domingo, 31 de maio de 2015

A PROBLEMÁTICA DO SNS NÃO É O DINHEIRO; É O MODELO DE ORGANIZAÇÃO



QUANDO UM PROBLEMA NÃO TEM SOLUÇÃO É PORQUE ESTÁ MAL EQUACIONADO, dizem os matemáticos.
Este princípio assenta, como uma luva, no SNS.
Entregam aos autores dos buracos e denunciadores dos mesmos buracos, as correcções dos ditos buracos, que vão abrindo; (uma espécie de véu de Penélope, que desfazia de noite o que fazia de dia, à espera de Ulisses, que nunca mais vinha, preso dos encantos das sereias do mar de Lisboa, que fundou como Ulissipolis). São eles: José Manuel, Correia de Campos e o seu enorme séquito; ministeriáveis, como Adalbertos, Mendes, que, depois, passam a vida a alimentar os meios de comunicação públicos, denunciando, de dia, os buracos, que abrem, no SNS, de noite: rádios, televisões e jornais, para os que não perderam, de todo, o hábito de ler, à hora do almoço.
A problemática do SNS não é, portanto, o dinheiro, mas a forma, como e onde, é utilizado; é o modelo de organização, que esburaca o sistema e, quanto mais alimento se lhe meter, no esburacado SNS, mais se esvai, pelos buracos da flauta SNS, que os acima referidos, dentre milhares de outros, tocam, magistralmente.
E o povo acredita e sofre com a sua fé;
E os Enfermeiros assobiam, para o lado, quando vêem escolher, pelo método e critérios do Campos, os mais capazes de atrofiar a Profissão, onde se encontram muitos dos que nos criticam, sem notarem, sequer, que criticamos porque estamos a cumprir a nossa missão: combater com meios adequados, tudo e todos os que prejudiquem a Enfermagem, nos seus direitos, que geram os seus deveres, pois não há direitos sem deveres, nem o contrário. Quando se ataca o direito a uma remuneração justa dos Enfermeiros, estão a anular o dever de prestar todos os cuidados necessários e a qualidade dos mesmos.
Os Enfermeiros são o sector mais humano e humanizante do SNS; por isso, sofrem as consequências da sua natureza humana. Ora, quando têm de trabalhar o dobro para auferirem a remuneração, que lhes é devida, por metade dessa sobrecarga de trabalho, é dever nosso denunciar os responsáveis, visto serem autênticos criminosos, mesmo que não vejam o problema por esse prisma. Exploram ao limite a natureza muito humana dos Enfermeiros, sem se preocuparem com as consequências.
São estes fazedores de opinião do género actual e do tipo meia-tigela, que parasitam o SNS, que vão buscar os Médicos reformados, para estarem a mais, (como já estavam antes, fruto da peneiragem da areia, que separa a grossa da fina, para os fins a que se destina, cada uma delas), em certos lugares, sobretudo, nos Centros de Saúde, onde não fazem a falta, que dizem, pois não passam de "triadores de Manchester", mais dispendiosos e mais desajeitados, que os legítimos, os Enfermeiros.
Outros vão buscar, à privada, a parte da remuneração, que seria justo atribuírem aos Enfermeiros (o tal meio magro salário) a quem remuneram mal, para atraírem Médicos, com salários mais altos, onde se inclui a percentagem, que roubam aos Enfermeiros. E estes culpam o Sindicato da desgraça, que começa pela sua adesão a estes esquemas, que os referidos parasitas deixam, como excremento, excretório, por onde passam.
Nós voltaremos ao assunto, pois sabemos que a água é mole; a pedra é dura, mas a batida continuada, sempre fura.
Para não suporem que isto é ficção vejam este texto de apoio:




De que se ri o avozinho?
Até a netinha está a tentar perceber a utilidade prática do símbolo da medicina portuguesa, sobre o seu peito, bem juntinho ao coração...


Tudo que o avozinho diz é mais uma historieta, que ficou por contar!
Ninguém empurra ninguém. Quem os empurra são os maus hábitos de se julgarem mais espertos e com direitos superiores, aos dos outros e porque a publicidade lhes garante um duplo vencimento.
É só apregoar que há tantos milhões sem Médicos de Família e outros tantos milhões, que ainda têm esse construto, mas podem vir a deixar de o ter.
P., chapéus há muitos. (José Azevedo)


O Relatório da OCDE (mais um) bem recomenda, aos nossos surdos governantes, que devem dar mais atenção e facilidades e possibilidades aos Enfermeiros/as, para mostrarem o que sabem e valem, mas, estes governantes, não têm virilidade suficiente, para acabarem com a "galinha dos ovos de ouro", aos Médicos, tornando-os mais iguais, (não no sentido do "triunfo dos porcos" : 7º mandamento; "Todos os animais são iguais, mas há uns que são mais iguais que os outros", de George Orwell, é claro).
Olhem que vendedor de plasma, só há um e, mesmo esse, foi engaiolado, para que conste.
E é bem feito, pois, para ser contratado como vendedor de plasma, destruiu a carreira de Enfermeiro, que o sucessor ainda não refez, porque perturba os Adalbertos (Excluímos do bando, Adalberto Paulo Mendo).
[Sossega, jacaré, porque a lagoa vai secar!!! , diz o ditado]

Com amizade e atenção,
José Azevedo

Até este patusco do Camilo, foi usado para disparar contra a corrente e contra os Enfermeiros, que, na minha pessoa, classifica de pedinchões, porque lá nos negócios, onde escreve, não lhe ensinaram que investir nos Enfermeiros é reduzir despesa, porque não inventam doença; previnem-na e curam-na, porque, para eles, a saúde é um bem a preservar; não é fonte de negócios nem de investimentos, que não sejam a promoção da saúde e a prevenção da doença. É nisto que investem os Enfermeiros.
Claro que se puserem um Médico, onde devia estar só um Enfermeiro, o investimento entra na especialidade económica do Camilo, ao que parece.

                 A PERDER SE GANHA E, MUITAS VEZES, A GANHAR SE PERDE.


 Este caramelo pensante está a confundir-nos com alguém, que conhece mal.
Para já, nós não dizemos aqueles palavrões e chavões; somos um tudo nada mais criativos: mantivemos, e foi caso único, em Portugal, o nosso percurso normal de Sindicato dos Enfermeiros, que perdeu o Norte, para ganhar o mundo; antes, durante e depois do assalto aos Sindicatos, pelos convertidos  do 25 ao PCP.
Mas se dizemos o mesmo há 15 anos, (que exagero de tempo...) é porque as direitas e as esquerdas têm as mesmas manhas, quanto à exploração dos Enfermeiros.
Nem se deu conta, que não nos preocupamos com as empresas que fabricam produtos para exportar, sejam Enfermeiros ou vinho ou azeite, ou esperteza.
A nossa preocupação e empenho é com os que ficam, em Portugal e, destes, os que são nossos Associados.
Camilo pobre coitado: merecia não ser tão usado e que lhe respeitassem mais a careca.

Até escreveu um livro:






































[ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS MUDAR O ESTADO DO PAÍS]

Já o Dr. Salazar, quando os fundadores da 1ª República o foram desinquietar a Coimbra, para fazer um orçamento, que foi o 1º da época, em que a receita se equilibrasse com a despesa, para tirar o país da banca-rota, disse qual era o remédio; «PRODUZIR E POUPAR, assim dizia Salazar».

Ora, vem isto a propósito, de os Enfermeiros serem a força, que vai operar a mudança e o Camilo, segue a via contrária do que escreve, porque se percebesse de economia, mais do que pensa, já tinha descoberto que os Enfermeiros, até os bons conselhos fornecem gratuitamente.
Expôs-se a desacreditar o que escreve e a fazer-nos supor que escreveu aquelas alarvices mal disfarçadas a pedido dos predadores do SNS.
Nem deu conta que não pedimos, porque temos o direito de exigir.
Aqui está, outra das maleitas do SNS: ser observado por observadores que põem os binóculos ao contrário, para verem crocodilos, onde só há lagartixas, e o contrário; confundirem lagartixas com crocodilos.
Basta, Camilo Lourenço!

Ai para o que uma santa Mãe cria um filho!
José Azevedo

sábado, 30 de maio de 2015

ENFERMEIRAS-OS; A FORÇA, QUE VAI FAZER A MUDANÇA




Quem tem dúvidas desta força não tem só isso, tem de ter mais qualquer coisa.



Duas pequenas observações para os mais curiosos:

1 - Quem ofereceu aquelas centenas de voluntários, foram disponíveis Enfermeiras, que, usando os seus telefones particulares (ainda não havia a ideia de telemóvel) bloquearam as linhas telefónicas do Ministério dos Assuntos Sociais, à época, com voluntários, que iam sendo tirados à sorte, e sem autorização dos próprios, da lista telefónica. O regozijo e reconhecimento do êxito do seu apelo, foi sol de pouca dura. 
Quando o Sr. Secretário de Estado da Saúde, foi informado pelo presidente do Comité Nacional da Greve (eu próprio) de que devia fazer a experiência, contactando um, ou mais, dos voluntários, que não passavam duma selecção aleatória, que o Comité Nacional da Greve fez, na emergência, constataria que já íamos, muito à frente, em questões de estratégia. E o Secretário, sabedor da verdade evidente das nossas informações, foi de baixa, porque a ideia de convidar os estranhos tinha sido dele. A diarreia tomou conta dele e do seu fracasso.

2 - Reparem como, em 1976, raciocinavam os Enfermeiros Comunistas, aliás arredados da Direcção do Sindicato, hoje SEP, acerca das greves. É por estas e por muitas outras que o atual Ministro da Saúde, classifica as greves, que fazem de: banais, inócuas, rotineiras, como as dos transportes.
Como nunca ninguém os ensinou a jogar bridje, nem póquer, não sabem esconder o jogo. O resultado está à vista: perde sempre a Enfermagem.
Se, no mínimo, soubessem os contornos do conceito da proporcionalidade, sabiam que o do "sol na eira e chuva no nabal" não se adequa a greves, muito menos de Enfermeiros. 

Convém lembrar que, na diáspora dos Enfermeiros, pelo orbe terráqueo, alguns foram parar à Finlândia, levando na bagagem o livro, cuja capa se expõe, aqui.
Foi, precisamente, usando a mesma ameaça de abandono dos serviços , que usáramos em 1976, que as nossas colegas finlandesas conseguiram transformar a sua greve, num êxito, em 2011.


Com amizade,
José Azevedo






sexta-feira, 29 de maio de 2015

SANTA MARIA PORQUÊ???????????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!






{Vamos estar atentos para vermos onde está a razão ou razões deste gato miar.
Temos de ir à procura dos ratos, que o gato denuncia.
Vamos saber quantos Adalbertos há ou se algum tem mais que uma cara. E se tem mais, quantas tem ao certo?
Quem se lembra, ainda do presidente da ética e da forma como foi pressionado?
Quem sabe as semelhanças que há entre a Maçonaria e a Obra de Deus (Opus Dei)?
Quem sabe o nome do Papa que expulsou a Maçonaria da Igreja e abriu a Porta à Opus Dei?
Qual o fim de juntar estas organizações e culpá-las a ambas num aparente jogo de espelhos?
Quem encomendou o trabalho dito de investigação a dita investigadora que até usou um método científico!...
Mas haverá investigação sem esse método?

Sabendo-se que a SAÚDE passou do ócio para o negócio, quem estará a promover a bastante visível estratégia da cegonha e da raposa face à localização do caçador?




Hospital de Santa Maria investigado por “cunhas” e suspeitas de corrupção

Ex-director clínico do hospital que fez denúncias de alegadas ilegalidades em Fevereiro diz que ainda não foi ouvido pela Inspecção das Actividades em Saúde nem pelo Tribunal de Contas.



O Hospital de Santa Maria (Lisboa), um dos três maiores do país, foi quarta-feira abalado pela divulgação de um estudo que conclui que esta unidade onde trabalham quase sete mil pessoas estará sob a influência de “uma teia de lealdades a partidos políticos, a lojas maçónicas e a organizações católicas” e onde serão comuns actos de pequena corrupção, como "trocas de favores".
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de averiguações e a organização católica Opus Dei apressou-se a desmentir tal conclusão, sublinhando que não foi sequer contactada pelos investigadores. O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (a que pertence o Hospital de Santa Maria) recusou-se a comentar “um estudo que desconhece”.
A averiguação da IGAS vai ser integrada numa investigação que a inspecção já tem em curso e que foi aberta a pedido do ministro da Saúde, na sequência de denúncias de alegadas ilegalidades feitas pelo anterior director clínico do hospital, Miguel Oliveira e Silva. “Não estou surpreendido com as conclusões deste estudo”, diz ao PÚBLICO o médico que em 13 de Fevereiro abandonou o cargo, depois de ter denunciado, junto do Conselho de Administração do hospital, que havia material para doenças cardiovasculares, como próteses, e material ortopédico que estaria a ser adquirido “sem caderno de encargos”.
Miguel Oliveira e Silva afirma que, além disso, entregou em mãos à IGAS e ao Tribunal de Contas um dossier sobre “as obras da consulta de cardiologia que deveriam ter acabado em Agosto” e se foram prolongando no tempo, ultrapassando em muito o orçamento inicial. “Até hoje, porém, ainda ninguém me ouviu”, lamenta  o médico, que foi presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e permaneceu poucos meses no cargo de director clínico.
Oliveira e Silva recorda ainda que foram os directores de vários serviços, nomeadamente de cirurgia vascular e cardiotorácica, que pediram a realização de um inquérito à administração do hospital por causa do material que estaria a ser comprado sem caderno de encargos. “A informação do departamento de compras foi a de que não havia caderno de encargos e até hoje não foi desmentida”, sublinha.
As conclusões do estudo que esta quinta-feira vai ser apresentado em Lisboa são de natureza diversa. O Hospital de Santa Maria é uma das seis instituições avaliadas no estudo “Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal” que é patrocinado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. As outras organizações são a EDP, os CTT, a Euronext Lisboa (Bolsa de Valores), a Autoridade Tributária e a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) e a classificação foi efectuada considerando factores internos (grau de meritocracia, imunidade à corrupção e “ilhas de poder”)  e externos (proactividade, abertura tecnológica e aliados).
Foi justamente nas três primeiros que o Santa Maria recebeu nota negativa. Os investigadores (da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade de Princeton) frisam no relatório que a situação mais “problemática” que encontraram foi a deste hospital, onde a “meritocracia” estará mais “comprometida” por uma combinação de factores. 
Na parte referente ao Santa Maria - e que é da responsabilidade da socióloga Sónia Pires - afirma-se que neste hospital são “prática comum” actos de pequena corrupção como a “troca de favores”. Exemplos? Fazer “passar à frente nas listas de espera amigos e familiares” ou um médico "canalizar doentes que têm que fazer análises para laboratórios privados dos quais é sócio”. São afirmações atribuídas a dirigentes e funcionários do hospital que responderam a um inquérito e foram entrevistados entre 2012 e 2013 . No total foram 29 os que quiseram dar o seu testemunho. A taxa de resposta aos mais de 200 inquéritos foi de 17%, pelo que as conclusões deverão ser lidas com cautela.  O facto é que nenhum dos inquiridos disse acreditar na ausência de corrupção no hospital, segundo os investigadores.
A imagem do hospital sai assim muito chamuscada no retrato traçado nesta análise, em que se afirma que os interesses públicos e e privados de "grupos poderosos", nomeadamente na classe médica e nas direcções de serviços, chegam a condicionar o funcionamento da unidade. À TSF, Sónia Pires sublinhou, porém, que se passa no Santa Maria não é um caso isolado e deverá verificar-se também noutros hospitais do país.
Além disso, os investigadores sublinham que a situação era pior há uma década, quando “estava fora de controlo”. Não havia, por exemplo, “registos de utilização do equipamento” e verificavam-se “roubos regulares, por parte de médicos e de outro pessoal, que se serviam a seu bel-prazer dos armazéns do hospital para fornecer as suas clínicas privadas".