sexta-feira, 23 de setembro de 2016

FIM DOS AVC POR FALTA OU EXCESSO DE SANGUE


OPINIÃO

{A propósito da morte no S. José

Os hospitais de Lisboa, em que se passou este terrível episódio, têm muito mais meios do que tem Coimbra ou de que tem o Porto e, no entanto, não são capazes de gerar respostas de idêntico nível.



O segundo ponto que interessa enfatizar é a comparação com os agrupamentos hospitalares de Coimbra e do Porto. A generalidade das pessoas não tem noção, mas o nosso Serviço Nacional de Saúde atenta profundamente contra a equidade territorial. Do ponto de vista da saúde, há cidadãos de primeira – os que habitam na região de Lisboa e Vale do Tejo – e há cidadãos de segunda – os que habitam no restante território. O Estado gasta muito mais per capita, em saúde, com os habitantes da região da capital do que gasta com os das outras regiões. O dinheiro que o Estado injectou em hospitais de Lisboa como o S. José ou o Santa Maria não tem comparação, por exemplo, com o que despendeu com os Hospitais de S. João ou de Santo António no Porto. E, no entanto, os desempenhos e até os resultados em sede de contas de uns e de outros deixam os hospitais do Norte a ganhar, e por muitos, aos hospitais da capital. Os hospitais de Lisboa, em que se passou este terrível episódio, têm muito mais meios do que tem Coimbra ou de que tem o Porto e, no entanto, não são capazes de gerar respostas de idêntico nível. A explicação está, mais uma vez, como indiciou o Ministro, na gestão, na organização, na administração. 
4. As linhas que acabo de escrever são sensíveis e são atreitas à controvérsia e à manipulação. Mas mandam a verdade, a razoabilidade e a responsabilidade, enquanto critérios da acção pública, que não se impute esta tragédia a uma política justa e necessária de racionalização de recursos. Muito menos quando os recursos à disposição das instituições visadas eram, apesar de tudo, proporcionalmente superiores aos de outras instituições de natureza equivalente.} (Paulo Rangel dixit)

Chegou ao nosso conhecimento que um grupo de deputados vai propor, na AR que o Governo do prestigiado Dr. Costa, porta bandeira nacional, como pano de fundo, como pode ver-se nas aparições TV, para não deixar dúvidas, das suas origens, o fim das mortes, por AVC, hemorrágico ou esquémico, Portugal com a eficiente e eficaz ajuda dos beatos e dos pcs, nsta troika beatificada.
Do que nos foi dito, a partir da sua publicação; só morre quem tiver mesmo de morrer e, nunca de AVC muito menos sem assistência médica e religiosa.
Faz-me recordar as ordens do Rei de França, que ao verificar uns certos e determinados fenómenos esquisitos, com pendor para o milagre, nos crentes de um monge, entretanto sepultado no cemitério de São Medardo: «Por ordem do Rei é proibido a Deus fazer milagres neste cemitério»!

E os Enfermeiros vão mostrar o que valem, nesta conjuntura, contextualizada ao pormenor.


FIM DOS AVC <clique aqui>


(TEXTO ANTIGO PUBLICADO EM 12.ABRIL 2015)

OS ENFERMEIROS TÊM DE SER REMUNERADOS COMO O VALOR DO SEU TRABALHO RECLAMA E EXIGE!
E É JÁ!

A margem de tolerância e de paciência dos Enfermeiros está a chegar ao fim.
A revisão dos nossos salários passou do nível permanentemente temporária ao nível de temporária permanente.
A hora da reposição aproxima-se, pois as manobras que o Ministro fez ao manter os salários permanentemente baixos aos Enfermeiros, não estão a reduzir a dívida do Ministério. Pelo contrário; tende a aumentar.
Como qualquer unidireccional, o Ministro da Saúde só vê as aparências, mas não atinge as essências.
Os Administradores Hospitalares, em excesso para as tarefas próprias, não perceberam na dialéctica Correia de Campos o que queria significar Coriolano Ferreira, quando dizia aos seus alunos; Administradores, se quereis ter êxito, na vossa administração, tende os Enfermeiros, sobretudo as chefias do vosso lado...
Uns colaboram com os negociantes do SNS, outros não percebem da arte dos comerciantes, que dizem: "ainda vale a pena investir na saúde em Portugal".
Claro está que o governo vai ter de puxar pelos cordões da bolsa e negociar a nova tabela, para os Enfermeiros, nem que seja num domingo, como fez com outros profissionais da saúde, como agora se diz, também importantes, mas não tão estruturais, como os Enfermeiros, para os que só vêem as aparências da saúde.
Pensavam, num largo sector da governação da saúde, que bastava dar a direcção da Enfermagem e meia dúzia de  Enfermeiros Principais, aos sócios militantes de outro sindicato, o do bota-abaixo, que os 95% do total dos Enfermeiros iriam ficar calados e sossegados, como exigiu em troca o governo (ver a negociata neste mesmo blogue).
Por ordem do Governo, e apoio da opinião pública, com quantidade suficiente de Médicos e bem dissimulada, é proibido aos doentes morrerem, nas urgências, seja qual for a gravidade do seu estado.
Quando Simão de Paris, diácono jansenista faleceu, foi sepultado no Cemitério de São Medardo.
Ainda não tinha acabado de pousar no fundo da cova, já um paralítico, que assistia ao acto, dizia estar curado.
Daí, em diante, foram tantos e tais os milagres, que o rei de França, Luís XIV, mandou afixar, no cemitério, o aviso:
«Por ordem do Rei de França é proibido a Deus fazer mais milagres neste cemitério».

Parecida com esta, é a figura, que fazem os que se espantam com as pessoas morrerem, nas urgências dos hospitais.
Podia dar-lhes uma boa dúzia de razões pelas quais nem Enfermeiro nem Médico podem impedi-las de morrer, nas urgências e de urgência, sem aproveitar isto para fazer publicidade a carências sejam de que espécie forem, reais ou propositadas. é A NATUREZA A ACTUALIZAR OS SEUS PRECEITOS.
Aliás é de muito mau tom atacarem as pessoas, que levam às Urgências, os seus familiares queridos, para morrerem, porque não as querem ver morrer, em casa, o que é menos humano, mas é mais moderno.

POR MANOBRAS DISSUASORAS TAMBÉM SE ENTENDE UM CADERNO REIVINDICATIVO EXTEMPORÂNEO DE OUTRAS ESTRUTURAS SINDICAIS, RESPONSÁVEIS PELA NOSSA SITUAÇÃO E COMPROMETIDAS A NÃO MEXEREM 
UMA PALHA NUM PERÍODO DE 3 A 4 ANOS.
Ora vejam este excerto comprovativo da resposta que o Ministério deu ao tal caderno reivindicativo, nada convincente, aliás...


NB: O que as setas apontam fala por si e explica o aparecimento de cadernos reivindicativos coloridos, de cada vez que SE e SIPE (FENSE) avançam.
Só que desta vez também lhe abrimos a porta para aderirem a processos negociais sérios, sem precisarem de vender a alma ao diabo, certo, correcto!?
Com amizade
José Azevedo

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