Consultamos os Partidos Políticos com assento parlamentar na AR e dissemos o que se estava a passar entre o Governo e a negociação colectiva dos Enfermeiros.
Todos se mostraram compreensivos com a nossa situação anómala e prometeram ajudar a resolvê-la.
Mas convém não esquecer que há uma Resolução da Assembleia da República, transmitida ao governo pela Sr.ª Presidente da Mesa da AR, relativa à contratação colectiva dos CIT, cujo prazo de resolução o Governo não cumpriu, pois terminou no fim do ano transacto.
Foi para este facto que chamamos, também a atenção dos Deputados, pois é o desrespeito pela sua Resolução que está em incumprimento.
Se apesar destas diligências continuar tudo na mesma, compete-nos agir, usando a força do trabalho dos Enfermeiros, recorrendo a formas de luta que a tornem evidente.
Para que o Povo nota a falta que fazem os Enfermeiros, estes vão ter de reduzir o ritmo da sua actividade, reduzindo-a ao mínimo indispensável, que é onde a vida dos doentes possa correr perigo.
Chegamos a pensar se não será isto que as forças de bloqueio pretendem que nós façamos, para tentarem tirar proveito indirecto das nossas lutas. E não seria a primeira vez.
O modelo de greve que vamos usar, se o Governo não der início ao restauro da obra, que deixou incompleta, nas nossas carreiras, para ser resolvido, através de negociação colectiva, vamos montar, com rigor o esquema de greve, que foi seleccionado para permitir uma duração longa, tanto quanto basta, para demonstrar ao Povo, em geral e, ao Governo em particular, que os Enfermeiros estão cansados de ser explorados nas funções públicas, para estarem a assegurar, gratuitamente o Serviço de enfermagem, na indústria de saúde privada, pois para fazerem um salário têm de trabalhar em dois postos de trabalho.
Os mentores desta estratégia estão devidamente identificados por nós e, a seu tempo, divulgaremos a sua estratégia infernal, que ajudar a mobilizar os Enfermeiros na nossa deliberação de dizer e demonstrar na prática, um rotundo e categórico BASTA DE ABUSO COM OS ENFERMEIROS.
Por isso, Colegas, Mantenham-se atentos às etapas que a FENSE (SE E SIPE) IRÁ DIVULGANDO SUCESSIVAMENTE.
Da atenção e adesão de cada um depende o êxito da luta.
Não se consegue fazer lutas sem, soldados bravos e resolutos
O tempo das lamúrias e das desculpas já se esgotou.
Com amizade,
Pela FENSE, José Azevedo
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