É com estas palavras incorrectas que alguns jornais; JN e i, no dia 28/2/13, nos dão a notícia que "Enfermeiros vão substituir médicos de família em casos de rotina e prevenção».
Aqui está uma asneira monstra que vai reter, enquanto puder, a megalomania de que na saúde ou na doença só há um: o Médico e mais nenhum.
Já nem sabemos se a culpa é dos Médicos, dos Enfermeiros, da comunicação social ou de todos eles, em partes proporcionais.
A ideia da substituição dos Médicos é sinónimo de passar um rótulo de incapacidade aos Enfermeiros que para estes intérpretes não passam de prolongamento, mais ou menos alongado do Médico.
Ora o que está em causa nos CSP é; quando o Médico deve entrar em cena e para fazer o quê?
Aqui o Enfermeiro não substitui ninguém; nem crónicos nem meios crónicos, nem casos de rotina ou prevenção.
Não deixa de ser curioso que silenciosamente os Médicos foram absorvendo a linguagem Enfermeira, as tarefas relacionadas com a promoção da saúde e prevenção da doença sem que alguém tenha comentado, para além de nós, que o Médico a abordar a preventiva e promoção de saúde; ou está a mentir ou é suicida, pois formado para cuidar das doenças, ao impedir que apareçam, está a ser o destruidor de si mesmo, ou é um farsante. Não obstante, isto está a acontecer, por culpa, em grande parte, dos Enfermeiros, com alguma responsabilidade na gestão e organização de serviços (tipo ERA). Os que se opõem a estas farsas são simplesmente arredados, ou perseguidos, quando insistem em resistir à corrente.
Outra preocupação foi verificar a calda Vilas Boas, José Manuel Silva, Germano Couto, em trono dos hossanas às famigeradas USF.
Este grupo diz que poupam 80€ por pessoa, total de 80 milhões com o esquema USF.
Por seu turno, o Ministro da Saúde diz que não tem dinheiro no ministério.
As ARS retêm a aprovação de novas propostas de USF.
Além disso não passam as USF do tipo A às bem remuneradas, do tipo B. (Não sabemos se nas contas de sumir custos as personalidades supracitadas, encarregadas destas coisas estão a contabilizar quanto aumentam os custos na transformação de USF/A em USF/B se é sabido que cada Médico tem só de incentivos fixos 4370€/mês com direito a meter a mão na bolsa de serviços "contratada".
Já que estamos com o dubitómetro a funcionar por que será que o grupo encarregado de rentabilizar os Enfermeiros de acordo com competências e capacidades próprias e não delegadas, diz que o que estão a propor tem de ser feito com jeito e com calma?
Quando é que se revela ao mundo que os Enfermeiros não são substitutos de ninguém e que estão a fazer uso da capacidade de tomar decisões e de porem a responsabilidade própria acima da obediência sistemática e cega, só porque há uns quantos que têm a mania de só saberem mandar, para que outros só saibam obedecer?
Outra dúvida é; por que não foi noticiada a iniciativa da agência Reuters transmitir a "escolha sábia", que os médicos norte americanos estão a desenvolver, com êxito, tendo por objectivo reduzirem exames complementares que estão a ser prejudiciais e remédios que causam danos irreparáveis e em Portugal se contratam bolsas de serviços que, por oposição, se podem apelidar de "escolha ignorante"?
Será que as poupanças e as passagens de USF/A a USF/B têm uma interligação ôntica?
Quando deixam de angustiar as pessoas sugerindo-lhes coisas que nem ao diabo lembram?
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