sábado, 27 de maio de 2017

POR QUE DIZEM QUE A GREVE DE ZELO É ILEGAL


QUEM DIZ QUE A GREVE DE ZELO É ILEGAL É IGNORANTE q.b.p.

A não ser que esses ignorantes tenham perdido, há muito tempo a vergonha e outros valores morais: civis ou profissionais e estejam  a fazer o jogo do patronato e a defender os seus interesses, para terem direito à tigela do caldo e a não ir ao serviço, onde há doentes, que não gostam de enfrentar.
Para garantirem essas facilidades têm de dar nas vistas, políticas, sindicais e outras que tais.
Mas há outro interesse, por exemplo; duma Colega do SEP de seu nome Guadalupe, que é esbater o êxito da nossa greve de zelo, que a está a incomodar, pois treme de cada vez que lhe lembram que, já não interessa ao SEP, nem nós a consideramos, ainda, como o SEP, que respeitamos.
A culpa do que diz e faz para desgraça dos Enfermeiros, como é o caso da sua rejeição pelas especilidades em Enfermagem, que só admite no seu irmão e sobrinha, médicos, é dos algarvios que não a elegeram para deputada do "Livre", pois sempre podia cantar o trecho da "Nabuco" de Verdi, onde fala da "liberdade" aos escravos.
Se as greve de zelo fossem ilegais, os funcionários do Ministério Público, entre outras coisas, são vigilantes da lei, ao decretarem, como decretam, greve de zelo; ou os das fronteiras, entre muitos outros, estariam a violar, eles próprios, a lei.
Uma dirigente sindical afirmar que uma greve de zelo que outro sindicato decreta é ilegal, é porque bateu com os cotovelos nalguma coisa dura e ficaram a doer-lhe, quando estava a escrever e, em vez do palavrão, saiu-lhe essa aldrabice.
Começo a perceber por que é que um I.U. lá dos altos de Portugal, diz que o «SEP não negocia ACT, porque a Enfermagem já atingiu tudo que tinha para atingir»!
Ainda bem que não tem penas; se as tivesse e, à altura em que vive, era capaz de voar, como a vaca do outro!
Não vos digo o nome, porque a Guadalupe gastou os 9 segundos de publicidade.
Estas segundas escolhas, que vieram para a Enfermagem, são vítimos inocentes da elevada dose de estupidez, que lhes coube, além da dose normal a que todos temos direito e de que somos portadores.
Quem tem crenças nos deuses, que reze por elas, porque é uma hipótese, ainda que remota, de lhes aliviar a carga e possam mudar de profissão.
E se este pedacito de prosa despertou a vossa atenção levais de prémio a essência da greve, para que os mal-informados e ainda, mais mal formados, não vos enganem, sabe-se lá com que intenção:
1 - A greve é um direito constitucional de quem tem um patrão, estatal ou particular e de quem recebe salário.
2 - A greve, uma vez assumida pelos trabalhadores, tem de conter, em si, um grau de eficácia limitado, porque os danos, que provoca necessariamente, não podem ser irreversíveis; têm de poder ser reparados, até para não destruir a fonte de rendimento, que garante o salário.
3 - A medida que equilibra os direitos do empregado e do empregador, que, na greve, entram em conflito, é composta de 3 princípios conceptuais:
PROPORCIONALIDADE,
ADEQUAÇÃO,
NECESSIDADE.
São estes 3 principios que legitimam e legalizam qualquer greve e não os pareceres de advogados, também humanos e abrangidos pela tal estupidez natural, em maior ou menor dose.

Sabem qual é o meu prémio de consolação, lenitivo que suaviza a minha dor; não fui eu que os trouxe para esta vida mui nobre e digna de Enfermeiros.

José Azevedo

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