quarta-feira, 19 de julho de 2017

O MAU USO DA ÉTICA PROFISSIONAL, PARA DESCULPAR INCOMPETÊNCIA DO MS


Protesto dos enfermeiros é condenável ética e deontologicamente afirma ministro
Lusa18 Jul, 2017, 18:56 | País
O ministro da Saúde considerou hoje o protesto dos enfermeiros especialistas como condenável do ponto de vista ético e deontológico, lembrando que o Governo não pode ceder a "exigências intempestivas".
Sobre a recusa dos enfermeiros a executar funções especializadas, que está a paralisar blocos de parto, Adalberto Campos Fernandes disse à Lusa, no final da comissão parlamentar de Saúde, que "o Governo não pode ceder a atitudes que são, do ponto de vista ético e deontológico, muito criticáveis".
{Resposta FENSE: Se o Ministro da Saúde percebesse o que é ÉTICA E DEONTOLOGIA, não usaria esses discursos ou “logos” para tentar enganar a opinião pública. É professor duma escola onde começou a desgraça dos Enfermeiros, com a teoria da destruição das suas carreiras e congelamento salarial. Estávamos em 2005 com insigne Sócrates à cabeça do pelotão.
Os Médicos são ¼ dos trabalhadores do SNS e absorvem 87% da massa salarial total do Ministerio da Saúde; os ¾ restantes recebem os 13% restantes.
Os Médicos para se especializarem têm o regime de internato que tem vencimento e, depois colocação obrigatória, como especialistas, para ir libertando os mais velhos pela porta do cavalo, a caminho da privada, vigiados por cegos dos que não querem ver. O paradigma reinante ainda é o da leirinha e da vaquinha do glorioso período das Misericórdias.
Os Enfermeiros, especializam-se, sem qualquer ajuda e são condenados por isso a manterem a mesma categoria e vencimento e a trabalharem na especialidade adquiriria, à sua custa e risco, para não perderem o treino do que aprenderam à sua custa.
Se este Ministro soubesse o que é a ÉTICA, começaria por corrigir a imoralidade e a não-ética, que o seu ministério pratica, na especialização dos Enfermeiros e na dos Médicos; na colocação dos Médicos que antes de o ser já o era e na não-colocação dos Enfermeiros, que, segundo o Excelência praticam a não-ética, ao recusarem usar as faculdades especializadas que adquiriram à sua custa. Francamente, Sr. Ministro. Um de nós é, comprovadamente, manhoso e manipulador da verdade. Por iss,o alguém vai ter de nos contradizer, não é?}
Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica estão, desde o início do mês, em protesto contra o não pagamento dos seus serviços especializados, assegurando apenas cuidados indiferenciados de enfermagem, o que afeta, nomeadamente, os serviços de obstetrícia.
{Resposta da FENSE: Se os Enfermeiros especialistas (parteiras) afetam os serviços ao não executarem tarefas especializadas afetam os serviços de partos, então é porque são necessários (ao contrário das artimanhas que inventam para contratar outros menos necessários ou mesmo não-necessários). E se são necessários como especialistas devem ser ética e honestamente e moralmente pagos como tal, não é, sr,ministro?
E o burro sou eu?!}
O Ministério da Saúde pediu já um parecer urgente ao conselho consultivo da Procuradoria-geral da República (PGR) sobre a legalidade deste protesto dos enfermeiros, mas até ao momento ainda não o recebeu.
"Aguardamos [o parecer] a todo o momento. Mas independentemente do parecer da PGR, o processo negocial e o diálogo com os sindicatos está a decorrer normalmente", afirmou hoje o ministro à agência Lusa.
(4) Resposta FENSE {Não recebeu resposta nem vai receber, porque se a resposta fosse a dizer o que o Ministro da Saúde quer, teria de, no mínimo, ser o Estado a formar, com dinheiros públicos os Enfermeiros especialistas, como acontece, aliás, com os Médicos, mediante acordo prévio.
Por exemplo; os Médicos especializam-se com dinheiros públicos; não obstante negam-se ou não se disponibilizam a ir para onde fazem mais falta.
Aliás, o Ministério da Saúde já reconheceu que a compensação financeira aos enfermeiros especialistas é legítima, mas adiou qualquer decisão sobre a matéria para setembro, explicando que tal medida só pode ser tomada depois de conhecidos os reais impactos das regras de descongelamento de carreiras.
(5) Resposta FENSE {As regras de descongelamento de são uma decisão unilateral do governo, que não se adaptam à necessidade de os Enfermeiros saírem da miséria em que o teóricos da Escola de Telheiras, que o Ministro da Saúde integra, nem políticos como Ana Jorge e o famigerado comunista reconvertido socialista Manuel Pizarro, os colocaram. Por coincidência ou não são todos Médicos e os Enfermeiros têm de ter esta coisa comum em atenção}
"Faço notar que não estamos perante uma greve, que pressupõe a convocação e a fixação de serviços mínimos", frisou Campos Fernandes, recordando que o próprio bastonário da Ordem dos Médicos colocou dúvidas sobre o enquadramento legal do protesto.
Para o ministro, "em matéria de assistência urgente os imperativos éticos sobrepõem-se a outro tipo de imperativos".
(6) Resposta FENSE {Até a suprema autoridade do Ministério Público faz greves de zelo, por isso, quanto à sua legalidade dispensamos os pareceres e a ania da Ordem dos Médicos se intrometer nos assuntos próprios dos Enfermeiros. Deve respeitar os Enfermeiros e os seus problemas, como os Enfermeiros respeitam os Médicos, não obstante estarem na base da desgraça e miséria que os Enfermeiros atravessam a começar pela falta de respeito.}
O governante mostra-se confiante no processo negocial que está a decorrer com os sindicatos a propósito dos enfermeiros especialistas, reiterando que o Governo "não pode ceder a movimentos espontâneos, pontuais".
(7) Resposta FENSE: {Para os Enfermeiros as situações de urgência são 90%, portanto segundo os imperativos éticos ministeriais saudáveis (pouco), os Enfermeiros não podem fazer greve. Se seguir o “Imperativo Categórico de Kant”, talvez demonstre o que é a ÉTICA que começa por nós (no caso por ele ministro). O Ministro da Saúde diz num dia que os Enfermeiros estão há 10 anos à espera de negociar a revisão da carreira e, agora, no outro dia, diz o contrário, classificando a situação dos especialistas que não é única, de ogoverno não poder ceder a momentos espontâneos pontuais”.
Ora, além de distraído e demonstrar que pensa em tudo menos nos problemas de todos os Enfermeiros, que nem são espontâneos, nem são pontuais: são do tipo geral e suportados por milhares de documentos que desde 2009 são dirigidos aos governos, este e outros, reclamando justiça e tratamento equivalente. Como deve saber, os seus colegas Médicos já reviram 5 vezes o seu ACT, desde 2009; mas os Enfermeiros ainda aguardam pela sua 1ª versão de ACT. Sendo assim, com que autoridade, legal, moral, ética fala o Ministro da Saúde?
Se se tivesse apercebido que os Enfermeiros são tão licenciados, como ele e ou mais do que ele, em muitas áreas, que demonstra desconhecer (todos sabemos o que não ignoramos), não os tratava com tamanha displicência e relapsa ignorância, a predefinir que, quando o Ministro for Médico um dos Secretários deve ser Enfermeiro.
E até, já tinha percebido que o seu sindicato adotivo, está em queda livre e sem para quedas, que o salve.
O Major Melo Antunes disse um dia, no grupo dos 9, que os comunistas fazem falta à democracia, mas esqueceu-se de completar o raciocínio, que nós completamos: mas como sal na comida, nem pouco, que não se note, nem muito, de mais, que torne a comida (leia-se democracia) intragável.
Percebeu, ministro da saúde?
É que nem o seu filho dileto é único, nem é o mais representativo, dos Enfermeiros, como lhe estamos a demonstrar, com a procissão, ainda no adro da igreja.  
Para a FENSE as negociações não são as do entendimento destas entidades SEP- Ministro da Saúde.}
"O que lamentamos é que a exigência intempestiva da alteração de uma carreira, que foi anulada por acordo entre o sindicato e o Governo em 2009, seja feita à queima-roupa, em cima do verão, num período em que há férias e ainda por cima sobre um alvo vulnerável da população que são as grávidas", frisou.
(8) Resposta FENSE: {A exigência não é intempestiva e a alteração da carreira dos Enfermeiros foi de facto feita por acordo do SEP e o governo Sócrates, em 2009 (Os Enfermeiros agradecem-lhe, Sr. Ministro Adalberto, esta preciosa informação).
Agora, como desconhece ou finge desconhecer, por conveniência mútua a FENSE, não pode saber que desde 2009 esta FENSE tem provas tempestivas da exigência de revisão de carreira através de ACT, como a lei manda, mas que o sindicato adotivo do Ministro da Saúde não quer negociar para tirar os Enfermeiros da lama onde os lançou, para servirem de (carne para canhão) como disse Emílio Zola na “Besta Humana”.
E o Ministro da Saúde ainda não percebeu que os Enfermeiros estão a dizer BASTA, com carradas de razão e tempestividade, que só peca por tardia e não intempestiva crer.
E se não tem dinheiro para rever tabelas e carreira dos Enfermeiros nós sugerimos onde deve ir buscá-lo, sem agravar o OE.
Pense, por exemplo, nos 190 milhões de euros que as USF/B pouparam, porque cada Médico recebe 4370€€/més a juntar ao vencimento base. Isto foi o que os das outras USF não pouparam, vá-se lá saber porquê…
O Ministro da Saúde ou está mal informado ou tenta fugir à verdade, pois nem segurança das grávidas é a que diz, nem as parteiras não reconhecidas e pagas como tal estão a colaborar. E os meios de partilha que refere devem ser provavelmente os da “privada dos HPP”.
Finalmente se o Ministro ainda não percebeu o fenómeno o problema é seu.}
Apesar de o protesto estar a afetar vários blocos de parto, o ministro da Saúde diz que o SNS tem respondido "num quadro de partilha de meios" e que a segurança clínica tem sido assegurada.
"Felizmente a grande parte dos enfermeiros tem tido uma atitude de enormíssima responsabilidade e tem salvaguardado o que é o seu dever ético", acrescentou em declarações à Lusa.
A Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, registou hoje "perturbações temporárias" no atendimento de urgência por falta de capacidade de resposta e número insuficiente de profissionais.
Num esclarecimento enviado à Lusa hoje ao início da tarde, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que integra a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), admitiu que as perturbações na urgência obstétrica se prendem "com a capacidade de resposta e o número de profissionais nas equipas médica e de enfermagem".
De acordo com a MAC, a normalidade na urgência deve ser reposta ainda hoje.

NB: os sublinhados de cor são comentários da FENSE (José Azevedo e Fernando Correia)

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