terça-feira, 21 de junho de 2016

FECHAM-SE CAMAS, ABREM-SE VAGAS DE ENFERMEIROS




alta de enfermeiros está a obrigar hospitais a encerrar camas

Aviso é da bastonária dos enfermeiros. Secretário de Estado da Saúde diz que é preciso distribuir melhor estes profissionais.


Até agora, a Ordem dos Enfermeiros contabilizou 11 camas sem doentes ENRIC VIVES-RUBIO (ARQUIVO)



A bastonária dos enfermeiros, Ana Rita Cavaco, diz que a falta destes profissionais está a obrigar os hospitais a encerrar camas.
Até agora, a Ordem dos Enfermeiros contabilizou 11 camas sem doentes, duas em Lisboa, no serviço do Hospital de S. José onde nasceu o bebé da mãe em morte cerebral, e as restantes no serviço de Ortopedia do Hospital de Santo António, no Porto. Mas Ana Rita Cavaco diz que os hospitais da Guarda, Guimarães e Faro enfrentam problemas idênticos, razão pela qual poderão vir a seguir o exemplo dos outros dois — tal como outros serviços do Santo António.
Segundo a bastonária, trata-se de uma situação inédita. Um porta-voz do Hospital de Santo António diz que foram encerradas sete camas, e não nove, "devido à situação atípica de dez baixas médicas de enfermeiros" no serviço de Ortopedia, "sete motivadas por gravidez e duas por doença". O procedimento para a contratação de substitutos que permitam reabrir as camas fechadas na passada sexta-feira deverá estar concluído "nos próximos dias". O mesmo porta-voz não se pronuncia sobre a eventualidade de outros serviços da unidade de saúde virem a ter de recorrer à mesma medida.
Em causa, explica a bastonária, está um despacho do Ministério da Saúde com cerca de mês e meio que retira às administrações hospitalares autonomia para contratar enfermeiros de substituição quando algum destes profissionais entra em baixa prolongada. A autorização de contratação está agora dependente do aval do Ministério da Saúde, ao qual o mesmo diploma dá um prazo de 72 horas para permitir ou não a substituição. O problema, observa Ana Rita Cavaco, é que “há hospitais à espera dessa autorização há um mês”. Já a assessora de imprensa do centro hospitalar em que se insere o Hospital de S. José não confirma nem desmente as afirmações da bastonária. Limita-se a referir que a unidade de saúde tem em curso uma "reorganização dos serviços" para "manter a qualidade e segurança dos cuidados prestados", apesar dos "constrangimentos que são do conhecimento geral".
As revelações da bastonária foram feitas à margem da apresentação do relatório de Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, de acordo com o qual as desigualdades entre os portugueses no acesso a este tipo de cuidados aumentaram entre 2005 e 2014. Também presente no encontro, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, desvalorizou o problema: “O fecho de camas não é um mal em si mesmo: precisamos mais de serviços de saúde de proximidade. Não tenho a certeza de que as faltas de enfermeiros sejam extremas ou dramáticas. O que tem de ser feito é uma melhor distribuição” destes profissionais, reagiu o governante. O que pode passar, na perspectiva de Manuel Delgado, por "racionalizar" o número de utentes atribuídos a cada profissional, uma vez que "há hospitais que têm mais e outros que têm menos enfermeiros por doente".
"O secretário de Estado não pode redistribuir o que não tem", observa Ana Rita Cavaco, acrescentando ainda que são cada vez mais frequentes as baixas médicas entre os enfermeiros por esgotamento e também por gravidez. "Com as condições de trabalho que existem actualmente, se eu estivesse grávida faria o mesmo", refere a bastonária. Pelas contas da Ordem, o Serviço Nacional de Saúde tem um défice de 20 a 25 mil enfermeiros. 







Lei 156/2015 de 16 de Setembro - art. º 3º nº 5 - Artigo 3.º Fins e atribuições…. 5 — A Ordem está impedida de exercer ou de participar em atividades de natureza sindical ou que se relacionem com a regulação das relações económicas ou profissionais dos seus membros

Disposições finais
 Artigo 123.º 
Tutela administrativa 
Os poderes de tutela administrativa sobre a Ordem dos Enfermeiros, nos termos do artigo 45.º da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, e do presente Estatuto, são exercidos pelo membro do Governo responsável pela área da saúde].

NÃO SOMOS NÓS; É A LEI QUE NÃO DEIXA DÚVIDAS.
O VOSSO VOLUNTARISMO E ÂNSIA DE CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL SÃO MERITÓRIOS, MAS INÓCUOS OU INÚTEIS, PORQUE NÃO DEVEM METER O NARIZ ONDE NÃO TENDES ESTATUTO LEGAL.
FOI ASSIM QUE OS ANTECESSORES E OS ANTECESSORES DOS ANTECESSORES ANDARAM A PROMETER COISAS QUE NÃO PODIAM FAZER.
OU SERÁ QUE AINDA NÃO PERCEBERAM QUE AS ORDENS PROFISSIONAIS ESTÃO DO LADO DO PATRÃO A IMPOR OSD DEVERES AOS SEUS MEMBROS (VER ARTº 123º).
É PENA SE LEVAM A SÉRIO A FIGURINHA QUE ANDAM A FAZER...
Com amizade, 
José Azevedo

[Ana Rita Cavaco Têm azar que não abdico do estatuto de observador a que a OE tem direito! Estamos a cumprir o que prometemos aos enfermeiros e não há nada, nem ninguém que nos tire do caminho!]

FENSE: Qualquer promessa ou norma estatutária, que não estejam de acordo com a lei, são nulas e de nenhum efeito.
O problema é mesmo esse: andar a dispersar a atenção de alguns Enfermeiros da equipa, com promessas que não pode concretizar, porque não é esse o seu caminho.
É que a inversa também é verdadeira; nós também temos o direito de ouvir a Senhora Bastonária, acerca do que pensa do nosso papel, nestas matérias do caos a que os Enfermeiros chegaram e não foram levados, por nós, por esse caminho. Como diz Régio, "nós não vamos por aí", porque sabemos por onde e, para onde. caminhamos.
Dá-se o caso, de nós, também, termos as nossas promessas feitas à Classe, de acordo com a lei e deveres. que temos, estatutários, mesmo para aqueles que dizem que não fazemos nada, para que a OE possa fazer tudo, mas na lua.
E, até, temos as portas abertas e os corações sensíveis, para ouvirmos a Senhora Bastonária.
Temos ainda, o dever de a alertar, com a nossa experiência e saberes, não poucos acerca destas matérias, sem falsa modéstia; para os perigos que o seu ar e intento revolucionários, podem trazer de reprovável, para a Classe, que representa, segundo as competências de qualquer Ordem Profissional, revistas em 2015.

[Ana Rita Cavaco Estou Carla e disponível para ouvir toda a gente, haverá coisas que não saberei. Como qualquer outra pessoa, a omnipresença não é para mortais. E ninguém é detentor da verdade.]

FENSE: Mas é mesmo isso que está em causa: a convicção errada da Bastonária, de ainda não ter assimilado o seu papel de ser humano, num só lugar, em cada momento, julgando-se o que não e com direito a direitos, que a lei lhe não confere e, se os quer ter, terá que pedir à Assembleia da República esses direitos estatutários, para que esses dotes e fervores "revolucionários", não se percam num qualquer caixote do lixo.
Para observar, mesmo o comportamento dos negociadores Enfermeiros, não precisa de estar materialmente presente, exibindo o dom da ubiquidade, que é só para deuses imortais e que a própria reconhece ser um direito, que não tem.
O respeito que temos por ela, obriga-nos a ajudá-la a pôr os pezinhos, na terra, no caminho que deve fazer, de acordo com o seu papel estatutário legal.
Esta coisa de "estar disponível para ouvir toda a gente" não tem assim como que um cheirinho de omnipotência?
Não fomos nós que a convencemos a ouvir-nos para impor mais DEVERES AOS ENFERMEIROS, PORQUE SÃO ESSAS AS SUAS COMPETÊNCIAS, e só: aplicar deveres. Ver o título "o mentiroso e o ignorante, neste blogue".

Pela FENSE,
José Azevedo

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