E, na verdade, não tem.
A curiosidade do método é o seu principal mentor ser o Presidente da Associação Nacional da USF, Dr. Bernado Vilas Boas, conhecido militante do PCP.
Com estes pressupostos, que só os cegos mentais não vêem, ou fingem não ver, é evidente que os resultados estão à vista de todos, mesmo dos que fingem não ver.
O POVO NÃO TEM CONFIANÇA NOS MÉDICOS DE FAMÍLIA E ESTES NÃO TÊM CONFIANÇA NO POVO, POR ISSO, ATÉ OS SÃOS COMO PEROS SÃO DOENTES, OU PODEM VIR A SÊ-LO.
Há dias, perguntava a uma Colega, Enfermeira de corpo inteiro (zelosa e competente), por que foi rejeitada por uma Médica promotora da tal aldrabice (USF), mais uma, a qual esclareceu; ao avaliar as tensões arteriais, ganhou o hábito de por na sua observação, os valores reais. (10Mn/19Mx.), por exemplo, que o aparelho avaliador mostrava.
A dita Médica, agravada com a mania da USF, queria que a Enfermeira fosse menos exigente e, onde se lê 19/10 devia escrever 14/8, para não lhe estragar a estatística. Não esqueçam que fui Enfermeiro Superintendente de 1976 a 1981 e Enfermeiro Diretor de 1981 a 2005 da ARS N.
Entre outras memórias tenho a da forma como foram expulsos dos CS os Médicos a sério, que vinham dos Hospitais fazer umas horas aos Centros de Saúde.
Também conservo o consumo excessivo de água benta, a exigir horas extraordinárias aos padres benzedores da dita, nos concursos que em 1981, antecederam a expulsão dos Médicos, uniformemente acelerada, para não darem 'maus exemplos'.
Tratava-se de colocar "médicos" que faziam 3 cadeiras de medicina, em exames, das mais ou menos complicadas, numa semana, depois de terem preparado os professores com a mostra de matracas e correntes de bicicleta, entre outras sugestões. (Tenho muitos dos nomes de alunos e professores, felizmente vivos, por quem peço a Deus e ao Diabo nas minha preces, que os conserve de boa saúde para não precisarem destes cuidadosos médicos).
São estes obreiros da saúde, que criaram a desconfiança, no Povo, ao longo dos anos, que decorreram de 1982 a 2016, à medida que se foram instalando.
A eles se deve o mérito de criarem, na saúde, uma espécie, que na religião se chama - RATAS DE SACRISTIA - e na sáude se chama - HIPOCONDRÍACOS SAUDÁVEIS.
Vão procurar Médicos a sério (a Medicina como a Enfermagem não se aprendem nos cursos que habilitam a exercê-las; aprendem-se ao longo do exercício atento e esmerado, consta...), avencem-nos e convencem-nos, a tratarem os doentes, que vão às urgências, desnecessariamente, criando condições nos Centros de Saúde, aos Enfermeiros, para fazerem uma triagem do tipo da que fazem nos serviços de urgência, com cartões que traduzam a prioridade no atendimento e tudo o mais.
Se os Centros de Saúde tiverem acesso aos Médicos a sério, que estão nas urgências dos Hospitais, os Utentes viciados, em SU, perdem esse vício (que não vão perder de um dia para o outro, por isso é preciso começar, já, a inverter a tendência crescente), porque reganham a confiança perdida.
Esta reflexão não é contra ninguém, pois sei que quem não tem pé não pode dar coice e quem dá o que tem e sabe a mais não é obrigado. É sim a favor do SNS e do erário público, tão mal gerido e digerido.
Também sei o que me vão chamar. Mas não esquecer que, além dessas, tenho outras qualidades, sem falsas modéstias, acreditem).
Com amizade,
José Azevedo
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