quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

NÃO FOI SURPRESA

Para nós, não foi novidade os SEP e SERAM (CNESE) não estarem interessados em fazer qualquer Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), porque temos dito SE e SIPE (FENSE), que a legislação, que existe sobre a Carreira dos Enfermeiros, foi negociada de acordo com os objectivos sindicais, da CNESE, que não com os profissionais.

Tanto a anulação dos especialistas, como a criação do enfermeiro principal como a dos coordenadores, revisores responsáveis etc, têm mais a ver com a compensação dos ativistas sindicais da CNESE do que com os interesses da profissão.

Da parte da FENSE, os interesses sindicais e visão da Profissão são os opostos disto: as categorias de especialista devem ser repostas e a Direção dos Serviços de Enfermagem deve ser feita com Enfermeiros Diretores, como acontece com os Médicos, aliás.

Se as profissões Enfermeira e Médica são autónomas têm de ter administração própria com igual peso, conta e medida. Por isso a adoção de Enfermeiro Diretor com 3 níveis, como têm os Médicos é não só necessária como justa, pois não se trata duma questão de poder, nem saber quem manda em quem, mas de operacionalidade e dignidade da função.

E não são de pôr e tirar de acordo com conveniências alheias à eficácia da Enfermagem, mas com a organização séria de um serviço estrutural, como é o da Enfermagem.

Lamentamos, com esta perspectiva, desiludir os que gostam de ter com que encher a boca com a "minha ou o meu Enfermeira/o" e os que esperavam com o esquema sujo, que arquitectaram, de compensarem com cargos de chefia a militância sindical, que para os mais atentos os tempos de montagem do esquema, em curso, já deram para perceber isto que dizemos.

Mas a Enfermagem tem a sua missão independente de uns e de outros.

E se pensam fazer regressar a Enfermahem a séculos passados, terão, como estão a ter, a nossa frontal opsição, pois temos de retomar o projecto que construímos, desde 25 de Abril de 1974, para a Enfermagem.

Fica feito o aviso.

Não temos dúvidas de estarmos no caminho certo, para prestar um grande serviço aos Enfermeiros e, por reflexo, à Enfermagem, porque não estamos comprometidos, senão com a Profissão.

Com amizade,

José Azevedo

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