos tiques de certas pessoas são de hoje, daqui, e de agora; já vêm de longe e estafados.
Tentámos fazer as correções, através do célebre artigo 12º que um I.U. levou ao Tribunal Constitucional, que o ilegalizou.
Este é um facto histórico, que prova uma dose desmesurada de estupidez natural, que tarda em deixar a Enfermagem.
Mas há uma maneira de reduzir essa estupidez; é ir às aulas e ouvir os contadores de histórias, que ainda por aí andam.
José Azevedo