quinta-feira, 4 de abril de 2019

AS ALTURAS, AS VERTIGENS, OS ENFERMEIROS



POR QUE SERÁ O BOM INIMIGO DO ÓTIMO?




O bom é inimigo do ótimo







É habitual dizer-se que os provérbios e os chamados «ditados populares» (em boa verdade, deveriam ser designados por «ditos populares») são portadores de «verdades fundamentais» que são tidas como garantidas ao longo dos tempos, através da legitimação da sua pura e simples ancestralidade. O que é facto é que nas nossas conversas quotidianas é frequente citarmos os tais «ditos populares» para sublinharmos a bondade de uma asserção ou legitimar um determinado ponto de vista, com a ênfase e a reverência próprias de quem se refere a verdades incontestáveis.
Isto passa-se em relação à tão propalada e discutida expressão de que «o bom é inimigo do ótimo»; e, de facto, ela é tão discutida e tão difundida que, por vezes, uma generalização abusiva leva a que se se pratique, sem critério, a transformação semântica da frase, substituindo-a por uma outra, com ressonâncias semelhantes, mas de significado substancialmente diferente: «o ótimo é inimigo do bom».
Seja qual for o posicionamento relativo dos elementos significantes da frase, que não cabe problematizar e desenvolver neste espaço, ela é com frequência citada quando queremos defender a ideia de que não vale a pena sermos demasiado exigentes em relação a determinada coisa (o ótimo), aceitando a inevitabilidade de nos ficarmos sempre por uma certa mediania (o bom). E mais: se, por acaso, nos esquecermos do significado da frase e ignorarmos o seu incontornável realismo, a perseverança na porfia do ótimo poderá acabar por gerar condições para que nem o bom se consiga obter.
‘So’…, o melhor é ‘keep it cool’ e «não fazer grandes ondas», porque, no final, «o que for há-de soar».
Este paradigma de uma certa «áurea mediocridade» tem uma larga tradição na vida empresarial, sobretudo nas formas de organização marcadas pelos excessos da industrialização e da burocracia, e tem sido aproveitado como bandeira de legitimação de práticas e atitudes daqueles que galharda e convictamente prosseguem o objetivo profissional de serem apenas «suficientemente bons para não serem despedidos».
Mas não é, de todo, nem o tipo de atitude requerido nas empresas modernas nem a mentalidade consentânea com «o trabalho do futuro».
De facto, em contextos cada vez mais difíceis, exige-se de todos os profissionais que «consigam fazer mais com menos», o que só é possível através de uma atenção focalizada e de uma grande entrega e um grande envolvimento pessoal, sem reservas mentais nem tibiezas que possam constituir-se como barreiras ou obstáculos a uma verdadeira orientação para a excelência. Neste contexto, o paradigma mental não pode ser, já, o de ser apenas bom, em condições sociológicas e de mercado onde só os muito bons terão condições para viver percursos profissionais estimulantes e com sustentabilidade.
Nesta perspetiva, o bom será, realmente, inimigo do ótimo, sobretudo se se constituir como uma forma de obnubilação e de autoengano que nos impeça de ver a grandeza que desponta em cada um de nós.
NB: 
1 - VENTOS QUE SOPRAIS IDE DIZER À SENHORA BASTONÁRIA QUE OS ENFERMEIROS SÃO EXATAMENTE AO CONTRÁRIO DO QUE DISSE AS PESSOAS MAIS INDICADAS PARA DETERMINAR SE A PESSOA PRECISA DE IR AO MÉDICO, OU NÃO. LOGO, SE ESTÁ APTO A IR PREGAR NOUTRA FREGUESIA - O CS DE ONDE NÃO DEVIA TER SAÍDO SE ESTIVESSE EM HORÁRIO DE ATENDIMENTO.
2 - DAI-LHE CONTA DE QUE A ENFERMAGEM É UM PROCESSO DINÂMICO E QUE AQUILO QUE ONTEM NÃO ERA PERMITIDO A UM AUXILIAR DE ENFERMAGEM HOJE É DA COMPETÊNCIA DE UM LICENCIADO ENFERMEIRO.
3 - PARA LEGITIMAR OS AVANÇOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS DOS PROFISSIONAIS AUTÓNOMOS É QUE FORAM CRIADAS AS ORDENS PROFISSIONAIS, CERTO, CORRETO?!
4 - PENSAR NO FACTO DE NOS SENTARMOS EM CIMA DO BURACO, ONDE SE GERA O MEDO, NÃO IMPEDE QUE OS ENFERMEIROS TENHAM DE TOMAR DECISÕES AO ALCANCE DAS SUAS COMPETÊNCIAS DE LICENCIADOS. SEREM ISSO E TEREM O COMPORTAMENTO ABAIXO DO QUE TESTEMUNHEI EM MUITOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM, É SINAL DE QUE, QUANDO CERTAS PRÁTICAS SE TORNAM CULTURAIS, LEVAM TEMPO A ANULAR O PARADIGMA, MESMO A NÍVEIS DE RESPONSABILIDADE MÁXIMA NO QUE DIZ, COMO É O CASO DE ACONSELHAR OS ENFERMEIROS A VETAREM A OPORTUNIDADE DE SEREM ÚTEIS; A SEREM ENFERMEIROS EM ASCENSÃO DINÂMICA.
AFINAL A BASTONÁRIA ESTÁ A DEFENDER O AVANÇO DOS ENFERMEIROS NA ASSUNÇÃO DE UM NÍVEL DE RESPONSABILIDADE CRESCENTE, OU A LIMITAR ESSA SUBIDA?
5 - NÃO SERÁ O PAPEL PRINCIPAL DA ORDEM, DE QUALQUER ORDEM, GARANTIR QUE AQUILO QUE OS SEUS MEMBROS FAZEM ESTÁ CERTIFICADO E É SEGURO?
CLARO QUE É.
ORA SE OS ENFERMEIROS TÊM COMPETÊNCIA PARA CARIMBAR O CLIENTE DE URGÊNCIAS, COM O CARIMBO VERDE OU AZUL, PARA PODER ESPERAR DE UMA A 12 HORAS, PARA QUE UM ESTAGIÁRIO DE MEDICINA O OLHE COM OLHOS VERDES OU AZUIS, POR REFLEXO DO CARTÃO ENFERMEIRO, POR QUE NÃO HÁ-DE O ENFERMEIRO MANDÁ-LO EM PAZ PARA CASA!
ONDE HÁ LUGAR PARA VETAR, O QUE FEZ BEM: SELECIONAR O GRAU DE PRIORIDADE, EM TERMOS DE URGÊNCIA.
6 - SERÁ QUE O COMPLEXO DO AUXILIAR AINDA ESTÁ CARREGADO COM MAIS A ESTUPIDEZ DA "COMPLEMENTARIDADE"?
SABEI QUE EU SEI QUE A ORDEM DOS ENFERMEIROS TEM MUITOS MILHÕES ACUMULADOS, NO COFRE, POIS O QUE PRECISA PARA MANTER OS SEUS 250 DIRIGENTES (CERCA DE 50 POR REGIÃO, 5 NO TOTAL), É UMA PEQUENA PORÇÃO.
SENDO ASSIM, E É; NÃO SERIA UMA IDEIA A SEGUIR, DESTACAR UMAS VISITAS DE ESTUDO AOS PAÍSES QUE TENHO CITADO DÚZIAS DE VEZES; HOLANDA E AUSTRÁLIA PARA SABER QUAL O PAPEL DOS ENFERMEIROS NAS URGÊNCIAS DE AMESTERDÃO, MELBOURNE, SIDNEY,  PARA NÃO DIZER MUITOS OUTROS.
TALVEZ PUDESSE MUDAR O SENTIDO DO VETO, DUMA ATITUDE QUE PODE MUDAR RADICALMENTE A INEFICÁCIA MÉDICA (DE MÉDICOS), DAS ATUAIS URGÊNCIAS, QUE NÃO SATISFAZEM.
PENSEM NISTO, MAS SEM PRECONCEITOS!
José Azevedo

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