terça-feira, 22 de outubro de 2019

E PORQUÊ SÓ A TRIAGEM E AS TENSÕES!?



TRIAGEM NOS CSP, PORQUÊ SÓ ISSO?

Assunto: "Triagem" de utentes em cuidados de saúde primários

Boa tarde

Venho por este meio pedir ajuda numa situação que se está a colocar no meu ACES neste momento.

Existe a tentativa de impor aos enfermeiros a "triagem" de utentes que recorrem à unidade de saúde com sintomas, de má disposição, dores, etc, extra consulta médica do dia.
Esta situação resulta de uma queixa de um utente, que se dirigiu com queixas à unidade e não teve consulta médica por falta de disponibilidade dos médicos. No seguimento desta queixa, a utente referiu que nem foi "consultada" por um enfermeiro, nomeadamente para que lhe fosse avaliada a tensão arterial. 
Esta situação era recorrente na unidade, em que os enfermeiros ficavam com a responsabilidade de "triar" os utentes que teriam ou não consulta médica, até a equipa manifestar indisponibilidade para o fazer, de acordo com o Parecer da Ordem Nº20/2016.
Em 5 de Setembro de 2019 foi publicado o regulamento 698 que define os actos próprios dos médicos, sendo que no artigo 7, de define o acto de diagnóstico.
As orientações orais recebidas e dadas pelo vogal de enfermagem do ACES da … orientam para que os utentes que se desloquem à unidade com queixas e sem consulta médica agendada, sejam avaliados pelos enfermeiros, sem consulta médica associada, o que permite que não só se viole a lei, pois o acto de diagnóstico é exclusivo do profissional médico, como se contrariem as orientações dadas no parecer nº20/2016 da Ordem dos Enfermeiros, e se passe para o profissional de enfermagem a responsabilidade sobre o atendimento, ou não, do utente.
  

Peço assim orientações em como agir nesta situação.
Enf.ª X

Sabem que a nossa posição é retirar os Médicos dos CSP e dar as competências destes aos Enfermeiros, como já há em países que respeitam mais o dinheiro e outros valores que o nosso Portugal das Elites.
Manter avenças de Médicos de recurso para onde os Enfermeiros encaminhassem os utentes, mesmo doentes e não o que, na religião chamam "ratas de sacristia".
Mas num país de elites, como o nosso isto é utópico, mas não significa que os Enfermeiros não imponham o seu saber e o demonstrem perantes os necessitados.
Quanto ao diagnóstico ser dos médicos é treta, pois também os partos normais são exclisivos das Parteiras e vejam como as ultrapassam.
José Azevedo

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