sexta-feira, 17 de abril de 2015

3 MILHÕES NUNCA FORAM LÁ





Aqui está uma uma prova inocente, mas evidente duma das mais graves enfermidades do nosso SNS.
Depois de tanto esforço para tirar um curso de medicina;
Depois de tanto estudo de tantas e tais patologias;
Esperar que um médico, geral ou especializado tenha espaço mental para outras atitudes que não sejam as de saber do que a pessoa sofre, é mera utopia: «a medicina avançou tanto que já ninguém está são, diz Aldous Huxley».
O médico licenciado em patologias, quando olha para o cidadão tem tendência a diagnosticar-lhe a nova doença chamada diagnóstico. «uma pessoa saudável foi mal examinada, é a opinião médica».
Falar num médico para prevenir as doenças é como cavar a sepultura da medicina e de quem a exerce.
Até por aqui se podem verificar as contradições do nosso SNS: tem mais médicos, obviamente para ter mais doenças e mais doentes, reais ou fictícios. Experimente o leitor atento ir ao seu médico de família e diga que não fuma, não bebe álcool, não come carne morta, não foge, se quer ver a atrapalhação do médico...
Todas as coisas que o Sr. Secretário de Estado disse se referem a serviços de Enfermeiros.
São eles que estão vocacionados para prevenirem as doenças.
Mas para os cuidados dos Enfermeiros, já promovem o auto-cuidado, até com estúpida colaboração dos Enfermeiros (de alguns menos avisados); para o Médico o apelo é ao contrário:
Se tossir, vá ao seu médico de família, mas se não tossir, vá também que pode ser que lhe arranje uma forma fácil de tossir.
Como é possível tanta confusão nas cabeças ilustres de mui ilustres governantes, desgovernados, em si?

Com amizade,
José Azevedo

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