quarta-feira, 18 de março de 2015

AS AVENTURAS LITERÁRIAS DO PROF OINÓTNA ARIERREF

Estava sentado no "atrium" do HSJoão, quando passou, com ar furibundo, um bata branca, com o distintivo médico, à portuguesa, aos ombros, ao estilo do pastor que transporta os cabritos de tenra idade, (vulgo estetoscópio, que foi usado nos anos 30 do século passado, nos EUA e rejeitado por snobismo, porque a posição em que as Enfermeiras usavam o dito aparelho de ampliar ruídos, era mais elegante).

Trazia na mão um volume que me parecia um livro, que enraivecido, pelo aspecto exibido, meteu com gesto amplo, no balde que apara os lixos.
Depois, gesticulava e pareceu-me falar sozinho consigo mesmo; de si para consigo.

Foi essa exuberância que despertou a minha curiosidade de ir ao balde do lixo procurar o objecto maçã da discórdia.
O que me parecia um livro era isto:


Que perdoem os publicitários por estar a fazer publicidade a um objecto, que extraí do balde do lixo, desrespeitando e contrariando a vontade do referido porta-amplificador sonoro.
E pus-me a ler linha sim, linha não.
Fiquei desiludido por o MS demonstrar tão pouca ambição no posto, que lhe distribuíram imitando na perfeição um autêntico basbaque de tão embasbacado que ficou ao ler um banalíssimo testemunho de ignorância, em matéria de administração de coisas da saúde.
Até apresenta estatísticas, que hei-de demonstrar, onde foi copiá-las.
Um a tecer auto-elogios personalizados no tipo de personagem;
Outro embasbacado com aquilo que o seu desconhecimento da realidade possibilita. 
Por acaso, até escolheram bem, o UM e o OUTRO, porque se trata de um Hospital que até funciona sem estes basbaques, porque tem vida própria.
Com esta malandrices dos bons malandros, nunca o ambiente, no seio dos trabalhadores, foi tão mau sob vários aspectos.
Quanto ao relacionamento com as Associações que os representam, a começar por nós, a quem deve 30.000€€, desde a greve, que foi feita, em 2006 e a quem não pagou os serviços mínimos, tendo o Sindicato de emprestar dinheiro aos Enfermeiros grevistas, alguns dos quais nem sequer teriam vencimento para sobreviver, que ainda não recebeu: é a caloteiros destes, que o ministro da Saúde diz que sabe de gestão como ninguém!?...

Como é possível dizer tanta asneira em tão poucas palavras?

Vão ao Continente, onde o escrito está à venda. Divirtam-se, porque tristezas não pagam as dívidas.
Provavelmente, foi pago com alguns dos milhares de euros, que este caloteiro convencido e armado em teórico, deve ao Sindicato dos Enfermeiros.
Este relapso, contumaz e mentiroso  caloteiro, que prometeu várias vezes, pagar-nos, mas nunca o fez  e, tal como o Ministro da Saúde, apoia-se no SEP, para escravizar e explorar os Enfermeiros, de forma nunca vista. 
Não sabiam?

Não é esta gestão de que o SNS precisa.
Uma boa parte da sua insustentabilidade, se é que o SNS público é para dar lucro, como a sua vertente privada, está na desmotivação dos Enfermeiros. Estes ceguetas vaidosos e dispensáveis, ainda não viram, onde está a causa da insustentabilidade do SNS; está neles, que de tão próxima, não a conseguem ver.
Vão ao Professor Coriolano Ferreira, que Deus haja, e leiam: "Senhores futuros Administradores, se quiserem ter êxito na vossa administração de hospital, tenham os Enfermeiros, sobretudo os chefes, do vosso lado!"
Mas Coriolano Ferreira, que foi um dos maiores vultos, se não o maior, da administração hospitalar portuguesa, morreu e os administradores, que temos, não têm, por hábito, ler os clássicos, porque não os entendem.
Vejam as estatísticas da época!
E já agora, este papagaio mal ensinado, pelo seu fraco poder de observação das pessoas, que nem sequer sabe, que a política é da "polis", põe-se a inventar pretextos para os seus fracassos que, só não são públicos, porque compra artigos de opinião(com desconto), no JN, e não só, que os abafam.
Vai obrigar-me a publicar as estatísticas que protagonizei, na Direcção dos Enfermeiros, em dois parâmetros, que escolhi: o movimento cirúrgico dos blocos cirúrgicos, sem compensações de SICIC; 
a percentagem do absentismo, nos Enfermeiros, sem prémios de assiduidade.
Sabe porquê, ó seu grande caloteiro de serviços mínimos, porque todos sabem que não era, nem nunca serei hipócrita, nem mentiroso, duas características que os trabalhadores detestam em quem os dirige.
Nem o Correia de Campos, esse insigne ficante de ministeriável eterno, por falta de mão-de-obra qualificada, entendeu o que é ser sindicalista e director Enfermeiro de um Hospital de São João.
Vá lá, não brinquem mais às sustentabilidades, cultivem-se com quem sabe.
E você, ó caloteiro mor, não se esqueça de pagar o que deve, porque as economias dos Sindicatos são fruto das quotas suadas dos trabalhadores.
Compre um espelho, mas dos que não distorcem as pessoas e mire-se nele, atentamente!
Os Enfermeiros que têm de sofrer a sua gestão não estão abandonados; esperam o momento mais oportuno, para lhe demonstrarem o que valem, a si e ao simulacro de Enfermeira Directora que o seu protector, da época, lhe impingiu e os tortura, directa e indirectamente.
Eu conheço as fontes, de onde brotam estas misérias.

Com amizade, mas muito atento,
José Azevedo

Sem comentários:

Enviar um comentário