Protesto dos enfermeiros é condenável ética e
deontologicamente afirma ministro
O ministro da Saúde
considerou hoje o protesto dos enfermeiros especialistas como condenável do
ponto de vista ético e deontológico, lembrando que o Governo não pode ceder a
"exigências intempestivas".
Sobre a recusa dos enfermeiros a executar funções especializadas, que está
a paralisar blocos de parto, Adalberto Campos Fernandes disse à Lusa, no final
da comissão parlamentar de Saúde, que "o Governo não pode ceder a atitudes
que são, do ponto de vista ético e deontológico, muito criticáveis".
{Resposta FENSE: Se o Ministro da
Saúde percebesse o que é ÉTICA E DEONTOLOGIA, não usaria esses discursos ou
“logos” para tentar enganar a opinião pública. É professor duma escola onde
começou a desgraça dos Enfermeiros, com a teoria da destruição das suas
carreiras e congelamento salarial. Estávamos em 2005 com insigne Sócrates à
cabeça do pelotão.
Os Médicos são ¼ dos
trabalhadores do SNS e absorvem 87% da massa salarial total do Ministerio da
Saúde; os ¾ restantes recebem os 13% restantes.
Os Médicos para se especializarem
têm o regime de internato que tem vencimento e, depois colocação obrigatória,
como especialistas, para ir libertando os mais velhos pela porta do cavalo, a
caminho da privada, vigiados por cegos dos que não querem ver. O paradigma
reinante ainda é o da leirinha e da vaquinha do glorioso período das Misericórdias.
Os Enfermeiros, especializam-se,
sem qualquer ajuda e são condenados por isso a manterem a mesma categoria e
vencimento e a trabalharem na especialidade adquiriria, à sua custa e risco,
para não perderem o treino do que aprenderam à sua custa.
Se este Ministro soubesse o que é
a ÉTICA, começaria por corrigir a imoralidade e a não-ética, que o seu
ministério pratica, na especialização dos Enfermeiros e na dos Médicos; na
colocação dos Médicos que antes de o ser já o era e na não-colocação dos Enfermeiros,
que, segundo o Excelência praticam a não-ética, ao recusarem usar as faculdades
especializadas que adquiriram à sua custa. Francamente, Sr. Ministro. Um de nós
é, comprovadamente, manhoso e manipulador da verdade. Por iss,o alguém vai ter
de nos contradizer, não é?}
Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica estão, desde o
início do mês, em protesto contra o não pagamento dos seus serviços
especializados, assegurando apenas cuidados indiferenciados de enfermagem, o
que afeta, nomeadamente, os serviços de obstetrícia.
{Resposta da FENSE: Se os
Enfermeiros especialistas (parteiras) afetam os serviços ao não executarem
tarefas especializadas afetam os serviços de partos, então é porque são
necessários (ao contrário das artimanhas que inventam para contratar outros
menos necessários ou mesmo não-necessários). E se são necessários como
especialistas devem ser ética e honestamente e moralmente pagos como tal, não
é, sr,ministro?
E o burro sou eu?!}
O Ministério da Saúde pediu já um parecer urgente ao conselho consultivo da
Procuradoria-geral da República (PGR) sobre a legalidade deste protesto dos
enfermeiros, mas até ao momento ainda não o recebeu.
"Aguardamos [o parecer] a todo o momento. Mas independentemente do
parecer da PGR, o processo negocial e o diálogo com os sindicatos está a
decorrer normalmente", afirmou hoje o ministro à agência Lusa.
(4) Resposta FENSE
{Não recebeu resposta nem vai receber, porque se a resposta fosse a dizer o que
o Ministro da Saúde quer, teria de, no mínimo, ser o Estado a formar, com
dinheiros públicos os Enfermeiros especialistas, como acontece, aliás, com os
Médicos, mediante acordo prévio.
Por exemplo; os Médicos
especializam-se com dinheiros públicos; não obstante negam-se ou não se
disponibilizam a ir para onde fazem mais falta.
Aliás, o Ministério da Saúde já reconheceu que a compensação financeira aos
enfermeiros especialistas é legítima, mas adiou qualquer decisão sobre a
matéria para setembro, explicando que tal medida só pode ser tomada depois de
conhecidos os reais impactos das regras de descongelamento de carreiras.
(5) Resposta FENSE {As regras de descongelamento de são uma decisão unilateral do governo,
que não se adaptam à necessidade de os Enfermeiros saírem da miséria em que o
teóricos da Escola de Telheiras, que o Ministro da Saúde integra, nem políticos
como Ana Jorge e o famigerado comunista reconvertido socialista Manuel Pizarro,
os colocaram. Por coincidência ou não são todos Médicos e os Enfermeiros têm de
ter esta coisa comum em atenção}
"Faço notar que não estamos perante uma greve, que pressupõe a
convocação e a fixação de serviços mínimos", frisou Campos Fernandes,
recordando que o próprio bastonário da Ordem dos Médicos colocou dúvidas sobre
o enquadramento legal do protesto.
Para o ministro, "em matéria de assistência urgente os imperativos
éticos sobrepõem-se a outro tipo de imperativos".
(6) Resposta FENSE {Até a suprema autoridade do Ministério Público faz greves de zelo, por
isso, quanto à sua legalidade dispensamos os pareceres e a ania da Ordem dos
Médicos se intrometer nos assuntos próprios dos Enfermeiros. Deve respeitar os
Enfermeiros e os seus problemas, como os Enfermeiros respeitam os Médicos, não
obstante estarem na base da desgraça e miséria que os Enfermeiros atravessam a
começar pela falta de respeito.}
O governante mostra-se confiante no
processo negocial que está a decorrer com os sindicatos a propósito dos
enfermeiros especialistas, reiterando que o Governo "não pode ceder a
movimentos espontâneos, pontuais".
(7) Resposta FENSE: {Para os Enfermeiros as situações de urgência são 90%,
portanto segundo os imperativos éticos ministeriais saudáveis (pouco), os
Enfermeiros não podem fazer greve. Se seguir o “Imperativo Categórico de Kant”,
talvez demonstre o que é a ÉTICA que começa por nós (no caso por ele ministro).
O Ministro da Saúde diz num dia que os Enfermeiros estão há 10 anos à espera de
negociar a revisão da carreira e, agora, no outro dia, diz o contrário,
classificando a situação dos especialistas que não é única, de o “governo não poder
ceder a momentos espontâneos pontuais”.
Ora,
além de distraído e demonstrar que pensa em tudo menos nos problemas de todos
os Enfermeiros, que nem são espontâneos, nem são pontuais: são do tipo geral e
suportados por milhares de documentos que desde 2009 são dirigidos aos
governos, este e outros, reclamando justiça e tratamento equivalente. Como deve
saber, os seus colegas Médicos já reviram 5 vezes o seu ACT, desde 2009; mas os
Enfermeiros ainda aguardam pela sua 1ª versão de ACT. Sendo assim, com que
autoridade, legal, moral, ética fala o Ministro da Saúde?
Se
se tivesse apercebido que os Enfermeiros são tão licenciados, como ele e ou
mais do que ele, em muitas áreas, que demonstra desconhecer (todos sabemos o
que não ignoramos), não os tratava com tamanha displicência e relapsa
ignorância, a predefinir que, quando o Ministro for Médico um dos Secretários
deve ser Enfermeiro.
E
até, já tinha percebido que o seu sindicato adotivo, está em queda livre e sem
para quedas, que o salve.
O
Major Melo Antunes disse um dia, no grupo dos 9, que os comunistas fazem falta
à democracia, mas esqueceu-se de completar o raciocínio, que nós completamos:
mas como sal na comida, nem pouco, que não se note, nem muito, de mais, que
torne a comida (leia-se democracia) intragável.
Percebeu,
ministro da saúde?
É
que nem o seu filho dileto é único, nem é o mais representativo, dos
Enfermeiros, como lhe estamos a demonstrar, com a procissão, ainda no adro da
igreja.
Para
a FENSE as negociações não são as do entendimento destas entidades SEP-
Ministro da Saúde.}
"O que lamentamos é que a exigência
intempestiva da alteração de uma carreira, que foi anulada por acordo entre o
sindicato e o Governo em 2009, seja feita à queima-roupa, em cima do verão, num
período em que há férias e ainda por cima sobre um alvo vulnerável da população
que são as grávidas", frisou.
(8) Resposta FENSE: {A exigência não é intempestiva e a alteração da
carreira dos Enfermeiros foi de facto feita por acordo do SEP e o governo
Sócrates, em 2009 (Os Enfermeiros agradecem-lhe, Sr. Ministro Adalberto, esta
preciosa informação).
Agora,
como desconhece ou finge desconhecer, por conveniência mútua a FENSE, não pode
saber que desde 2009 esta FENSE tem provas tempestivas da exigência de revisão
de carreira através de ACT, como a lei manda, mas que o sindicato adotivo do
Ministro da Saúde não quer negociar para tirar os Enfermeiros da lama onde os
lançou, para servirem de (carne para canhão) como disse Emílio Zola na “Besta
Humana”.
E o
Ministro da Saúde ainda não percebeu que os Enfermeiros estão a dizer BASTA,
com carradas de razão e tempestividade, que só peca por tardia e não
intempestiva crer.
E se
não tem dinheiro para rever tabelas e carreira dos Enfermeiros nós sugerimos
onde deve ir buscá-lo, sem agravar o OE.
Pense,
por exemplo, nos 190 milhões de euros que as USF/B pouparam, porque cada Médico
recebe 4370€€/més a juntar ao vencimento base. Isto foi o que os das outras USF
não pouparam, vá-se lá saber porquê…
O
Ministro da Saúde ou está mal informado ou tenta fugir à verdade, pois nem
segurança das grávidas é a que diz, nem as parteiras não reconhecidas e pagas
como tal estão a colaborar. E os meios de partilha que refere devem ser
provavelmente os da “privada dos HPP”.
Finalmente
se o Ministro ainda não percebeu o fenómeno o problema é seu.}
Apesar de o protesto estar a afetar vários
blocos de parto, o ministro da Saúde diz que o SNS tem respondido "num
quadro de partilha de meios" e que a segurança clínica tem sido
assegurada.
"Felizmente a grande parte dos
enfermeiros tem tido uma atitude de enormíssima responsabilidade e tem
salvaguardado o que é o seu dever ético", acrescentou em declarações à
Lusa.
A Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa,
registou hoje "perturbações temporárias" no atendimento de urgência
por falta de capacidade de resposta e número insuficiente de profissionais.
Num esclarecimento enviado à Lusa hoje ao
início da tarde, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que integra a
Maternidade Alfredo da Costa (MAC), admitiu que as perturbações na urgência
obstétrica se prendem "com a capacidade de resposta e o número de
profissionais nas equipas médica e de enfermagem".
De acordo com a MAC, a normalidade na
urgência deve ser reposta ainda hoje.
NB: os sublinhados de cor são
comentários da FENSE (José Azevedo e Fernando Correia)
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