segunda-feira, 23 de março de 2015

BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE ESPÍRITO E DE CORAÇÃO, PORQUE SÓ ELES VERÃO O DEUS



Estes TAE e o seu Sindicatozito, inversamente proporcional em importância profissional, às páginas que o JN lhe proporciona, é bem o símbolo vivo do que somos e do que fazem do que nós somos.
Como é que um Sindicatozito de 500 Técnicos Altamente Especializados (TAE) de Ambulância mal tripulada e um perigo eminente para as vítimas que transporta, por mais que reconhecida incapacidade técnica e científica destes TAE(s); merece uma notícia, na 1ª página do JN, no espaço de  20x13cm = 260cm2, com letras do tamanho, que varia entre 2 e 1,5cm, para dizerem uma série de besteiras, a que só os alucinados, com medo de morrerem vivos, podem dar atenção. E ainda uma página 2, inteirinha baseada numa ficção, TAE, ignara como o autor, pois nem fala, no que aconteceu à sinistrada, que teve de esperar pelo renovar da equipa!
Que péssimo contributo para quem precisa!
É óbvio que quem pôs estes TAE num serviço de tamanha responsabilidade, com irresponsáveis deste tamanho e quilate, cujo fim principal, não é, por certo, prestarem assistência adequada, a quem dela precisa, mas trabalharem para quem os lá meteu e lhes dá a importância, que dá (eles sabem que eu sei quem são), não seria de esperar outra reação, sobretudo, quando é sabido que, há bem poucos dias o Presidente do INEM, que não conheço pessoalmente, veio pôr ordem na coisa e na casa e reduzi-los à sua real dimensão.
Não gostaram das medidas tomadas e aproveitaram o render da parada , em fim de turno, como a lógica e a lei determinam, para denegrirem colegas de trabalho. Só mentes perversas podem ver nisto maior mal para a cardíaca, que em caso de necessidade, passava, até, a ter o dobro dos técnicos, para a socorrerem, do que o perigo que os TAE representam, para as vítimas, quando estão mesmo em crise.
Estes ignorantes, ainda não perceberam que o socorro necessário e eficaz, não é andarem a buzinar pelas ruas com as vítimas aos baldões, mas sim estabilizá-las, antecipando in loco, os cuidados que vão receber, no hospital, transportando as vítimas, já que não é possível de marcha-à-ré, pelo menos com a calma suficiente para não alertar a vítima para o tamanho da gravidade da sua situação.
O mais importante é impedir, que morra, não é chegar depressa. Por isso, deviam perder mais tempo e gastar a tinta a descrever quais foram os inconvenientes que uma doente estabilizada sofreu com um pequeno desvio, feito por quem sabe, que ao renovar a equipa pouparam tempo e energia, para a fase seguinte de outro possível socorro.
Estes ignorantes, nem sabem que devem vir o mais depressa possível, para o ponto de espera e, é nesses casos, que devem buzinar, para chegarem depressa, ao seu posto de socorro.
Será que também querem tirar os Enfermeiros da VMER, para colocarem lá os TAE não Enfermeiros?
Pela importância que o JN dá ao presidente do Sindicato quinhentista dos TAE (Talvez por causa do tamanho do nome presidencial, que, até,  lhe dá direito a ser incluído na lista dos filhos das boas famílias), não me admirava nada, que fosse esse o objectivo deste tipo de palhaçadas.
Ora, certos Enfermeiros, que lutam desesperadamente pela vida honrada e digna, estão a ocupar os lugares de TAE, o que impede que as práticas assistências dos sr. Rui e outros tantos Ruis, sejam menos Ruinosas.
Há dias, a dona Miquelina, asmática por opção, pois tinha de escolher um diagnóstico, pediu uma ambulância, ao INEM, para a levar às urgências da sua zona, porque estava demasiado entediada, em casa, mas de preferência, que o Tripulante ou TAE fosse Enfermeiro, requereu.
Nem imaginam a discussão, que se seguiu, e a que os desuses não me concederam o benefício de ter assistido, perdendo a minha cultura este suplemento delicioso e esclarecedor!
Por que é que tenho de gastar 1€ para comprar um JN, onde só os horários e resumos das telenovelas e do futebol, são dignos de confiança, pergunto eu, José?
O mal, mal, que desejo aos autores desta ideia TAE é de que nunca precisem dos serviços deles.
Mas por precaução, se andarem de mota, nunca vistam o casaco com os botões para o lado das costas, para não correrem o risco de, ao endireitarem-lhes a cabeça, em caso de acidente, ficarem sem folgo.
Já agora, e para terminar; se a IGAS tem tempo de sobra para gastar com estas montagens grotescas, então também terá para outros casos bem mais graves e mais sérios, que lhe vamos endossar!

Vejam a vergonha  das nossas notícias e a falta de utilidade prática das mesmas:





Com amizade e tolerância limitada, de quem por lá andou,
José Correia Azevedo (Enf.º Chefe do Serviço de Urgências do Hospital de São João, entre os anos de 1966 e 1976)

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