Esta é uma carta de uma vítima da inversão legal.
Ninguém pode substituir os grevistas e disso damos aqui e acima cabais explicações.
Mas o dito responsável diz que é ao contrário: os grevistas não substituem os não grevistas; mas não cita a lei onde isso está determinado, como nós citamos a que impede a substituição dos grevistas. E a Direcção de Enfermagem a quem compete o assegurar dos serviços abusa de quem cumpriu a sua jornada e tem que sair pois nem sequer pode substituir os grevistas sem correr o risco de ser multado, como a lei diz.
Mais ainda:
No tema anterior [lei da greve e as más interpretações oportunistas] explicamos quais devem ser as atitudes dos Enfermeiros que não aderem à greve.
Se não aderem não podem intrometer-se na greve de outros, porque a lei proíbe a substituição dos grevistas a partir da entrega do pré-aviso.
Depois esclarecemos que ninguém nos contactou para colher a nossa posição sobre esta greve. como aliás já é costume, coma as greves decretadas por aquela estrutura sindical.
Finalmente nós estamos a negociar normalmente e no próximos dia 26 vamos ter mais uma reunião negocial. Já encerrámos 2 capítulos e é muito provável que o Ministério se esteja a redimir das borradas que fez e a que a outra estrutura sindical deu cobertura como é do conhecimento dos Enfermeiros e esteja a emendar os erros passados com a negociação dos ACT com a FENSE.
Se tivermos necessidade de recorrer à greve para apoiarmos as negociações salariais, e não só, podemos garantir que tudo faremos para que essa hipotética greve, fique na mente dos responsáveis pelo tratamento deplorável que o governo anterior teve para com os Enfermeiros e que o actual não quis corrigir; pelo contrário, agravou-o.
Colegas, estejam atentos.
Se precisarmos da vossa ajuda, pedi-la-emos.
Para já, as coisas estão a correr normalmente.
Sempre ao vosso dispor e com o máximo respeito pelas coisas sérias,
José Azevedo
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