sábado, 27 de setembro de 2014

TEORIA SINDICAL { 2 }

Convém esclarecer os leitores destes textos, que se trata de linguagem ultrapassada e de acordo com os sistemas de produção de riqueza e da forma como a distribuir.
Entretanto, a época pré-industrial e industrial, já lá vão, como se depreende  pelo calendário.
Muitas coisas já aconteceram depois disso, como as duas guerras mundiais patrocinadas pela Alemanha e "as forças do mal".
Mas, pelo facto de os/as personagens terem outros nomes, nem por isso deixam de reciclarar, progressivamente, os patrões e os empregados.
Sejam uns burguesia e outros proletariado ou operariado, de um lado, está a força do trabalho e, do outro, está o domínio do capital, cada vez mais selvagem e sem rosto.
Por isso os desafios são os mesmos dos tempos idos.
A força que gera a riqueza é o trabalho, seja maquinal, braçal, ou intelectual.
E o problema está na distribuição dos frutos do trabalho.
Os patrões empregadores, sejam Estado ou Privados, organizam-se mais depressa que os trabalhadores, porque são menos e, porque conhecem a força da união de esforços e outros truques, que sua argúcia matreira vai aconselhando, nomeadamente, enquanto reforçam a sua união, vão dando uma ajudinha para dividir os seus contrários: os trabalhadores.
Dispõem de bons advogados e outros meios de ilusão, que nem sempre, estão ao alcance dos trabalhadores.
Parece fácil compreender que é dificultando a acção e eficácia sindicais, seja o empregador público ou privado, é um dos meios de dividir os trabalhadores para levá-los a escolherem o alvo de ataque errado. E, pelos vistos, é difícil identificar o método.
E é mais fácil virarem-se uns contra os outros do que unirem esforços para atacarem o opositor comum; quem esplora o seu trabalho de baixo custo e más condições.
Muitas vezes, até perdem a noção do que é o Sindicato. Lá no fundo da sua consciência, intuem que Sindicato é o local da sede e meia dúzia de directores sindicais.
Nesta confusão tendem a atribuir a outros a sua quota parte de responsabilidade, sua, própria de cada trabalhador.
Quando nem sequer se juntam para criarem estratégias que imponham a sua força, uma das quais é dar nas vistas aos mirones empregadores, que observam atentamente, os movimentos da Classe, é fácil dominar os Sindicatos, através do adiamento da solução dos problemas.
Com esta falta de visão dos interessados lucram os empregadores de duas maneiras:
1 - Não atendem as reivindicações da Classe, demonstrando aos seus mermbros, que os seus representantes sindicais não prestam;
2 - Esploram a seu belo prazer e circunstância os indefesos trabalhadores e, impunemente, colhendo a garantia da falta de dinamismo sindical, no sentido pleno do termo, ou seja; por sindical deve entender-se, aqui, o conjunto de todos so Associados.
E se os trabalhadores têm as armas apontadas para os próprios pés, onde descarregam os tiros da sua insatisfação; os patrões, Estado ou Privado têm a sua tarefa resolvida e, até, cria um complemento de inacção, que é o chamado MEDO, fenómeno que ainda, os torna mais dependentes e frágeis.
Este medo está, hoje, tão sofisticado que se estende ao medo de perder a segurança, no emprego, assim como de perderem o emprego, que não têm.
Isto vai ao cúmulo de serem os próprios trabalhadores a virarem empresários dos colegas, da mesma Classe, mediante o facilitismo das empresas outsourcing, tanto em voga.
São constituídos, entre outros, por muitos dos que clamam e reclamam por dotações seguras, na mira de esplorarem mais Enfermeiros, no nosso caso, escondendo um dos principais factores de segurança que são, entre muitos:
1 - Segurança no emprego;
2 - Carreira adequada à função, que vai desde a conçepção da teoria, através duma investigação orientada para as problemáticas da Classe, passa pela administração e organização dos métodos a seguir, para garantir uma execução prática deste conjunto indissociável: concepção, administração e execução.
Isto também são factores de dotações seguras.
Os Norteamericanos contratavam os Enfermeiros como quem contrata estivadores para carregar/descarregar barcos.
A instabilidade e consequente risco de segurança eram de tal ordem e tão irresponsáveis, que resolveram, foram resolvendo, mudar o método, na medida em que iam concluindo que os aparentes ganhos com a precariedade do emprego, eram perdas reais no desperdicio do sinergismo, que se gera, com a permanência segura, no mesmo posto de trabalho.
Hoje oferecem mais 30 a 40% do salário a quem garantir permanência no cargo, por mais tempo.
Esses que passeiam as revistas da Universida de Harvard, para espalharem "sabedoria", por onde passam, convencidos que toda a gente sabe o que é um pavão armado e, onde fica e o que faz Harvard, nunca mais mudam de método.
Não se preocupem pois eles sabem a quem nos referimos.








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