Não sabemos qual é o prémio que os nossos Colegas Sépios vão receber do santo... por andarem a banalizar as greves de Enfermagem.
Compreende-se que com os professores de férias a CGTP/PCP mobilize os Enfermeiros para os substituírem, mas tal como as manifestações são cada vez menos concorridas, mesmo pelo habituais, também as greves dos Enfermeiros podem ter grandes êxitos pois os Enfermeiros sabem que quem as promove traz, consigo o estigma da desgraça, por ter ajudado, significativamente, a destruir a carreira.
Mesmo usando a nossa designação «Sindicato dos Enfermeiros - SE», nem por isso deixam de merecer uma olhar de escárnio do Ministro da Saúde, em gozo de férias, e da nossa cara.
Diz o nosso heróico Ministro, entre outras coisas:
«Os Enfermeiros têm razões para estarem chateados mas há coisas que são transversais ao Ministério da Saúde, como são as 35 horas semanais.»
Que pena desconhecer que a carreira de Enfermagem é especial e não estava abrangida pela Lei 12-A/2008.
Ora se a Lei 68/2013 foi beber àquela Lei 12 as bases de sustentação da sua legitimidade.
Também não sabe que aumentou os quadros ou mapas de Enfermagem em 14,3% de horas de trabalho o que corresponde ao corte simétrico nos vencimentos dos Enfermeiros - dos mesmos 14,3%.
Mas há outra coisa que Sexa está a ignorar, supomos: são as sobrecargas dos horários dos Enfermeiros que são um autêntico escândalo, no campo da administração, não considerando que os Enfermeiros são seres humanos e, ouvimos dizer, que os doentes, também são, embora a responsabilidade do seu tratamento segundo as práticas possíveis, que nem são boas nem más, antes pelo contrário... é do Sr. Ministro e de quem o não alegra com uma mudança de ares; autêntico desmancha-prazeres.
É uma pena que um homem tão bom se esteja a degradar a um ritmo inusitado, como prova quando fala dos Enfermeiros, cujo discurso não tem um breve intervalo entre um disparate e o outro; podia intervalar, mas o desgaste já não lhe permite corrigir a trajectória.
Pensem nisto, Colegas, e não se desgastem muito com o serviço, nem corram, porque assustam os doentes.
Façam como o outro, quando o patrão lhe perguntava se não tinha outro passo ele respondia sorridente: "tenho, tenho, patrãozinho, mas ainda é mais lento..."
Esta é uma forma bem mais eficaz e constante, de mostrar o nosso valor.
Quem o convenceu de que a solução dos problemas do SNS está em acrescentar mais ou menos Cubanos, bem o enganou, pois esses como os de cá, estão do lado da problemática, de que fazem parte integrante.
Como diz o índio: "sossega, jacaré, porque a lagoa vai secar"!
Com amizade,
José Azevedo
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