domingo, 16 de agosto de 2015

MÉDICOS A MAIS, ENFERMEIROS A MENOS

Aqui a culpa não é dos Médicos;
A culpa é de quem se deixa enrolar pelas suas lérias, ou finge que deixa.
É uma evidência da Medicina lutar pela reimplantação de esquemas e sistemas centenários.
Nessa luta não está contida a evolução da Enfermagem, no plano técnico-científico, porque também esta situação é evidente.
Há anos que denuncio as fitas que fazem para se manterem na crista da onda e fazerem pela vida:
Eles reformam-se, por um e consentem;
Eles recebem outro vencimento porque o pelotão dos que espalham aos 4 ventos os médicos de família que faltam quando é aí que menos falta fazem;
Eles fazem o que todos os Enfermeiros fazem, mas quem pensam quanto essas manobras prejudicam o seu estatuto Enfermeiro e, já agora, quanto dinheiro o Estado gasta inexplicavelmente.
Bastava que modernizassem o modelo de consulta como já fizeram todos os países da UE, para louvarem a atitude das reformas antecipadas.
Até o enfermeiro de família conseguiram fazer pender para o seu lado (ver o que se disse, neste blogue aquando da sua publicação - ver sobretudo o significado profundo do art.º 5º do DL 131/14).
Tiro-lhe o chapéu e atiro-lhes uma chapelada, pela aproximação fictícia que o Bastonário dos Médicos fez à Ordem dos Enfermeiros para neutralizar a hipotética acção da nossa Ordem pondo a frágil união entre dirigentes, em ruptura insanável para, como é evidente, neutralizar a frágil e possível acção da Ordem na defesa do Estatuto dos Enfermeiros.
E não deixou rasto; só um faro de nariz de longo alcance, pode farejar as marcas ténues.
Como é possível manter durante tanto tempo, erros tão graves e tão prejudiciais ao erário público que nem usa sequer o reconhecimento da licenciatura dos Enfermeiros, que, aliás faz parte do esquema.
Como é possível?!
Já sei: os alarmes constantes e falsos da falta de Médicos, num paradigma de assistência falido, a viver artificialmente das máquinas de cuidados intensivos, alimenta-lhe a agonia e prolonga-lhe o estado de coma.
Até os jornalistas estão admirados com os aumentos de uns e a redução de outros, que, no caso dos Enfermeiros, são mais notórios e escandalosos. E inexplicáveis razoavelmente.
O Ministro da Saúde devia pensar mais a sério nisto, que lhe borra a pintura.
 Com amizade e muita persistência e paciência, fé e esperança, na solução de um problema de solução tão evidente...
José Azevedo


Ponham os olhos nisto, Colegas Enfermeiros.
Vejam como se transforma um produto em abundância, num produto em carência.
Peço desculpa:
a mim não me convencem, porque, para vencer a estupidez natural inata, tenho estudado muita retórica e lógica e hermenêutica, a fim de lhes descobrir os vírus da comunicação; 
Desculpem!

PS - Afinal de contas; os 3000 Médicos, já saíram, vão sair, ou vão entrar depois de terem saído, ou vão entrar sem terem saído, fazendo de todos nós ainda mais parvos?
Com tantos alertas, há quem esteja baralhado e eu tenho a obrigação moral e profissional e outra que tal, para fazer a pergunta por eles.

José Azevedo

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