quinta-feira, 28 de março de 2013

Saúde 21 - META 1


SAÚDE 21
As consequências Políticas da Declaração de Munique para as Reformas do SNS
A política de Saúde para a Região Europeia da OMS, no Século 21:
- Alcançar um potencial de saúde para todos;
- Reforço dos Cuidados de Saúde Primários;
- Serviços orientados para a comunidade e para a família.
Saúde para todos: 21 Metas da OMS.
META 1
«Solidariedade para a Saúde na Região Europeia
No ano de 2020 a desigualdade nos níveis de saúde entre estados membros da Região Europeia deverá estar reduzida em, pelo menos, um terço (1/3).»

Vamos dar inicio à publicação destas 21 metas para que os Enfermeiros que as não conhecem passem a comparar como estamos afastados das directrizes que a OMS traçou para a Região Europeia, que integramos.
Não é preciso fazer grandes críticas, pois são metas que falam por si, numa linguagem bastante acessível e universal.
Até podemos ver quem é que tem estado a subsumir o papel dos Enfermeiros e a transformar Cuidados de Saúde num amplo consultório, como se de consultas vivesse a Saúde da Comunidade e não de cuidados adequados por Enfermeiros às necessidades.
Vamos publicar o que os Enfermeiros e não só precisam de saber.

META 2

EQUIDADEE NA SAÚDE

«No ano 2020 a desigualdade de saúde entre grupos sócio-económicos de cada país deverá ser reduzida para, pelo menos, um quarto (1/4), em todos os Estados Membros, da Região Europeia, através de uma melhoria substancial do nível de saúde de grupos desfavorecidos».

META 3

INICIO DE VIDA SAUDÁVEL

«No ano 2020, todos os recem-nascidos e crianças até à idade pré-escolar deverão ter uma melhor saúde, assegurando um início de vida saudável.»

META 4

SAÚDE PARA OS JOVENS

«No ano 2020 os jovens da Região Europeia deverão ser mais saudáveis e mais capazes de atingir os seus papéis na sociedade ».


META 5

ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

«No ano 2020 as pessoas com mais de 65 anos deverão ter a oportunidade de gozar em pleno o seu potencial de saúde e ter um papel social activo».


META 6

MELHORAR A SAÚDE MENTAL

«No ano 2020 o bem estar psicossocial deverá estar melhorado e deverão estar disponíveis e acessíveis melhores serviços para pessoas com problemas de saúde mental».


META 7

REDUZIR AS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

«No ano 2020 os efeitos adversos das doenças transmissíveis deverão ser substancialmente diminuídos, através de programas para erradicar doenças infecciosas com importância para a saúde pública».


META 8

REDUZIR AS DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

«No ano 2020 a morbilidade, Incapacidade e Mortalidade precoce relacionadas com as principais doenças crónicas deverão estar reduzidas aos mais baixos níveis, em toda a Região».


META 9 

REDUZIR AS LESÕES RESULTANTES DE ACIDENTES E VIOLÊNCIA

« No ano de 2020 deverá haver uma diminuição significativa e substancial das lesões, incapacidades e mortes resultantes de acidentes e violência».


META 10

AMBIENTE FÍSICO SAUDÁVEL E SEGURO

«No ano 2015 as pessoas deverão viver num ambiente físico mais saudável com uma exposição a contaminantes prejudiciais à saúde a níveis que não excedam os padrões acordados internacionalmente».


META 11

VIVER MAIS SAUDÁVEL

«No ano 2015 as pessoas das diferentes sociedades deverão adoptar estilos de vida mais saudáveis».


META 12

REDUZIR OS MALEFÍCIOS DO ÁLCOOL, DROGAS E TABACO

«No ano 2015 os efeitos adversos resultantes do consumo de substâncias aditivas tais como tabaco, álcool e drogas psicoactivas deverão estar significativamente reduzidos».


META 13

ESTRUTURAS PARA A SAÚDE

« No ano 2015 as pessoas deverão ter maior oportunidade de viver em ambientes saudáveis em casa, na escola, no local de trabalho e na sua comunidade».


META 14

RESPONSABILIDADES MULTISECTORIAIS PELA SAÚDE

« No ano 2020 todos os sectores deverão ter reconhecido e aceite a sua responsabilidade na saúde».


META 15

SECTOR DA SAÚDE INTEGRADO

« No ano 2020 as pessoas deverão ter melhor acesso aos cuidados de saúde primários orientados para a família e comunidade e suportados por um sistema hospitalar flexível e responsável».


META 16

GERIR PARA A QUALIDADE DOS CUIDADOS

« No ano 2020 os Estados Membros deverão garantir que a gestão do sector de cuidados de saúde, desde os programas baseados na saúde da população, até cuidados individuais ao doente no hospital, está orientada para resultados de saúde».


META 17

FINANCIAR SERVIÇOS DE SAÚDE E MOBILIZAR RECURSOS

« No ano 2010 os Estados Membros deverão ter um financiamento sustentado com mecanismos de mobilização de recursos e serviços de cuidados de igualdade de acesso, co-eficácia, solidariedade e optimização de qualidade».


META 18

DESENVOLVER RECURSOS HUMANOS PARA A SAÚDE

« No anos 2010 todos os Estados Membros deverão garantir que os profissionais da saúde e os profissionais de outros sectores terão adquirido conhecimentos, atitudes e perícias para proteger e promover a saúde».


META 19

INVESTIGAÇÃO E CONHECIMENTO PARA A SAÚDE

«No ano 2020 todos os Estados Membros deverão ter informação resultante de investigação e sistemas de comunicação que sustentem mais bem a aquisição, utilização eficaz e disseminação do conhecimento para apoiar a saúde para todos».


META 20

MOBILIZAR OS PARCEIROS PARA A SAÚDE

«No ano 2005 a implementação de políticas de saúde para todos deverá comprometer indivíduos, grupos e organizações, através dos sectores público e privado e sociedade civil, em alianças e parcerias para a saúde para todos».


META 21

POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS DE SAÚDE PARA TODOS

« No ano 2010 os Estados Membros deverão ter e estar a implementar políticas de saúde para todos a nível nacional, regional e local, sustentadas por estruturas institucionais adequadas, processos de gestão e lideranças inovadoras».


ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIAS:

- CICLO VITAL E FAMÍLIA,
- FACTORES DE RISCO E FACTORES PROTECTORES,
- PROBLEMAS ESPECÍFICOS,
- MEIO AMBIENTE.


O ENFERMEIRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA


« Através da detecção imediata asseguram que os problemas de saúde das famílias sejam tratados em estádios iniciais.

- Com o seu conhecimento das questões sociais, institucionais e de saúde pública, podem identificar os efeitos dos factos sócio-económicos  na saúde familiar e referenciá-los para a instituição adequada.

- Podem facilitar a alta precoce do hospital através da prestação de cuidados no domicílio (continuidade de cuidados) e podem actuar  como elo de ligação entre família e o médico de saúde familiar, substituindo o médico nas situações em que as necessidades identificadas são da natureza relevante para a actuação do Enfermeiro.

- O Enfermeiro responsável por um grupo bem definido de famílias deverá ajudar os indivíduos e as famílias a adaptarem-se à doença e incapacidade crónica, ou durante os períodos de stress, e utilizar a maior parte do seu tempo de trabalho no domicílio dos utentes e junto das famílias destes.

- Estes Enfermeiros fazem aconselhamento relativamente aos estilos de vida e aos factores de risco comportamentais, bem como assistem as famílias em assuntos relativos à saúde

SAÚDE 21 

DECLARAÇÃO DE MUNIQUE:

- Um Compromisso dos Políticos;

-Um Desafio para os Enfermeiros

UM COMPROMISSO DOS POLÍTICOS:

- Para garantir a participação dos Enfermeiros a todos os níveis do sistema de saúde;
- Para vencer os obstáculos ao recrutamento de mais Enfermeiros;

- Para desenvolver incentivos económicos e de oportunidades de carreira;

- Para criar oportunidades para que Enfermeiros e Médicos estudem em conjunto na formação inicial (tronco comum) e nas pós graduações;

Para estabelecer programas e serviços de Enfermagem comunitária;

- Para estabelecer programas e serviços de Enfermagem comunitária centrados na família, incluindo quando apropriado o Enfermeiro der Saúde Comunitária;

- Para reforçar o papel dos Enfermeiros em Saúde Pública: estratégias globais de planeamento de efectivos e existência de enquadramentos legislativos a todos os níveis dos sistemas de saúde.

UM DESAFIO PARA OS ENFERMEIROS:

- A família centro da dinâmica dos cuidados;

- A família centro de mobilização de recursos;

- A família centro de desenvolvimento de competências científicas e relacionais.

Ser um efectivo elemento na equipa interdisciplinar, ser gestor e organizador de recursos com vista ao máximo de autonomia daqueles a quem dirige a sua intervenção.
Ser interventor na elaboração de políticas locais e nacionais.

Um novo e importante papel DO ENFERMEIRO na realização das mudanças estratégicas:
Ser um prestador de cuidados que combina a promoção da saúde e a prevenção das doenças com a actuação e responsabilidades clínicas dirigidas aos membros das famílias.
Ser para cada família a referência e o suporte qualificado na resposta às suas necessidades.

"A DIFERENÇA ENTRE O POSSÍVEL E O IMPOSSÍVEL, DEPENDE DA DETERMINAÇÃO DE CADA UM".

" A CONCRETIZAÇÃO DA SAÚDE 21 TAMBÉM PASSA PELOS ENFERMEIROS, SOBRETUDO, PELOS ENFERMEIROS"

"ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, SE BATER MUITO E SEMPRE, ATÉ A FURA!"





ESTÃO A FATURAR MENOS !...



Já meteram mais a unha, não obstante.
Estávamos a lavrar o epitáfio do que tem sido a política da USF.
Manuel Pizzarro de seu nome, Secretário de Estado de e da Saúde no governo do Ressuscitado, dizia pela Páscoa haver Médicos a ganharem nos Centros de Saúde entre 25 e 30 mil euros por mês. Ora se dividirmos os atuais 100 mil por ano, contando que tem 12 meses, com ou sem Troika dá uma média mensal de 8 mil e 333,33333333333333333333 euros.
Não percebemos qual a admiração, pois houve um franco progresso dos 25 a 30 mil no consulado de Manuel P.
 E se forem a Bragança, onde se fecham Enfermarias para montar quartos para anestesista e cirrurgiões que foram transladados de Mirandela, para a camarata de Bragança, onde já não há cirurgias vespertinas, daí a deslocalização, para Bragança onde também não há disso, nem probabilidades de vir a haver, o que permite a estes técnicos altamente qualificados trabalharem e dormirem em dormitórios pagos pelo hospital que fecha Enfermarias por falta de doentes, trabalharem dormitem bem sossegados 72 horas consecutivas pagas a peso de ouro de lei, então verão o que é a seletividade desta crise que nos oprime e a eles não e a e l e s  nãaaaaaaaaaão!
Mas se, na passada investigatória, forem ver quanto ganham certos diretores monopolistas do HSJ, onde o palrador presidente de Conselho de Administração, comentarista de causas perdidas, ainda não chegou como é o caso dos "trombovítimas", talvez poupemos uns euros para fazer a atualização dos Enfermeiros que têm de ganhar o hábito de se informarem do que ganham os seus parceiros do lado.
 Aliás, esta é uma das causas principais por que vão afastando os Enfermeiros da Gestão, através de nauseabundos Regulamentos Internos, para não serem perturbados por eles, com perguntas incómodas, só havendo tolerância para os acomodados, mas desde que não belisquem estas roubalheiras oficializadas e justificadas com a "crendendice" popular.
Um dia, ainda havemos de ver as populações em manifestações espontâneas a reclamarem pela presença mais efectiva dos Enfermeiros; ainda veremos (????).

Ministro da Saúde defende "atuação forte" para médicos com remunerações indevidas!

Inspeção da Saúde detetou médicos de família a ganhar mais de 100 mil euros por ano

28 de março de 2013 - 12h30

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu hoje uma “atuação forte” para que não se repitam os casos de médicos de família que alegadamente receberam remunerações indevidas e recomendou que os conselhos de administração estejam atentos.

Já ontem o ministro disse ter ordenado a instauração de processos disciplinares aos médicos que receberam indevidamente elevadas verbas de incentivos e horas extraordinárias para realizar cirurgias em horário normal de trabalho. Paulo Macedo acrescentou que foi pedido um novo balanço à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a qual terá de ser entregue “nos próximos meses”. 

A Inspeção da Saúde detetou médicos de família a ganhar mais de 100 mil euros por ano.

Casos pontuais

“Há casos que têm que ser corrigidos e corrigidos de uma forma determinada”, salientou o governante que frisou, porém, tratarem-se de casos “pontuais face àquilo que são dezenas de milhares de profissionais médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde e que na sua esmagadora maioria cumprem e têm uma elevada dedicação”.

Já quanto aos médicos que recebam remunerações indevidas, Paulo Macedo defendeu que “há que agir” quer “ao nível interno quando caso disso, quer através dos conselhos de administração, quer através da inspeção de atividades em saúde, quer também, quando se justifica, designadamente nas fraudes que são conhecidas, relativamente às prescrições de medicamentos indevidas, através do Ministério Público e da Polícia Judiciária”.

Segundo a notícia, “um só médico a trabalhar num centro de saúde na região centro chegou a receber quase 250 mil euros em incentivos e horas extraordinárias”.

SAPO Saúde com Lusa

Há médicos a receber incentivos para operar no horário normal

Oftalmologista recebeu do Estado mais de um milhão e duzentos mil euros de forma indevida+

quarta-feira, 27 de março de 2013

UMA RECEITA PARA O SNS Português


UMA RECEITA PARA O SNS PORTUGUES
Em 21/02/2013, na agência Reuters podia ler-se, o que os nossos “média” não viram ou não quiseram ver:
Basicamente, o artigo diz que os médicos precisam de reconsiderar a maneira como praticam “atos médicos”, porque "mais, em saúde, não significa melhor " e chega mesmo a dizer que há demasiados testes médicos, que são feitos sem necessidade e, em muitos casos, podem aumentar o risco de cancro, ou piorar o estado de saúde do doente. Não admira, pois, que a fabriqueta do nosso SNS não tenha beneficiado destes sábios avisos.
Deste modo:
«É assim que muitos exames médicos, tratamentos e outros procedimentos - muito utilizados, há décadas, - há médicos que já notaram como, quase sempre, são desnecessários e, muitas vezes, são prejudiciais; assim, médicos e doentes devem, portanto, evitar exageros e levar mais a sério esta questão.

As listas de procedimentos lançadas, na quinta-feira, pelas associações profissionais de 17 especialidades médicas, que vão da neurologia e oftalmologia, à cirurgia torácica, integram a campanha: - "escolher com sabedoria", organizada pela Câmara Americana de Medicina Interna, visando sensibilizar os médicos a não executarem procedimentos inúteis e passando a palavra para que entendam o seu significado redutor e sábio, sem se ofenderem com isso.

Os americanos têm a visão de que em saúde: - "mais não é igual a melhor", disse um dia o dr. Glenn Stream, médico de família, que identificou 10 procedimentos desnecessários, ou prejudiciais.

Há um conjunto de coisa, feitas frequentemente, que não contribuem para a melhorar a saúde das pessoas e, até, podem ser mesmo prejudiciais.


Num ou noutro caso excecional, um procedimento, que não produz benefícios para a grande maioria das pessoas, pode ser útil a uma delas. É por isso, que os médicos salientam que só estão a desaconselhar o uso rotineiro de testes e terapias, geralmente desnecessários.
{Em Portugal, chama-se as estas coisas inúteis, “medicina defensiva”, porque, um dia, alguém se lembrou de acusar de negligência um médico, que se esqueceu de pedir uma glicemia, a um hipotético diabético, como alavanca para o comércio instalado, a render vultosas comissões aos seus municiadores. Foi quanto bastou para montar o uso rotineiro de exames desnecessários, senão mesmo prejudiciais ao consumidor, alem de dispendiosos para o SNS}.
Por exemplo; a Academia Americana de Pediatria afirma que os médicos "devem questionar" o uso de TAC, em menores, com dores de cabeça e abdominais, pois que, além de não melhorarem o diagnóstico, aumentam o risco de cancro. Mas, se os médicos suspeitam de algo estranho, podem prescrever uma bateria de testes.

Para a maior parte dos especialistas, não há que olhar a custos, quando prescrevem exames complementares. Se o seu conselho fosse seguido, no entanto, seria possível economizar biliões de dólares, anualmente, evitando coisas desnecessárias, disse o dr. John Santa, diretor do Centro de Investigação de Consumos e Impostos. É um parceiro nas escolhas racionais.

Num grande grupo médico, com 300.000 pacientes o Dr. John Santa calculou que seguindo o conselho da “Escolha Inteligente”, em 2 procedimentos: eletrocardiograma e densidade óssea, reduziria a faturação em um milhão de dólares, por ano. Mas a nível nacional, significa um bilião de dólares.
O grupo de especialidades médicas trouxe um lote de 5 procedimentos para analisar. Porém, a maioria dos itens começa com um enfático "não". Os procedimentos especiais vão desde o banal ao esotérico (ouvido de nadador, repensando testes, pré-operatórios).

Outros especialistas dizem que não usam antibióticos orais em crianças, com menos de 4 anos, nas otites e gripes; como também não usam drogas para manter o nível de açúcar, no sangue, em adultos idosos, com diabetes tipo 2, com limites apertados. Não há nenhuma "evidência" de que o "controlo glicémico" amplamente praticado - seja benéfico - disse a "American Geriatrics Society". Pelo contrário; os medicamentos usados, no controlo apertado da diabetes, aumentam a mortalidade, pois este controlo, quando demasiado apertado, em si, pode aumentar o perigo de morte, porque pode provocar a hipoglicemia.

Certas recomendações, uma vez adotadas, originariam mudanças significativas, no atendimento do doente. Os geriatras, por exemplo, recomendam o não uso de alimentação por sonda nasogástrica, em doentes com estado de demência, muito avançado, porque provocam feridas e outros problemas, que uma alimentação, cuidadosamente administrada, pode evitar.


Quem já foi operado, tendo um bom estado físico geral, pode simpatizar com a ideia de rejeição de vários testes pré-operatórios. Mas, agora, os oftalmologistas aconselham o ECG e pesquisa de glicose, antes das cirurgias oculares, excetuando os que já são cardíacos ou diabéticos, por estarem controlados.

Já há muitos médicos a desaconselharem muitos procedimentos como; a colheita de imagens para as lombalgias (a menos que a dor dure há mais de 6 semanas), assim como qualquer triagem cardíaca, incluindo ECG, em pacientes sem sintomatologia cardíaca.


O uso, em larga escala "DEXA" - triagem pelo RX na osteoporose - , tornou-se prática corrente, na mira dos reumatologistas. Mas esse exame não deve ser feito, senão de 2 em 2 anos, pois as alterações, na densidade óssea, em períodos mais curtos, são inferiores, à margem de erro das máquinas de medição e isto pode levar as mulheres examinadas a pensarem que estão a perder massa óssea, quando, na verdade, não estão.

Retirada do DEFCON I

Outros "de não te" pode ser difícil, vendem a pacientes para os quais a ideia de qualquer anormalidade requer a versão da medicina do Defcon 1

Por exemplo; aparecimento de células anormais, no colo do útero.
O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologias (ACOG)(Ginecobstetras) diz não tratar as mulheres, cujo teste de Papanicolau, para rastreio de cancro do colo do útero encontra displasia menor que as anormalidades que persistem, durante dois anos.

"Danos do tratamento, no colo do útero são o aumento de risco em gravidez posterior", disse o vice-presidente executivo ACOG, Dr. Hal Lawrence. As células anormais são, quase sempre, o resultado de uma infeção vírica, que o organismo elimina, por si; mas nas mulheres que pensam que isso significa o cancro cervical iminente terá de se ser convincente, com elas.

Se os médicos adotarem as recomendações da sua especialidade, com visitas ao médico para algumas doenças crónicas, seria muito diferente. Pacientes com dores de cabeça, recorrentes, não iriam necessitar do eletroencefalograma (EEG), que não melhora o resultado.

E reumatologistas não iriam usar Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para motorizar as articulações, em doentes com artrite reumatoide; uma avaliação clínica é boa e suficiente.

As mulheres, em particular, iriam receber cuidados bastante diferentes. Os menores de 21 anos e aquelas que fizeram uma histerectomia para nada, desnecessária, significa que o cancro não deve ter papanicolau em tudo, dizem os especialistas. Outras mulheres devem começar a fazer os testes, de 3 em 3 anos e não anualmente, nas idades, entre os 30 e 65 anos.

"Fizemos um grande trabalho de treino para todos; mulheres e médicos, para conseguirmos um teste de papanicolau anual", disse Lawrence da ACOG; agora, verificado o exagero, temos de contrariá-los: isso não vai ser fácil.

A primeira lista "Escolher 45 procedimentos com Inteligência e Sabedoria", foi lançada, em Abril 2012, tempo demasiado próximo, para que haja dados concretos, seguros, quanto a constatar se eles estão a mudar a prática, ou não. Algumas dessas batalhas foram lançadas, há anos, com pouco ou nenhum sucesso.

A ACOG tem vindo a tentar reduzir a taxa de cesarianas eletivas, por décadas, e a sua "escolha inteligente e sábia", não é para agendar cesarianas eletivas ou induzir o parto, antes das 39 semanas. A taxa de cesarianas dos EUA, foi de 33%, em 2009, acima dos 21% de 1996, portanto, como mostram os dados federais.

PIOR PARA OS BÉBÉS, MAS MELHOR PARA A RECEITA


A experiência de Intermountain Healthcare, um grupo de hospitais e clínicas, em Utah, sugere a causa do fenómeno. A organização sem fins lucrativos, ainda recentemente reduziu a sua taxa de induções de trabalhos de parto inadequados e cesarianas, de 28% de nascimentos, para 2%, o que reduziu 50 milhões de dólares anuais, nas despesas com a saúde, sobretudo por reduzir o uso da unidade de cuidados intensivos, em neonatologia, onde iam parar muitos bebés, nascidos por cesariana.
Por outro lado, o Intermountain, também perdeu, por outro lado, 9 milhões, em faturação anual.

"No nosso sistema nacional de saúde (o americano) com taxas de serviços, disse Papai Consumer Reports" pobres e fracos resultados clínicos para os bebés, melhoram fluxos de receita, para os hospitais"; melhoria no atendimento pode reduzir a receita dos hospitais.
(por isso o Intermountain perdeu 9 milhões...)

Muitos grupos empresariais assinaram o método "Escolher com Sabedoria", esperando que isso irá reduzir os custos da saúde, sempre a crescerem.
Por exemplo; o Conselho Empresarial Nacional de Saúde, com 7.000 membros do empregador e do Grupo de Negócios de Saúde Nacional, tem representação das empresas Fortune 500 e outros grandes empregadores, estão a distribuir aos seus membros material educativo, desenvolvido pela “Consumer Reports”, um parceiro no método da "Escolha Inteligente e Sábia".

Eles têm o cuidado de enfatizar que o conselho
(o imperativo) vem dos médicos. "Se os empregadores dizem que você não deve ter todos esses exames ou procedimentos, vai inevitavelmente ser isso visto como:"
- o meu patrão não quer gastar o dinheiro para lhes dar cobertura - disse Helen Darling, presidente do Grupo de Negócios.
Há páginas e páginas de listas a levantar uma questão óbvia:
Como é que tantos procedimentos sendo inúteis e, até mesmo, perigosos, são tão profusamente utilizados?
A explicação:

Por um lado, não há nenhuma exigência regulamentar para os médicos terem de provar que um novo procedimento, que começam a usar, vá ajudar os doentes, ou não, a melhorarem a sua situação; ao contrário do que acontece com os fabricantes de medicamentos, que têm de demonstrar a eficácia do medicamento, antes de vender um produto farmacêutico novo, os médicos não têm de provar coisa semelhante; é a sua convicção ou outras coisas, que se impõem.
Por outro lado; "os americanos querem a coisa mais recente, o mais novo" disse Howard Brody, da Universidade dom Texas Medical Branch, cujo desafio, para 2010, é os médicos identificarem testes inúteis e tratamentos inspirados no, "Escolher com Sabedoria".
"Entusiasmo tecnológico, por parte dos médicos e do público, em geral, torna-os disponíveis para adotarem coisas novas, sem testes experimentais rigorosos. Somente, anos mais tarde, e só se e, quando os estudos são casualmente feitos, com rigor científico, verificamos que aquilo não é bom"!

Infelizmente a história próxima e distante, demonstra a frequência indesejável destes acidentes de percurso e entusiasmo, apriorístico!

Este texto foi feito para os americanos, onde muitos dos nossos "sábios de ocasião" vão inspirar-se, para virem, depois, para o lado de cá, do Oceano Atlântico praticarem, porque não têm de demonstrar nada, como os Médicos. Quando se comprova a sua inutilidade, é tarde e os prejuízos são enormes. Estamos nesse ponto onde médicos e administradores são responsáveis pelo afastamento dos Enfermeiros da gestão, porque a sua comparticipação economiza e reduz lucros pouco ou nada úteis, para a saúde, onde “mais procedimentos (exames, drogas) não querem dizer melhorar a qualidade”.
Aqui, é oportuno recomendar a leitura dos "Inventores das Doenças" de Jörg Blech, para se verem os efeitos da imaginação criadora e como se criam os hipocondríacos saudáveis, desejosos de serem doentes, porque isso liberta-os do mal de terem saúde; de terem uma alma sã num corpo são.

terça-feira, 26 de março de 2013

OS CUIDADOS CONTINUADOS E A RAZÃO




 Hoje é notícia a falta de camas de cuidados continuados, por falta de recursos materiais e humanos, o que retém os convalescentes em meio hospitalar, mais dispendioso.
É a crise!
Mas pior do que a crise é a crise da crise.

A lógica da guerra não se está a aplicar à saúde, não obstante as semelhanças.
Dizem os que estão sempre a falar e a escrever que a “guerra é coisa demasiado séria para ser deixada, exclusivamente, na mão dos generais”.

Este tipo de raciocínio pode ser usado, no outro que dizia que; “os ovos nunca se devem pôr todos no mesmo cesto”.
O erro mais clamoroso, cometido no SNS, não é o da sua sustentabilidade, mas sim o de não lhe aplicarem a lógica da guerra; não usar com os médicos, o mesmo critério usado com os generais.

Se não houvesse tantos receios infundados, nos políticos responsáveis, já teriam pensado que: “a saúde do Povo é coisa demasiado séria para ser deixada, exclusivamente entregue, à gestão dos Médicos; é como entregar a chave da casa ao ladrão, para ninguém a assaltar”.

É tão evidente a necessidade de diversificar a gestão do SNS, acabando com o monopólio do Médico, que não se entende por que espera o Ministério da Saúde para legislar nesse sentido. Todavia, cada vez mais se agrava esta hegemonia, como provam os Regulamentos Internos de efeito contrário ao previsto.

Numa análise atenta, descomprometida, facilmente se percebe que a rede de continuidade de cuidados é, genericamente, uma rede de cuidados de Enfermagem, que se organizam por si e consigo; por isso, há todas as vantagens em que sejam os Enfermeiros a organizá-la e a geri-la, entrando o Médico, na rede, no mínimo indispensável, visto que é a continuidade dos cuidados de Enfermagem, que está em causa; nem são os diagnósticos nem os prognósticos.
Passa-se com os cuidados continuados ou antes; continuidade de cuidados, o mesmo que com as Unidades de Saúde Familiares (USF). A experiência tem demonstrado que se devia dar prioridade às Unidades de Cuidados Comunitários (UCC), passando os Enfermeiros a controlar as situações o que embaratecia os custos de prestação.

Entretanto, as dificuldades que se levantam ao seu desenvolvimento e funcionamento são tão grandes que desincentivam os voluntários a fazerem propostas para a sua implantação, no terreno. São conhecidas as enormes dificuldades que se levantam ao seu funcionamento; começam nas autorizações de criação; continuam com as limitações que lhes são impostas, quer quanto ao fornecimento de materiais, quer quanto à manutenção mínima de Enfermeiros, que as ponham a funcionar, passando pelo espaço de funcionamento que contrasta escandalosamente com o luxo de outro tipo de Unidades de Saúde.

Não é nada difícil provar que a maioria dos cuidados que se prestam num hospital é de cuidados de Enfermagem adequados. À medida que esses cuidados se tornam exequíveis noutros ambientes, sejam as residências dos doentes/convalescentes, sejam Unidades de continuidade de cuidados de Enfermagem, que podem evoluir para a cura ou cronicidade, o Médico, só deve aparecer, no mínimo indispensável, pois é reduzido o seu papel, comparativamente. Para alterar as terapêuticas, que tendem a ser de manutenção, não é necessária a presença do Médico, pelo contrário; só complica e encarece.

Mas não se está a inventar nada nem a dizer coisas que uma maior atenção descorporativizada possa comprovar. Aliás, quando se começou a falar nas redes de “cuidados continuados”, pensava-se que seriam os Enfermeiros os técnicos a instalar nelas.

Começariam, nos hospitais, as seleções do nível de dependência dos utentes e o seu encaminhamento, de acordo com esse grau de dependência, sem que o Médico faça qualquer falta, nestes processos. Introduzi-lo, na rede, é complicar tudo, pois começa logo por querer mandar e, à sua maneira e não de acordo com as necessidades e circunstâncias.  Isto quando não retarda a alta do doente convalescente ou crónico, que também esta devia ser controlada pelos Enfermeiros, na teoria, mas sobretudo, na prática.

Destes CC passemos aos paliativos, que começam, exatamente onde acaba a esperança na medicina. Os “desenganados” só precisam de cuidados de Enfermagem, na sua inevitável caminhada para a morte, que se pretende serena e humana. Introduzir o Médico, aqui, mais do que para prescrever um analgésico, é desvirtuar, abusivamente e desrespeitosamente, a natureza dos cuidados paliativos e o seu destinatário. É escarnecer da sua situação terminal desenganada.

Não sabemos se é uma qualquer tendência para o abismo, ou a dificuldade em cada grupo profissional exercer livre e plenamente as suas competências, de acordo com a racionalidade do SNS, que está em causa. Pode ser um pouco de cada. Mas as circunstâncias e, antes destas, a razoabilidade, exige manter os complicadores no seu devido lugar, pois, também esta estratégia é fundamental, e de que maneira, para a sustentabilidade dos SNS.

Quem nos impede de sermos mais razoáveis?

E  QUEM IMPEDE OS GOVERNANTES DE SEREM ISSO MESMO?



segunda-feira, 25 de março de 2013

OS REGULAMENTOS INTERNOS


Acabámos de ver mais um dos pedações de regulamentação de Centro Hospitalar E.P.E, versão corrigida para pior dos Centros Hospitalares SA. O nojo que nos mete o saloiismo bacoco, desta gente que não faz nada, mas rigorosamente nada, sem os Enfermeiros, a render-se à horda de gestores, para nos humilharem (tentarem humilhar), também estes incapazes de fazerem o que quer que seja de útil, sem as orientações dos Enfermeiros, dá para vomitar em cima dos regulamentos que estão a produzir, na tentativa de marginalizarem os Enfermeiros, os que mais do que todos eles, estão por direito pleno, nos hospitais, a produzirem 80%, senão mais do que de verdadeiramente valioso se faz nos Hospitais.
Quem não se lembra do “Quimigalo”, feito ministro da saúde, mais um que CC influenciava com as suas lérias, e a mania que lhe ficava de não perceber por que é que o diretor de serviço não era único e não era ele que decidia sobre todas as coisas do seu serviço. Só que não sabia o que é ser diretor num profissional a fazer o seu percurso do liberal para o funcional.
Os americanos, onde o outro foi fazer o seu curso de economia para a saúde têm Enfermeiros como diretores de serviços e de hospitais, porque lá não se brinca aos objetivos nem às doutorices corporativistas.
Depois vieram os cursilhos de gestão feitos por bancários na reserva, com a chancela OM. A seguir a esses fenómenos, veio o deslumbramento dos ignorantes, que confundem organigramas com “organogramas”, com as novas formas de subsumirem tudo que se passa à sua volta, no seu bolo.
Começam a arenguice do regulamento falhado por falar nas equipas multidisciplinares para, seguidamente, inventarem comissões de apoio, que dividem pelos recém-chegados, provavelmente esperançados que os Enfermeiros vão servir de pau-de-cabeleira aos intrusos.  
Está na hora de os Enfermeiros darem o golpe final nesta marginalização oportunista, de que estão a ser vítimas, movida por interesses mal esclarecidos, que não pretendemos esclarecer, porque há outros com maiores responsabilidades do que nós e que conhecem as causas destas coisas.
Estes convencidos podem ter a aparência mas a essência está com os Enfermeiros.
   






sábado, 23 de março de 2013

A ENFERMEIRA ESTÁ INOCENTE


Não obstante, foi enxovalhada, por quê e para quê?
Izeda é o local do crime e pertence à Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), para efeitos de assistência de Enfermagem.
Uma Enfermeira foi acusada de crime que não cometeu e sofreu as consequências.
Depois do vexame a que foi submetida, mesmo em “piedosos” órgãos noticiosos locais, (Mensageiro de Bragança) que não resistiram à tentação de caluniar, a nossa Colega, aconteceu o mínimo que podia ter acontecido: "A IGAS TRAVA SUSPEITA SOBRE A ENFERMEIRA".
Antecedentes
1 - O JN que em 31/10/2012 com letras negras de 2,5cm, com um título a ocupar 15/13 cm da 1ª página titulava: «Enfermeira rouba idosos em centro de saúde»;
2 – Com bola vermelha da pudicícia, acrescentava (suspeita levava homens para o gabinete. Continua a trabalhar).
Atacámos a notícia como se pode ler.
{Há uns tempos a esta parte os Enfermeiros são notícias de primeira página, reflectindo com todo o esmero, a pior das imagens:
Dois exemplos recentes: "Doente morre queimada em câmara de radiação";
"Enfermeira descuidada tem apoio psicológico";
"Enfermeira rouba idosos em centro de saúde".

"Enfermeira investigada por roubar doentes idosos"
Neste caso diz a autora da notícia (Glória Lopes
 locais@jn.pt) que: "suspeita ainda está ao serviço", o que faz supor: no subido conceito de justiça e de ética jornalística, basta um jornalista levantar uma suspeita, ou alguém, antes dele, vindo o escrito confirmativo da suspeita, depois, para esse alguém ser irradiado do serviço e mandado para as profundezas dos infernos, porque jornalista SUSPEITA de algo.

Convenhamos, antes de mais nada, que é uma falta de respeito não darem mais ouvidos às suspeitas dos jornalista, que ainda por cima de tudo, não são da sua autoria, mas do consabido e consagrado "diz-se-que-disse-que diz-se!" Ainda não lemos, mas na órbita das suspeitas, parece que esta das locais teve origem no Mensageiro de Bragança.

Depois em subtítulo alvitra: "oferecido ou tirado?" Mas, na sua primeira página, o JN de 31 de Outubro, não vacila ao escrever com letras de 2,5cm de altura, num espaço de 15/13cm o título (Enfermeira rouba idosos em centro de saúde) e com a bola vermelha assinala (suspeita levava homens para o gabinete. Continua a trabalhar).

Vale a pena deliciarem-se com a série de bacoradas de quem noticia; - "Oferecido ou tirado?

Suspeita-se que a enfermeira recusava atender casais no gabinete médico (deve ser de enfermagem...), mesmo em casos em que o casal se deslocava em conjunto, às consultas médicas (então eram consultas médicas ou consultas de enfermagem?...), sendo que normalmente entravam ambos em simultâneo( se não fosse em simultâneo não entravam ambos, não é!?), mesmo que apenas um tivesse consulta agendada (não será aqui que começa a história da velha ciumenta?).

Seria nessas alturas que alegadamente aproveitava para seduzir os utentes, ficando-lhe com o dinheiro que traziam consigo (então com quem havia de vir o dinheiro para a historieta?), estando por apurar se os valores lhe eram dados pelos velhos ou retirados sem eles darem conta." -(Imaginem uma sessão de hipnotismo em que a enfermeira que não deixava entrar os casais de dois e em simultâneo e em conjunto, a seduzir a sua presa, como as cobras fazem aos pássaros e aos coelhos?

As vítimas, mesmo sem saberem se eram eles, os velhos, que traziam o dinheiro ou a velha e ciumenta esposa, passavam sem se aperceberem se foram apalpados ou seduzidos, os míseros euros de reforma famélica, para a mão da hipnotizadora, por isso ela não deixava entrar no gabinete o casal de dois, ficando a velha curiosa e ciumenta, até dizer basta, a pensar a quem se iria de queixar, por enquanto, do dinheiro, que contou ao companheiro antes da sessão e, depois, não batia certo, à saída do consultório da enfermeira, conferidos os euros.

Falta-nos saber se com as mulheres a enfermeira hipnotizadora tinha o mesmo comportamento!

Certamente que, para os fins em vista, que já se desenham no horizonte, não dará jeito dizer que com as mulheres sucedia o mesmo e não se punha a hipótese de pagamento extra, ou taxa especial).

Mais uns respigos do JN:

- "O caso começou a levantar suspeitas no centro de saúde (no centro de saúde? hum!), porque a enfermeira não deixava entrar no gabinete (agora já é gabinete? E por que não consultório da Enfermeira?

Eis um lapso de linguagem que nos deixa antever a origem interna da notícia, que à Inspecção não vai passar ao lado...) o casal, apenas entrava o marido (o seduzente) e nas consultas é normal entrarem ambos, quando vão os dois (obviamente, pois se só for um, não podem entrar dois, não é? Mas como se trata de gabinete e não de consultório, no gabinete da escriturária, até nem entra nenhum; ficam a espreitar pelo janelo de vido, com resguardo para as cuspidelas. Ora, se no "gabinete" da enfermeira só entra um de cada vez, há uma maior proximidade e é porque a regra de atendimento, é esta. Faz sentido a ser o cônjuge macho a fazer as suas declarações do que lhe dói e onde, a quem o atende; como o cônjuge fêmea a ter igual oportunidade. Claro está: isto sem malícia escriturária), explicou uma fonte local
."

Em cima referimos o lapso da língua; aqui já aparece a fonte local (fonte local? Hum, hum!!!).

"De recordar que, há uns anos, em Vinhais, uma enfermeira fazia pequenos furtos no centro de saúde (e quem fazia os grandes?). O caso chegou à IGAS e a profissional foi sancionada.”

Para bem da Enfermeira e da Enfermagem, a inabilidade da jornalista, a ganância do editor, por razões que nos escapam, facilitaram a tarefa a quem vai investigar, no inquérito, devendo começar por saber a quem a Enfermeira faz sombra, no Centro de Saúde.

Tudo indica que o sol é captado pela Enfermeira, DEIXANDO À SOMBRA A "FONTE LOCAL"!

Os/As Enfermeiros/as não são nenhuns santos, até são humanos que erram, mas denegri-los, desta maneira, não é decente, sobretudo estando já, a dá-la como culpada e a compará-la com a de Vinhais, sem qualquer conclusão de inquérito. Se fossemos nós a fazer o inquérito, pelo que a notícia gorda do JN, em tempo de crise, deixa antever, cinco minutos bastariam, para descobrir a "fonte interna" de acusação, pondo-a ao sol, pois nota-se que não se dá com a sombra, que a Enfermeira lhe faz, a seduzir os velhos, lá da terra!

Quem a mantém ao serviço faz muito bem, pois embora a fonte gostasse de a ver afastada; terá de esperar pelo resultado do inquérito e da sua transformação em processo, se, e somente se, houver infracção disciplinar, cuja sanção seja o afastamento do serviço.

Os Enfermeiros estão a subir, no interesse público, pois já são notícia de primeira página, e letras cujo tamanho nem "
Gutembergue" imaginou.

Aguardemos mais destas, pois a encomenda tem um consumidor guloso que quer rebaixar os Enfermeiros para pagar menos.

Aí sim, há o perigo de exigirem uma taxa suplementar aos utentes e às mulheres que controlam as bolsas dos maridos.

Rir é um dos melhores remédios para a saúde!

Cordiais Saudações Sindicais,
O Presidente da Direção, José Azevedo.}

Hoje, aos 23 dias do mês de Março, de 2013 com a primavera, chega-nos a informação pelo mesmo JN, na rubrica que vai do Norte ao Sul, página 27, num espaço de 8/3 cm, largura aproximada duma só letra da referida 1ª página, o JN titula: «IGAS trava suspeita sobre enfermeira» - A Inspecção Geral das Atividades em Saúde decidiu arquivar o processo de investigação interna, que lhe havia sido remetido pela Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), sobre o caso da enfermeira suspeita de furtar dinheiro a utentes…blá, blá… blá… O processo foi alvo de um inquérito interno, no qual alguns dos queixosos e familiares foram notificados para prestar declarações. A Enfermeira foi transferida de Izeda para outro centro de saúde», diz Glória Lopes, autora da notícia.

Para nós, a notícia tem muito interesse e temos pena que a jornalista Clória não lhe tenha mantido o vigor inicial, no rato parido, pela montanha que ergueu, ou seja; palavra contra palavra, a gerar dúvida. Mas isso já era assim, na altura do enorme título de 1ª página do JN de 31/10/2012.
Se os que têm a disponibilidade de nos lerem pensam que vamos esquecer este caso e outros do género, garantimos que a nossa curiosidade ética vai muito para lá das calúnias e do tratamento que recebem à partida e à chegada. Se as “honradas damas de Izeda”, se viram ameaçadas pela Enfermeira que desunia o que Deus ou o Diabo uniu, para extorquir “grossas maquias” de magras reformas rurais, transportadas nos alforges do burrico; têm o direito de ser ressarcidas dos prejuízos.
Porém, se as suas suspeitas são resultados de dúvidas conjugais, que os próprios utentes têm o direito de manter confidenciais nas consultas médicas ou de Enfermagem, logo ser cada um atendido, individualmente (não estamos em consultas de pediatria);

Se as dúvidas viraram calúnia de quem cumpre o seu dever, como manda o estado da arte ou “leges artis”, então a história não acaba aqui, para as pudibundas gentes de Izeda.
A Enfermagem exige mais: queremos limpar o nome da Enfermeira e avisar outros colegas, que tanto se esforçam para atender bem o povo, para depois levar umas cuspidelas destas, venham de ratas de sacristia, de jornalismo de intervenção, ou de detectives de buraco de fechadura.
Atenção, Colegas, à Ética; Axiologia e Deontologia.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A NEGOCIAÇÃO DA TABELA


Como muito bem diz Cristina Serra do BE, cuja intervenção agradecemos, «Em 2010, após negociação entre o Governo e o SEP, foi criada uma nova tabela remuneratória para a Carreira de Enfermagem: o salário de entrada na carreira passou a ser de 1200 euros, em vez de 1020 euros, até então pagos».
Este reparo tem 2 objectivos:
1 - Afinal houve uma negociação de tabela, e não só, acerca do teor total do DL 122/2010 de 11 de Novembro;
2 - Essa negociação foi feita entre o SEP e o Governo Sócrates sendo Secretário de Estado da Saúde M.Pizzarro, o tal que se gaba de ter comido os Enfermeiros nessa negociação a que somos alheios, como consta da acta que publicámos, onde rejeitávamos esta tabela de miséria.
Mesmo mísera que é, pertence a todos os Enfermeiros: as migalhas também são pão, diz o povo.


{De: Cristina Andrade [mailto:Cristina.Andrade@be.parlamento.pt]
Enviada em: quinta-feira, 21 de Março de 2013 12:01
Colocada em: Arquivo - SENF
Conversação: BE questiona Governo sobre reposicionamento de enfermeiros com contrato individual de trabalho
Assunto: BE questiona Governo sobre reposicionamento de enfermeiros com contrato individual de trabalho

ENFERMEIROS COM CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO (CIT) NÃO ESTÃO A SER REPOSICIONADOS NO ESCALÃO CORRETO
BE QUER SABER QUANTOS ENFERMEITOS FORAM REPOSICIONADOS E QUER QUE GOVERNO EMITA CIRCULAR INFORMANDO QUE TODOS OS ENFERMEIROS COM CIT DEVEM SER COLOCADOS NO ESCALÃO CORRETO E DEVE PAGAR RETROATIVAMENTE OS VALORES EM DÍVIDA AOS QUE AINDA NÃO FORAM REPOSICIONADOS



Em 2010, após negociação entre o Governo e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, foi criada uma nova tabela remuneratória para a carreira de enfermagem: o salário de entrada na carreira passou a ser de 1200 euros em vez dos 1020 euros até então pagos.

Assim, o Decreto-Lei n.º 122/2010, de 11 de novembro, estabeleceu “o número de posições remuneratórias das categorias da carreira especial de enfermagem” determinando no Artigo 5.º que os critérios para o Reposicionamento Remuneratório, de acordo com os novos escalões. Neste sentido, no dia 1 de janeiro de 2013 todos os enfermeiros deveriam estar reposicionados, recebendo portanto 1200 euros.

No entanto, a esmagadora maioria das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a fazer uma interpretação livre da lei, considerando que o pagamento de 1200 euros é devido apenas aos trabalhadores em Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP) e não aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho (CIT). Refira-se porém que estas mesmas unidades do SNS consideraram os trabalhadores com CIT trabalhadores em funções públicas quando se tratou de efetuar cortes salariais, cortar o subsídio de natal, cortar o subsídio de férias ou cortar no pagamento de horas extraordinárias.

Esta injusta situação tem vindo a gerar profundo e compreensível desagrado junto dos enfermeiros, como o Bloco de Esquerda constatou numa reunião com os enfermeiros do Hospital do Espírito Santo em Évora e como se tem verificado através das greves de enfermeiros em Aveiro, Águeda, Estarreja, Figueira da Foz, IPO de Coimbra, Castelo Branco ou no Centro Hospitalar da Cova da Beira.
O Decreto-Lei n.º 247/2009, de 22 de setembro, refere no preâmbulo que visa “garantir que os enfermeiros das instituições de saúde no âmbito do SNS possam dispor de um percurso comum de progressão profissional”. Constata-se, portanto, que se pretendia criar um “percurso comum” intuindo-se que para tal não seriam introduzidas clivagens ou disparidades na carreira. No entanto, não é isso que está a acontecer.

Perante o exposto, o Bloco de Esquerda considera urgente que o Governo desencadeia as ações necessárias a garantir que os enfermeiros com CIT são reposicionados no escalão correto, garantindo o pagamento retroativo do salário em falta e que todos os enfermeiros do SNS exercem funções com condições de equidade.


O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda endereçou as seguintes perguntas ao Governo:
- O Governo reconhece que o Decreto-Lei 122/2010, de 22 de novembro, se aplica de igual modo a enfermeiros com CTFP e a enfermeiros com CIT?
- O Governo está disponível para emitir uma Circular Normativa para todas as unidades do SNS indicando que os enfermeiros com CTFP e com CIT devem ser reposicionados, sendo portanto tratados de igual forma?
- Relativamente aos enfermeiros com CIT que não foram ainda reposicionados, o Governo garante que vão ser pagos retroativamente os valores em dívida?
- Quantos enfermeiros com CIT exercem funções no SNS? Em fevereiro de 2013, quantos enfermeiros com CIT tinham sido reposicionados nos novos escalões?

Enviamos em anexo a Pergunta endereçada ao Governo. Para esclarecimento de quaisquer dúvidas, não hesitem em contactar-nos.

Com os melhores cumprimentos;

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Cristina Andrade

Assessora Parlamentar / Saúde
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
Palácio de São Bento. 1249-068 Lisboa

Contactos:
21 391 90 66


 

quinta-feira, 21 de março de 2013

O que é, afinal, um Enfermeiro?


Sim...
O que é afinal, um Enfermeiro?
É uma realidade complexa.
Não foi por acaso que o outro classificou a licenciatura dos Enfermeiros como uma “licenciatura com o grau de complexidade, o máximo da escala.”
Mas além da complexidade temos de lhe adicionar uma pitada de “mística”, quando atinge aquele ponto, que na doçaria se costuma ouvir chamar de ponto de rebuçado, que é, exactamente aquele onde o Enfermeiro tem de se transcender, para fingir que, depois de se corrigir, ou prevenir o erro; depois de corrigir os erros do próximo, tem de fingir que nada sabe, como a mais humilde das ervinhas.
Vem isto a propósito de uma Enfermeira ter sido destacada para fazer a integração da Médica Pediatra, no serviço e respectivas rotinas procedimentais.
A outra colega chamava a atenção para o cuidado que a integradora punha nessa função, cuidado que não lhe é reconhecido quando tem de fazer a integração de Enfermeiros, recém-chegados.
E se visses o ar de satisfação da Enfermeira, comentava!
Parecia a rainha do universo, vertido no seu pequeno mundo.
Que dirá a isto o poeta do Choupal?  
Nós dizemos que; no tempo em que os Enfermeiros falavam, também para fora, era normal ensinar os formandos da medicina a dar uns pontos, bem dados; umas injecções, sem dor, umas terapêuticas adequadas a determinados casos de urgência, enfim, ninguém subsumia ninguém.
Entretanto, à medida que a medicina foi deixando de ser liberal e passou a ser funcionária, esta relação acaba progressivamente por adulterar-se.
Para o nosso gosto é uma bênção das alturas, que alguém, já repare nestes pormenores.
Podemos, assim, esboçar um perfil provisório: - Enfermeiro é aquele profissional que sabe para si e para ensinar os outros, num primeiro momento; mas que, no momento seguinte, tem de perder a consciência de que é isso mesmo!

Também tu, SEP meu, querido...


Um vulto que costuma deambular pelo andar -2, a quem um seu ar misterioso faz confundir com o enforcado, que foi dono dos terrenos onde se construiu o HSJ, mas que não passa do pastor dos ratos, com quem divide o espaço, soltou um gemido que ecoou por todo o piso -2, parecido com um lamento de quem não pode tornar públicos os seus amores: «Também tu sep querido vens dar-me uma punhalada».


Os serviços de “Reposicionamentos” do SEP


PLANO ESTRATÉGICO - ACÇÃO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA

Com o intuito de simplificar esta acção, e para quem concordar com a mesma, publicamos a “carta modelo”, assim como os Decretos- Lei: 247/2009, 248/2009, 122/2011 e a Circular Informativa Nº14/2011 que devem anexar juntamente com a carta (abaixo publicados)

As DATAS para envio, das cartas registadas com aviso de recepção, serão:

- 20, 21 e 22 de Março.

Para esta acção ter impacto é necessário a UNIÃO e COLABORAÇÃO de todos. Pelo que apelamos à divulgação da mesma.
enfermeiroscitchsj@hotmail.com)

A Inspiração nasce aqui! 

  
/Refª                            S/Comunicação            N/Refª  144/I-13           Data 2013-02-18
 

Assunto: Aplicação aos Enfermeiros, que prestam funções públicas, independentemente do vínculo contratual, do nível 15 da TRU – 1201,48€, correspondente ao início de carreira de Enfermagem regulada pelos Decretos-Lei: 247/2009  e 248/2009 de 22 de Setembro e 122/2010 de 11 de Novembro.

1 - A transição da carreira de Enfermagem, de acordo com os Decretos-Lei acima referidos em epígrafe, determina que a primeira posição remuneratória do Enfermeiro, praticando o horário de trabalho semanal de 35 horas, passa a ser o nível 15 da TRU, correspondente a 1201,48€, a partir de 1 de Janeiro de 2013, independentemente de se tratar de contrato de trabalho em funções públicas ou contrato individual de trabalho, visto que as competências de ambos são rigorosamente as mesmas o que consubstancia o princípio da igualdade:  «Para trabalho igual, salário igual.»

2 - Os referidos preceitos, com efeito, não fazem referência expressa aos enfermeiros, em regime de contrato individual de trabalho, com horário inferior ou superior a 40 horas semanais, que, em 1/1/2013 se encontravam providos na Carreira de Enfermagem regida pelo Decreto-lei nº 437/91 de 8 de Novembro e, em parte, pelo Decreto-Lei 247/2009, de 22 de Setembro.

3 - Tendo em conta que "a interpretação da lei não deve cingir-se à letra da lei, mas ao espírito da mesma, reconstituída a partir dos textos o pensamento legislativo, tendo sobretudo em conta a unidade do sistema jurídico, a circunstância em que a lei foi elaborada e as condições específicas do tempo em que é aplicada" (artigo 9º, nº1 do Código Civil), cremos que o legislador, por mera distracção, disse menos do que queria dizer.

4 - Não nos parece, com efeito, que a intenção e vontade legislativa tenham sido a de vedar, aos Enfermeiros com contrato individual de trabalho a possibilidade de transitarem para a primeira posição remuneratória, nível Remuneratório 15 – 1201,48€ da TRU.


5 - Assim;
É nossa convicção que a norma constante do nº2, alínea c do artigo 5º do Decreto-Lei 122/2010 de 11 de novembro, conjugada com o artigo 7º do mesmo diploma legal pode e deve ser aplicada, por extensão analógica, aos Enfermeiros em regime de contrato individual de trabalho, com um horário  de trabalho inferior ou superior a 40 horas semanais, que, em 1 de Janeiro de 2013, se encontravam integrados na Carreira de Enfermagem regida pelo Decreto-Lei 247/2009 e Decreto-Lei 248/2009, ambos de  de 22 de Setembro.

6 - Na verdade, ao analisar-se as competências  da categoria de Enfermeiro, quer no Decreto-Lei 247/2009 de 22 de Setembro, quer do Decreto-lei 248/2009 de 22 de Setembro conclui-se que a analogia é perfeita, mantendo-se também, aqui, o princípio constitucional da igualdade.

7 - Por outro, comparadas as disposições legais relativas à remuneração dos Enfermeiros são igualmente análogas, quer num quer no outro dos diplomas acima referidos, como o atestam o artigo 13º do DL 247/2009 de 22 de Setembro e o art.º 15º do DL 248/2009 de 22 de Setembro.

8 - Como atesta o espírito da lei vertido no preâmbulo do DL 247/2009, em síntese, o Governo «pretende garantir que os Enfermeiros das instituições de saúde, no âmbito do SNS possam dispor de um percurso comum, de progressão profissional e de diferenciação técnico-científica, o que possibilita, também a mobilidade inter institucional, com a harmonização de direitos e deveres».
Tal afirmação corrobora o instituído no nº1 - a) do artigo 59º da Constituição da República Portuguesa, que, por si só, determina a aplicação do princípio da igualdade:
«Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
a) À retribuição de trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna».

9 - Ainda dentro do princípio da igualdade (trabalho igual salário igual), remetemo-nos para o art.º 13º da Constituição da República Portuguesa:
«1 - Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei;
2 - Ninguém pode ser privilegiado,  beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual».

10 - Se houvesse, ainda, dúvidas, quanto à legitimidade das nossas reivindicações, os Tribunais da 1ª instância ao Supremo Tribunal de Justiça: «Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, processo - 05S476 é claro ao condenar o Estado Português sobre a violação do princípio da igualdade (trabalho igual salário igual) que a Constituição consagra.»
11 - Por sua vez a "carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (VOUE nº 303, Série C, 14 de Dezembro de 2007) do Parlamento Europeu, entrada em vigor a 1 de janeiro de 2009", reforça a posição que vimos defendendo.  

12 - Pelo exposto se infere que a não actualização dos vencimentos dos CIT não é devida à inexistência de pressupostos legislativos, que consideramos suficientes e categóricos, mas à suposta deficiência da interpretação da lei.  

13 - Deste modo, requeremos às instituições político-deliberativas de que destacamos; Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-ministro, Ministro das Finanças,  Ministro da Saúde, as medidas necessárias e suficientes para a actualização das referidas remunerações.  


Com os melhores cumprimentos.


Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem – SIPE / Sindicato dos Enfermeiros – SE

                                                              (FENSE)
   Assim já fica melhor e com a informação mais compostinha.
Lá dizia o outro: copiar bem copeio; a minha dificuldade é no ditado! 

Hino aos Mamões


Parecer acerca de exploração gratuita de Enfermeiros especializados

ABC pediu para ser transferida para outra unidade do ACES e a Direção alega que tal não pode acontecer dada a necessidade de um Enfermeiro Especialista em Reabilitação para trabalhar na referida unidade, uma vez que tenho as competências de enfermeira especialista e estou inscrita na Ordem como tal, mas não tenho a respectiva categoria profissional nem remuneração correspondente.
Venho por este meio solicitar um parecer do Sindicato dos Enfermeiros.
Sem outro assunto.
Somos simpatizantes da seita cujo lema é: «Deus manda sermos bons mas não nos manda sermos estúpidos…».
É merecida, neste caso, uma resposta torta; mas então, é o próprio, que, além de agredido, fica ainda, com remorsos de não ter acertado na quantidade e qualidade da resposta a dar.
Esta Colega encarrega-nos de emitirmos um parecer, que transmitimos com todo o prazer de quem alertou para o grave perigo e enorme injustiça de retirarem a categoria de Enfermeiro especialista, da nossa carreira.
O Douto Professor Bastonário da Ordem dos Médicos dizia, há dias: “que não acha necessário haver especialistas nos Cuidados Primários e outras liberdades poéticas, que vai cantando, na calçada do quebra-costas”.
A ABC fez a especialização por conta própria, com a exclusiva concessão do estatuto de trabalhador estudante, que é dado a quem estuda; seja uma especialidade ou o contrário.
Por isso, ninguém tem o direito de lhe exigir trabalho especializado, sem lhe retribuir a remuneração condizente com a sua especialidade.
Se não pode ser-lhe exigido trabalho especializado, também não podem condicionar a mudança de unidade funcional.
Quem diz que precisa de um enfermeiro especializado em reabilitação, só tem uma coisa a fazer; requer a remuneração correspondente e autorização para um contrato.
Não sabe como fazer?
Consulte o Diário da República onde vê abrir concursos para médicos especializandos a contratar no dia seguinte ao termo da especialização. Por isso o fadista acima referido quer um deus para eles e um diabo para os outros.
Se quem está a impor aquela ilegalidade é uma “senhora enfermeira” da raça das tipo ERA, pedimos que não aumente a nossa dor, já de si incomensurável com tanta exploração que estamos a ver praticar nos e pelos enfermeiros.
Os Enfermeiros Especializados têm não só o direito de não prestarem cuidados especializados não remunerados, como o dever de denunciar quem os presta de forma ilegal.

AS BORBOLETAS


 

Quando acendemos a luz para o Enfermeiros verem melhor a realidade que os cerca, o foco luminoso foi envolvido por um conjunto enorme de borboletas, rodopiando com as manobras a que já nos habituaram e que são, vulgarmente conhecidas, por plenários com uma, duas, três… até 6 pessoas, no máximo, que contabilizámos.

Pegámos num dos resíduos que o seu borboletar deixa para trás e percebemos que, além de todas as “pizzarrices” de que os Enfermeiros foram vítimas, ainda têm de suportar este borboletar, em torno da luz.

No tipo de sindicalismo que adotamos, está prevista a ideia de segurança, que deve transmitir‑se aos associados, que nos seguem, assim como a certeza de que o nosso objetivo principal, senão mesmo o único, é a defesa dos seus interesses legítimos.

Mas as borboletas agitam-se, tão próximo, à volta da luz, ao ponto de chamuscarem as asas, na tentativa de não deixarem ver, com esse movimento fictício, a insegurança que geram e transmitem e da qual fazem o seu cavalo de batalha.  

Há sérios indícios de mudança, pois em muitos casos, já começam a ser sacudidas, apesar das facilidades de movimentos, que os que precisam destas borboletas dissuasoras, lhes proporcionam.

segunda-feira, 18 de março de 2013

FINTAR A VERDADE



Andam por aí uns desportistas brincalhões que imaginam a verdade como um dos bonecos que se põem nos campos de treino de futebol para treinar os jogadores que finta o adversário e que têm como função meter golos, na baliza dos contrários.

Pois é essa a estratégia, que os tais brincalhões, que usam coisas sérias, para se divertirem, em fintas para divertimento, fazendo da verdade uma brincadeira, conseguindo baralhar as vítimas dessas fintas e contra fintas, a quem deviam falar verdade.   

É um fenómeno curioso como muitos outros, que têm origem e destino, na Enfermagem. Mas a culpa não é dos autores mas dos destinatários que não procuram a evidência dos factos, ficando-se pelas aparências, dos mesmos.

Quando se sentem desmentidos fazem mais duas ou três fintas aos pinos e ficam convencidos de que ninguém deu por nada. Que as vítimas não estão a perceber lenta, mas progressivamente, estas fintas.

Infelizmente resultam mais da ignorância dos fintadores do que de qualquer outra razão; par mostrarem serviço aos patrões, recorrem à finta.

domingo, 17 de março de 2013

OS CICLISTAS


 

São aqueles que praticam ciclismo. De tanto praticarem, até ficam com o jeito.

Se repararem na figura que fazem, notam que vergam a cabeça, com vénias constantes e dão pontapés, para baixo. Podemos compará-los a certas chefias, que temos, que passam a vida a vergar a cerviz e a dar pontapés, nos subordinados, fingindo uma coragem, que não demonstram, perante os mandantes, da moda.

Ao tripularem a bicicleta do dia-a-dia pervertem, por completo, o seu papel que seria o de estarem ao lado dos que chefiam e, não montados em cima deles, para agradarem aos mandantes.

Alguém nos perguntou; quanto tempo vai decorrer, antes que esta moda passe?

 Sinceramente não sabemos, porque os velhos chefes, que se vão reformando, estão a ser substituídos, ou por médicos, ou por Enfermeiros, a eles submissos – os tais ciclistas, que ainda são mais demolidores e confusos, para a Profissão. 

O sonho dos “piscos” é terem a sua enfermeira privativa, tentando criar um novo modelo de fazer Enfermagem. Encontram-se com alguma frequência, nas USF dos Medicofamiliares.

Mas a última novidade, anda por aí, a campear, com a colaboração ingénua dos referidos ciclistas. Entrou de rompante, um caudal de internistas, de porta micróbios às costas, não vá alguém confundi-los com enfermeiros, por isso o crime disseminador da bicharada, compensa.

Não obstante, convencem as Enfermeiras a passarem para as mãos dos internistas o que sabem; querem aprender a dar injecções, a fazer pensos e tudo o que os Enfermeiros fazem. E os responsáveis fictícios pedem a colaboração prestimosa dos seus colaboradores subordinados. Por este andar, um dia rifam-nos.

E se estes subordinados de responsável irresponsável, por um breve lampejo de sabedoria e prudência, disserem não à responsável/nada disso, e mandarem os internistas metrem a viola ao saco?    

Que dirá a isto o JMS, esse laborioso bastonário da OM?

Ele que é tão cioso da receita e do receitar?

Bem se esforça o SE para criar postos de trabalho para os Enfermeiros, mas os que metem nas mochilas dos médicos o seu saber; os que ensinam os autocuidados, nem dão conta dos erros graves, que estão a cometer, ao destruírem pouco a pouco a Profissão, onde parecem estar de passagem e sem compromisso.

sexta-feira, 15 de março de 2013

13 É Número de Azar?

O povo tem por superstição a ideia de que 13 é o número do azar.
Não obstante, tivemos sorte na reunião, que em 13 do corrente, houve entre a FENSE e o Secretário de Estado Adjunto, Leal Costa.

Começámos por encontrar os colegas do SEP, à entrada, pois foram recebidos antes de nós. Oferecemos-lhe um pino da luta e luto da Enfermagem: de luto com as asas do laço para baixo, caídas; de vitória, quando rodando-o 180 graus  ficarem para cima fazendo o V de vitórioa!

Pedimos-lhe encarecidamente para não bralharem mais os Enfermeiros com o que andam a dizer incorrectamente quanto aos salários dos jovens CIT, pois o que está em causa não é a lei, que existe e é abundante; o que está em causa é várias intituições já terem actualizado os salários e, muitas mais estarem a fazer-se distraídas.

Quanto ao alvo da reunião Indices de Desempenho (ID) tantas foram as questões fundamentais que apresentámos que vamos repetir a reunião em 5 de Abril.
Por exemplo, sendo o Desempenho dos Enfermeiros tão vasto e diversificado não faz sentido que o registo desse Desempenho se perca pelo caminho entre o local de ação e a ACSS. E não aparece tal regiosto.

A primeira questão levantada; é que os ID são tanto de Médicos como de Enfermeiros; todos eles. A diferença está; no registo que deve ser feito por quem executa, quando e como e quantos.

Por exemplo perverso, na ARSN, à partida fala-se em SINUS, SAM e SAPE, isto na enunciação; quanto se chega ao registo, o SAPE volatiliza-se; no SAM fala-se em MÓDULOS no SAPE, em MÓDULO, por fim, quando é para registar o "sape", já não há sape; sumiu-se ou sumiram-no!

Para que os registos correspondam à carga de trabalho, que cada grupo desempenha, exigimos que os registos sejam individualizados, para sabermos, todos, o que querem dizer RÁCIOS, quando se fala nisso. Se tivessemos em conta os registos, que chegam ao destino, concluir-se-ia que há Enfermeiros a mais nos CSP, não obstante; sabemos quantos  faltam lá, e porquê!

Por outro lado, as 38 Metas de Alma Ata e as 21 Metas de Munique são mais imaginativas e têm de estar presentes no Desepenho dos Enfermeiros.

A isto chama-se realismo; a isto chama-se restaurar, dando a cada grupo o que cada grupo faz e vale, no conjunto. As parcelas têm de estar presentes, na soma final e não podem ser fundidas antes, para aparecer um só grupo a parasitar no esfoço e competências dos outros.

Esta separação, em rubricas e parcelas, é fundamental.
Com esta alterações ao projecto desaparece o argumento de competências: quem as tem e quem as reconhece...

Como diz o outro "Deus mada que sejamos bons e não lorpas, uns em relação aos outros".